Questões de Vestibular Comentadas sobre estrutura das palavras: radical, desinência, prefixo e sufixo em português

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Q1797641 Português
Leia o texto para responder à questão.

    Se o século XIX, marcado pelo progresso científico — genética, evolucionismo, positivismo, sociologia, racionalismo, etc. — motivou escolas literárias correspondentes — ________, _______ , _______ —, propugnando uma descrição rígida, precisa e minuciosa, acarretou, em contrapartida, um momento de descrédito da ciência, uma reação quase radical, que propunha a diluição dos objetos e sentimentos no vago e indistinto, no inefável, abstrato e incorpóreo, ideal supremo do ________.

(Lauro Junkes, 2016. Adaptado.)
As palavras “indistinto” e “incorpóreo” são formadas com um prefixo que tem o mesmo significado do prefixo de
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Q1675389 Português
Leia o trecho do conto-prefácio “Hipotrélico”, que integra o livro Tutameia, de João Guimarães Rosa.


    Há o hipotrélico. O termo é novo, de impesquisada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou, talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falto de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
    Somos todos, neste ponto, um tento ou cento hipotrélicos? Salvo o excepto, um neologismo contunde, confunde, quase ofende. Perspica-nos a inércia que soneja em cada canto do espírito, e que se refestela com os bons hábitos estadados. Se é que um não se assuste: saia todo-o-mundo a empinar vocábulos seus, e aonde é que se vai dar com a língua tida e herdada? Assenta-nos bem à modéstia achar que o novo não valerá o velho; ajusta-se à melhor prudência relegar o progresso no passado. [...]
    Já outro, contudo, respeitável, é o caso — enfim — de “hipotrélico”, motivo e base desta fábula diversa, e que vem do bom português. O bom português, homem-de-bem e muitíssimo inteligente, mas que, quando ou quando, neologizava, segundo suas necessidades íntimas.
    Ora, pois, numa roda, dizia ele, de algum sicrano, terceiro, ausente:
     — E ele é muito hiputrélico...
    Ao que, o indesejável maçante, não se contendo, emitiu o veto:
    — Olhe, meu amigo, essa palavra não existe.
    Parou o bom português, a olhá-lo, seu tanto perplexo:
    — Como?!... Ora... Pois se eu a estou a dizer?
    — É. Mas não existe.
    Aí, o bom português, ainda meio enfigadado, mas no tom já feliz de descoberta, e apontando para o outro, peremptório:
    — O senhor também é hiputrélico...
    E ficou havendo.

(Tutameia, 1979.)
Considerando que “sonejar” constitui um neologismo formado pelo radical “sono” e pelo sufixo “-ejar”, que exprime aspecto frequentativo, “a inércia que soneja em cada canto do espírito” (2o parágrafo) contribui, segundo o narrador, para
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Q1398639 Português

Texto para a pergunta

É TRABALHO OU MALHAÇÃO?

Uma academia dentro do escritório. Esse é o benefício da vez em empresas que levam a sério a saúde (e a produtividade) dos funcionários. 

    O que uma empresa pode oferecer para fazer os olhos do funcionário brilharem? A lista tem crescido nos últimos anos: horário flexível, sala de descompressão, propósito... A resposta também passa pela saúde. É na área do bem-estar que parecem estar os novos e desejáveis benefícios. Um deles é oferecer mais do que apenas acesso a uma academia de ginástica – e, sim, uma academia dentro do próprio escritório

(...) 

    A tendência é impulsionada por algo mais do que altruísmo: cuidar da saúde dos funcionários é bom, também, para a companhia. No mundo, segundo levantamentos da Organização Mundial da Saúde, os gastos anuais em consequência da inatividade física chegam a 67,5 bilhões de dólares, entre perda de produtividade e cuidados médicos. No Brasil, são 3,6 bilhões de dólares por ano. Uma quantia nada desprezível.

(...) 

Natália Leão, Exame, No . 1202, 5/2/2020.  

Considere as seguintes afirmações sobre diferentes trechos do texto:  I “Esse é o benefício da vez”: A expressão “da vez” dá ideia de precedência. II “A resposta também passa pela saúde” / “Um deles é oferecer mais do que apenas acesso a uma academia de ginástica”: As palavras sublinhadas introduzem no texto ideia, respectivamente, de inclusão e exclusão. III “em consequência da inatividade física” / “Uma quantia nada desprezível”: Os prefixos que entram na formação das palavras sublinhadas podem ser considerados sinônimos.
Está correto o que se afirma em 
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Ano: 2019 Banca: Inatel Órgão: Inatel Prova: Inatel - 2019 - Inatel - Vestibular - Julho |
Q1386879 Português
Texto I

Maio Amarelo: 5 Pilares da ONU que Explicam a Importância da Busca Pela Segurança no Trânsito

Quando chega o mês de maio, os olhos do mundo se voltam para o Maio Amarelo, movimento que busca chamar a atenção para o alto índice de mortos e feridos no trânsito.
Neste ano, o tema do movimento é “No trânsito, o sentido é a vida”, buscando estimular condutores, ciclistas e pedestres a optarem por um trânsito mais seguro.
Além disso, apresenta o lema “Me ouça”, proposta que tem por fim incentivar os adultos a ouvirem os conselhos dados pelas crianças e, assim, absorverem, sem filtros, o que é certo ou errado.
De acordo com o site do movimento, que é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil, ao todo, 27 países apoiam a campanha atualmente, incluindo, é claro, o Brasil.
Ainda sobre o Maio Amarelo, sua criação esta atrelada à campanha Década de Ação para a Segurança no Trânsito, decretada pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 11 de maio de 2011.
O amarelo foi a cor escolhida para representar o movimento porque, na sinalização de trânsito, serve para chamar a atenção dos condutores para o que acontece a sua volta.
Este ano, o Maio Amarelo chega a sua sexta edição, desejando que a sociedade se envolva mais nas ações educativas realizadas pelo mundo e, assim, reflita sobre a mobilidade urbana.
No Brasil, o movimento tem o apoio da Associação Nacional de DETRANS (AND) e do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), sendo mais uma tentativa para que o número de infrações de trânsito, que ocasionam ferimentos graves e muitas vezes levam à morte, diminua em nosso país.
(doutormultas.com.br) 


Texto II


Plano de Ação Global da ONU e a Busca Pela Segurança no Trânsito


Em 2011, a ONU propôs uma união mundial pela busca de um trânsito mais seguro. O movimento Maio Amarelo busca juntar forças à ONU que, há oito anos, propôs ao mundo uma tarefa bastante difícil: diminuir o número de vidas perdidas em decorrência de acidentes de trânsito.
A Global Plan for the decade of action for Road Safety (Década de Ação para Segurança Viária), Plano de Ação Global da ONU, propôs que, até o ano de 2020, os governos de todo o mundo desenvolvam planos nacionais para a Década, como um complemento das demais ações educativas para o trânsito que acontecem pelo mundo.
De acordo com a ONU, acidentes de trânsito ferem de 20 a 50 milhões de pessoas a cada ano, sendo que a maior parte desses acidentes acontece em países populosos, como o Brasil, a China e a Índia.
Além disso, esses países estão entre os que mais têm vítimas no trânsito porque os serviços de emergência disponíveis não são capazes de atender de forma adequada os feridos, já que as condições oferecidas não são capazes de proporcionar bons atendimentos.
Ao propor a Década, a ONU informou que o problema da acidentalidade no trânsito é grande demais para ser solucionado de forma isolada por apenas uma entidade, órgão ou autoridade.
Com isso, a organização reforça, a cada ano, o convite, para que o número de acidentes continue a diminuir e, ao final do prazo (2020), o trânsito seja um lugar mais seguro em todos os cantos do mundo.
A meta, que é reduzir em 50% o número de mortes no trânsito, é orientada a partir de cinco pilares básicos, propostos pela Organização.
Veja abaixo quais são e como eles são capazes de reduzir esses números.
1. Gestão da segurança no trânsito
Com este pilar, a ONU visa incentivar, nos países, a criação de parcerias para que o desenvolvimento e a elaboração de estratégias nacionais de segurança no trânsito sejam realizados, assim como planos de ações.
O órgão acredita que, ao coletar dados referentes ao trânsito em seus territórios, os países conseguirão desenvolver também estudos para que a avaliação e as concepções de medidas que consigam reduzir o número de acidentes de trânsito tenham sua eficácia.
A ONU também indicou que os países estabelecessem uma agência nacional, na qual grupos de coordenação e desenvolvimento de trabalhos devem ser desenvolvidos.
Ainda neste pilar, a ONU recomenda, aos países definidos, objetivos realistas a longo prazo, instalando e mantendo os sistemas de dados necessários para que possam ser obtidos os resultados da supervisão, avaliação e demais medidas em processo. 
Todas essas instruções, de acordo com a ONU, devem acontecer aliadas à verificação dos financiamentos necessários, tendo como base operações já realizadas e que obtiveram bons resultados em outros países.
2. Infraestrutura viária adequada
Aumentar a segurança das redes viárias, proporcionando um ambiente seguro a todos, principalmente aos usuários mais vulneráveis, como os pedestres, ciclistas e motociclistas, é um dos objetivos da ONU com o Plano de Ação.
Aliás, este pilar propõe algo muito importante: a responsabilidade de todas as partes envolvidas na busca pela segurança no trânsito.
A ONU indicou, em 2011, quando propôs a Década de Ação para a Segurança Viária, que os governos e órgãos gestores de vias tivessem como objetivo banir vias de alto risco até o ano de 2020.
É também solicitado aos governos repassar as melhorias da segurança no trânsito para os órgãos gestores de vias, que devem apresentar relatórios anuais sobre a situação da segurança e sobre as melhorias realizadas.
No Brasil, esse serviço é realizado pelas concessionárias de rodovias, que têm seus serviços regulamentados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A ONU também solicita que os países levem em conta, ao realizarem novas obras, as necessidades de cada tipo de usuário do trânsito, assim como as condições de segurança das novas construções.
Ainda dentro deste pilar, a ONU indica aos Estados que promovam a segurança na operação, manutenção e melhoramentos da infraestrutura, realizando avaliações para que sejam identificadas as vítimas e os fatores ligados à infraestrutura que ocasionam os acidentes de trânsito.
3. Segurança veicular
A ONU chama a atenção para a importância dos dispositivos de segurança
Este pilar é muito importante, pois ele visa incentivar o uso de tecnologias comprovadas para que a segurança dos veículos possa estar assegurada aos condutores.
Para este pilar, a ONU estabeleceu que haja incentivo por parte dos Estados-Membros em relação aos programas de avaliação de automóveis em todas as regiões do mundo para que os consumidores tenham acesso às informações referentes à segurança dos veículos motorizados.
A solicitação da ONU também aponta que, até 2020, todos os veículos estejam equipados com dispositivos de segurança de qualidade, como o cinto de segurança.
Para isso, a Organização também indica que empresas que sigam esses parâmetros de segurança recebam incentivos fiscais, para que importações e exportações de automóveis de segunda mão, com padrões de segurança reduzidos, sejam combatidas.
A ONU também solicita, neste período que vai até 2020, que haja incentivo para a aplicação de regulamentações cujo objetivo é obter a segurança de pedestres, para que sejam reduzidos os riscos aos usuários mais vulneráveis.
4. Usuários mais seguros
Este pilar tem como objetivo promover, aos usuários do trânsito, programas completos para que o mau comportamento seja evitado, estabelecendo medidas que combinem educação e sensibilização do público, como é o caso de muitas campanhas que acontecem no mundo e no Brasil.
Programas que incentivem, por exemplo, o uso dos acessórios de segurança, promovam o combate ao excesso de velocidade e ao uso de substância psicoativa ao dirigir são de grande valia, pois abordam comportamentos que devem ser combatidos pelas campanhas educativas.
Para isso, a ONU sugere que os países aumentem o conhecimento em relação a esses fatores, assim como às medidas preventivas, realizando campanhas de marketing social, a fim de ajudar a influenciar as atitudes e opiniões dos condutores.
No Brasil, de acordo com a legislação, essas campanhas também devem ser financiadas com o dinheiro arrecadado com as multas de trânsito, como está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), artigo 320.
Este pilar também prevê a criação de leis que alertem os motoristas a respeito do uso do capacete, do cinto de segurança e do consumo de álcool, como acontece aqui no Brasil com a Lei Seca.
A ONU também recomenda que sejam estabelecidas leis profissionais de saúde e de segurança relativas ao transporte, assim como normas e regras para a operação segura dos veículos utilitários, como fretes, transportes rodoviários e frotas de veículos, para que sejam reduzidos os números de acidentes.
Por fim, de acordo com o documento disponibilizado pela ONU, para que os países membros possam melhorar as estatísticas de segurança no trânsito em seus territórios, é preciso desenvolver pesquisas e políticas públicas para que os prejuízos causados por acidentes de trânsito ligados ao trabalho nos setores públicos sejam evitados.
5. Resposta pós-acidente 
Priorizar o atendimento às vitimas de trânsito, de acordo com a ONU, ajudaria na diminuição de vidas perdidas no trânsito
Por fim, o último pilar que serve como base para que os países melhorem os índices de acidentes e mortes no trânsito é a questão da assistência às emergências decorrentes das tragédias no trânsito.
A ONU acredita que, até 2020, é preciso melhorar a capacidade do sistema de saúde e dos demais sistemas envolvidos neste processo para que seja fornecido tratamento emergencial adequado e urgente às vítimas, assim como oportunidade de reabilitação.
No Brasil, de acordo com a Seguradora Líder, responsável pelo pagamento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), somente em 2017, foram pagas 383.993 indenizações relativas a acidentes, sendo que mais de 41 mil pessoas morreram em decorrência do trânsito. Todos esses casos significam perdas de vidas, pessoas que deixam um vazio na vida daqueles que os amam. Além disso, representam, aos órgãos públicos de saúde, números com os quais, muitas vezes, não estão preparados para lidar, principalmente em países de terceiro mundo, onde está a maior incidência dos acidentes de trânsito.
A ONU reforça neste pilar a importância de que sejam incentivadas iniciativas que visam analisar quem são essas pessoas e quais os prejuízos do trânsito, podendo, assim, procurar acertos equitativos para as famílias dos mortos e feridos.
Portanto, a Organização acredita que é preciso melhorar a assistência às vítimas de acidentes para que os reflexos dessas perdas não signifiquem prejuízos para a sociedade como um todo.
(doutormultas.com.br)



Texto III 




Instruções:

Fuja das generalizações, clichês, lugares-comuns e frases feitas.
Seu texto deve obrigatoriamente conter um título.
O texto deve ter, no máximo, 25 linhas.
Utilize a última folha da prova como rascunho. É permitido destacá-la.


Coletânea:

Leia toda a coletânea e selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta. Articule os elementos selecionados com sua história de leituras e suas reflexões.


Tema: “Como melhorar a situação do trânsito no Brasil?” 

Imagem associada para resolução da questão


Os significados acima estão expressos, respectivamente, pelos seguintes radicais gregos:

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Q1340808 Português

Leia o poema de Paulo Henriques Britto para responder à questão:


Nada nas mãos nem na cabeça, nada
no estômago além da sensação vazia
de haver ultrapassado toda sensação.


É em estado assim que se descobre a verdade,
que se cometem os grandes crimes, os gestos
mais sublimes, ou então não se faz nada.


É como as cobras. As mais silenciosas,
de corpo mais esguio, de cor esmaecida,
destilam o veneno mais perfeito.


Assim também os poemas. Os mais contidos
e lisos, os que menos coisa dizem,
 destilam o veneno mais perfeito.


(Mínima lírica, 2013.)

O prefixo empregado na formação da palavra “ultrapassado” significa
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Ano: 2016 Banca: IFF Órgão: IFF Prova: IF-TO - 2016 - IFF - Processo Seletivo e Vestibular - TO |
Q1338283 Português
Com relação ao emprego do verbo “imobilizar”, no anúncio abaixo, é correto afirmar que:
Imagem associada para resolução da questão
*Ingressos esgotados no 1º dia oficial de vendas.
*Recorde histórico de público no Brasil: 45.207 pessoas no Estádio Atlético Paranaense.
*Recorde global de público na pesagem: 15.000 pessoas.
*42 milhões de pessoas impactadas nas redes sociais em 1 semana.
*Transmissão para 141 países.
Disponível em: Revista Veja. ed. 2479, ano 49, n. 21, jan. 2016.

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Ano: 2014 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: UFAL Prova: COPEVE-UFAL - 2014 - UFAL - Vestibular - Física |
Q1274324 Português

Imagem associada para resolução da questão

Os adjetivos que estão presentes no primeiro quadrinho aparecem com o prefixo cujo significado consta em movimento

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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2018 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q956696 Português

Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder a questão.


    Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.

    Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.

    Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.

    Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.


(A dança do universo, 2006. Adaptado.)

Expressam ideia de repetição e ideia de negação, respectivamente, os prefixos das palavras
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Ano: 2016 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2016 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q765690 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO

    Evidentemente, não se pode esperar que Dostoiévski seja traduzido por outro Dostoiévski, mas desde que o tradutor procure penetrar nas peculiaridades da linguagem primeira, aplique-se com afinco e faça com que sua criatividade orientada pelo original permita, paradoxalmente, afastar-se do texto para ficar mais próximo deste, um passo importante será dado. Deixando de lado a fidelidade mecânica, frase por frase, tratando o original como um conjunto de blocos a serem transpostos, e transgredindo sem receio, quando necessário, as normas do “escrever bem”, o tradutor poderá trazê-lo com boa margem de fidelidade para a língua com a qual está trabalhando.

Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia.

O prefixo presente na palavra “transpostos” tem o mesmo sentido do prefixo que ocorre em
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Ano: 2016 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2016 - UERJ - Vestibular - Primeiro Exame |
Q646068 Português

Quase hiper-realisticamente vivenciei a primeira noite de minha vida. (l. 9)


Na palavra destacada, o acréscimo do prefixo hiper indica ideia de: 

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Q583774 Português

O termo megahipercorporações é formado por um processo que enfatiza o tamanho e o poder das corporações econômicas atuais.

Essa ênfase é produzida pelo emprego de:

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Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: FGV Prova: FGV - 2014 - FGV - Vestibular - 1° Fase - Prova Tarde- 2015 |
Q539053 Português

Leia os quadrinhos.

Imagem associada para resolução da questão

Nos quadrinhos, a sequência macroeconomia-microeconomia-nanoeconomia é empregada para

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Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE - 2012 - UNB - Vestibular - Prova 01 |
Q335187 Português
Imagem 022.jpg

Com base no trecho acima do poema de Haroldo de Campos, julgue os itens que se seguem.
Usado em relação a fatos da linguagem matemática, o vocábulo “incógnita” (v.8) conserva, em seu conceito, ou definição, o sentido do radical presente no verbo conhecer.
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Ano: 2011 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2011 - UECE - Vestibular - Língua Portuguesa |
Q238637 Português
Assinale a opção em que os vocábulos apresentam o sufixo i(m/n) com o mesmo sentido que ele tem na palavra inelegíveis (linha 96).
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Respostas
1: E
2: E
3: A
4: E
5: C
6: A
7: B
8: D
9: A
10: A
11: B
12: C
13: C
14: C