Questões de Vestibular Sobre interpretação de textos em português

Foram encontradas 9.086 questões

Q2030432 Português
Reinvenção 

A vida só é possível
reinventada.


Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo... — mais nada.


Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.

Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.

Não te encontro, não te alcanço...
Só — no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só — na treva,
fico: recebida e dada.

Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

MEIRELES, Cecília. Reinvenção. In. MEIRELES, Cecília.
Vaga música. São Paulo: Global Editora, 1942.
Ao tratar do tema da vida, o texto apresenta uma 
Alternativas
Q2030431 Português
TEXTO 3
Meu Caro Amigo
Chico Buarque


Meu caro amigo, me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa
 [aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de
 [pirraça
E a gente vai tomando que também sem a
 [cachaça

Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra,
 [só de sarro
E a gente vai fumando que, também,
 [sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Muita careta pra engolir a transação
Que a gente tá engolindo cada sapo no
 [caminho
E a gente vai se amando que, também,
 [sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu bem queria lhe
 [escrever
Mas o correio andou arisco

Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar
 [lembranças
A todo o pessoal
Adeus!


BUARQUE, Chico. Phonogram, 1976.

Atente para a relação das seguintes figuras de linguagem, presentes no texto 3, com as respectivas classificações:
I. “Que a gente tá engolindo cada sapo no caminho” (linha 57-58) — METÁFORA II. “Meu caro amigo, eu quis até telefonar/ Mas a tarifa não tem graça” (linhas 52-53) — METONÍMIA III. “Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll/ Uns dias chove, noutros dias bate o sol” (linhas 32-33) — EUFEMISMO IV. “Mas o correio andou arisco” (linha 64) — CATACRESE
Estão corretas as classificações contidas em
Alternativas
Q2030430 Português
TEXTO 3
Meu Caro Amigo
Chico Buarque


Meu caro amigo, me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa
 [aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de
 [pirraça
E a gente vai tomando que também sem a
 [cachaça

Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra,
 [só de sarro
E a gente vai fumando que, também,
 [sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Muita careta pra engolir a transação
Que a gente tá engolindo cada sapo no
 [caminho
E a gente vai se amando que, também,
 [sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu bem queria lhe
 [escrever
Mas o correio andou arisco

Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar
 [lembranças
A todo o pessoal
Adeus!


BUARQUE, Chico. Phonogram, 1976.

Manifestada por elementos formais que assinalam o vínculo entre os componentes do texto, contribuindo para a construção do sentido intentado pelo autor, a coesão textual é compreendida como a conexão entre palavras, expressões ou frases. Considerando esses aspectos, assinale a afirmação verdadeira.
Alternativas
Q2030429 Português
TEXTO 3
Meu Caro Amigo
Chico Buarque


Meu caro amigo, me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa
 [aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de
 [pirraça
E a gente vai tomando que também sem a
 [cachaça

Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra,
 [só de sarro
E a gente vai fumando que, também,
 [sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Muita careta pra engolir a transação
Que a gente tá engolindo cada sapo no
 [caminho
E a gente vai se amando que, também,
 [sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu bem queria lhe
 [escrever
Mas o correio andou arisco

Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar
 [lembranças
A todo o pessoal
Adeus!


BUARQUE, Chico. Phonogram, 1976.

O texto acima, embora classificado como uma canção, apresenta muitas características dos gêneros 
Alternativas
Q2030428 Português
TEXTO 3
Meu Caro Amigo
Chico Buarque


Meu caro amigo, me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa
 [aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de
 [pirraça
E a gente vai tomando que também sem a
 [cachaça

Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra,
 [só de sarro
E a gente vai fumando que, também,
 [sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Muita careta pra engolir a transação
Que a gente tá engolindo cada sapo no
 [caminho
E a gente vai se amando que, também,
 [sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo, eu bem queria lhe
 [escrever
Mas o correio andou arisco

Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar
 [lembranças
A todo o pessoal
Adeus!


BUARQUE, Chico. Phonogram, 1976.

Considerando que a letra da canção “Meu caro amigo” foi escrita em 1976, um momento de repressão a qualquer denúncia ao governo e aos abusos estatais ou a manifestações contrárias ao regime, constata-se que Chico Buarque faz da música uma das principais formas de protestar indiretamente, para evitar a censura, espalhar uma mensagem de resistência e conscientizar a população. Fruto de uma parceria com Francis Hime, a canção foi criada como uma tentativa de burlar o regime por meio do envio de notícias do Brasil a seu amigo Augusto Boal, que vivia no exílio em Lisboa. Atente para o que se diz a seguir a respeito dessa canção e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) A expressão “Muita mutreta pra levar a situação” (linha 36) revela o esforço do eu lírico para suportar as dificuldades. ( ) O eu lírico mostra que para segurar “esse rojão” (linhas 41, 51 e 61) o remetente da carta busca refúgio em prazeres momentâneos como a cachaça, o cigarro e o amor. ( ) O autor cita nomes de pessoas reais: Marieta, Francis e Cecília para organizar um discurso que fala de si próprio, passando a ideia da realidade dentro de uma ficção. ( ) O tom formal da mensagem permite identificar uma relação de distanciamento entre o emissor e o seu “caro amigo” (linhas 42, 52, 62).
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q2030427 Português

TEXTO 1 
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

ANDRADE, Oswald. Obras completas.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.


TEXTO 2
Samba do Arnesto

O Arnesto nos convidô prum samba,
 [ele mora no Brás
Nóis fumo e não encontremos ninguém
Nóis vortemo cuma baita duma reiva
Da outra veiz nóis num vai mais
Nóis não semos tatu!
Outro dia encontremo com o Arnesto
Que pidiu descurpa mais nóis não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nóis não se importa
Mais você devia ter ponhado um recado na
 [porta
Anssim: “Ói, turma, num deu prá esperá
A vez que isso num tem importância,
 [num faz má
Depois que nóis vai, depois que nóis vorta
Assinado em cruz porque não sei escrever
Arnesto"


BARBOSA, Adoniran, Gravações Elétricas
Continental S/A, 1953.
A variação linguística pode revelar muitas informações acerca de quem a está utilizando. Valendo-se desse fenômeno, o autor do texto 2 apresenta o eu lírico como alguém que não domina a norma culta brasileira, por misturar traços da linguagem caipira com a fala de imigrantes italianos de conhecidos bairros paulistas para figurativizar o personagem. Atente para o que se diz a seguir sobre variação linguística:
I. As línguas têm formas variáveis e há usos de determinada variedade em uma sociedade formada por uma heterogeneidade de falantes advindos de lugares distintos, a exemplo de São Paulo.
II. Os aspectos mais perceptíveis da variação linguística são a pronúncia e o vocabulário, mas pode-se apontar, no texto 2, variações em todos os níveis da língua.
III. O fenômeno da variação é complexo e o princípio de adequação à identidade de quem utiliza, a situação comunicativa e outros fatores podem intervir.
É correto o que se afirma em
Alternativas
Q2030426 Português

TEXTO 1 
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

ANDRADE, Oswald. Obras completas.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.


TEXTO 2
Samba do Arnesto

O Arnesto nos convidô prum samba,
 [ele mora no Brás
Nóis fumo e não encontremos ninguém
Nóis vortemo cuma baita duma reiva
Da outra veiz nóis num vai mais
Nóis não semos tatu!
Outro dia encontremo com o Arnesto
Que pidiu descurpa mais nóis não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nóis não se importa
Mais você devia ter ponhado um recado na
 [porta
Anssim: “Ói, turma, num deu prá esperá
A vez que isso num tem importância,
 [num faz má
Depois que nóis vai, depois que nóis vorta
Assinado em cruz porque não sei escrever
Arnesto"


BARBOSA, Adoniran, Gravações Elétricas
Continental S/A, 1953.
Sobre a explicação dada por Oswald de Andrade para o não emprego da ênclise na fala do português do Brasil, é correto afirmar que o autor
Alternativas
Q2030424 Português

TEXTO 1 
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

ANDRADE, Oswald. Obras completas.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.


TEXTO 2
Samba do Arnesto

O Arnesto nos convidô prum samba,
 [ele mora no Brás
Nóis fumo e não encontremos ninguém
Nóis vortemo cuma baita duma reiva
Da outra veiz nóis num vai mais
Nóis não semos tatu!
Outro dia encontremo com o Arnesto
Que pidiu descurpa mais nóis não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nóis não se importa
Mais você devia ter ponhado um recado na
 [porta
Anssim: “Ói, turma, num deu prá esperá
A vez que isso num tem importância,
 [num faz má
Depois que nóis vai, depois que nóis vorta
Assinado em cruz porque não sei escrever
Arnesto"


BARBOSA, Adoniran, Gravações Elétricas
Continental S/A, 1953.
Os textos 1 e 2 se referem ao uso da variante informal da língua portuguesa. O uso dessa variante, em ambos os textos, justifica-se por mostrar ao leitor
Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021275 Português
          O uso de novas marcas de gênero na língua portuguesa como decorrência de um ativismo social aplicado à linguagem nos convida a uma análise. Há registro de diversos movimentos relacionados à busca de usos alternativos aos aceitos oficialmente. Até recentemente, esses movimentos tinham como foco principal a adoção de usos que conferissem à língua do Brasil uma identidade própria. O ativismo atual preocupa-se menos com estrangeirismos e mais com aspectos ligados às questões de gênero.

         Examinemos os usos de “@”, “x”, “e” como desinências para identificar conjuntos de pessoas de diferentes gêneros, em substituição ao plural masculino, previsto nas normas gramaticais. Segundo essas normas, basta que haja um elemento masculino para que o plural seja masculino. Ao nos referirmos a um coletivo em que haja pelo menos uma pessoa do gênero masculino, escrevemos: Nossas saudações a todos. Nos usos do ativismo, temos: Nossas saudações a “tod@s”, “todxs”, “todes” e, mais recentemente, “tods”. Do ponto de vista da funcionalidade da língua, os dois primeiros, assim como o último, não se mostram viáveis no caso de sua produção oral, fato que nos leva a supor que seu uso, enquanto perdurar, continuará restrito ao contexto da escrita. O terceiro (“e”) não apresenta essa limitação. Para uso amplo, tanto na fala quanto na escrita, parecenos, então, que só ele tenha alguma perspectiva de incorporação à língua portuguesa.



Marcelo Correia e Castro. TODAS, TODES, TODOS, TODS, TODXS,
TOD@S: ativismo social, gênero e usos da língua. In: Revista Ciência
Hoje, julho 2021. Internet:<www.cienciahoje.org.br> (com adaptações). 

Com relação às ideias e aos aspectos gramaticais do texto anterior, julgue o item.


No quinto período do segundo parágrafo, o pronome “seu” se refere a


“tod@s”, “todxs” e “tods”, apenas.  

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021274 Português
          O uso de novas marcas de gênero na língua portuguesa como decorrência de um ativismo social aplicado à linguagem nos convida a uma análise. Há registro de diversos movimentos relacionados à busca de usos alternativos aos aceitos oficialmente. Até recentemente, esses movimentos tinham como foco principal a adoção de usos que conferissem à língua do Brasil uma identidade própria. O ativismo atual preocupa-se menos com estrangeirismos e mais com aspectos ligados às questões de gênero.

         Examinemos os usos de “@”, “x”, “e” como desinências para identificar conjuntos de pessoas de diferentes gêneros, em substituição ao plural masculino, previsto nas normas gramaticais. Segundo essas normas, basta que haja um elemento masculino para que o plural seja masculino. Ao nos referirmos a um coletivo em que haja pelo menos uma pessoa do gênero masculino, escrevemos: Nossas saudações a todos. Nos usos do ativismo, temos: Nossas saudações a “tod@s”, “todxs”, “todes” e, mais recentemente, “tods”. Do ponto de vista da funcionalidade da língua, os dois primeiros, assim como o último, não se mostram viáveis no caso de sua produção oral, fato que nos leva a supor que seu uso, enquanto perdurar, continuará restrito ao contexto da escrita. O terceiro (“e”) não apresenta essa limitação. Para uso amplo, tanto na fala quanto na escrita, parecenos, então, que só ele tenha alguma perspectiva de incorporação à língua portuguesa.



Marcelo Correia e Castro. TODAS, TODES, TODOS, TODS, TODXS,
TOD@S: ativismo social, gênero e usos da língua. In: Revista Ciência
Hoje, julho 2021. Internet:<www.cienciahoje.org.br> (com adaptações). 

Com relação às ideias e aos aspectos gramaticais do texto anterior, julgue o item.


A correção gramatical seria mantida caso o período “O ativismo atual preocupa-se menos com estrangeirismos e mais com aspectos ligados às questões de gênero” (primeiro parágrafo) fosse reescrito como: O ativismo que se vê atualmente está menos preocupado com estrangeirismos e mais preocupado com aspectos ligados a questões de gênero.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021270 Português

                                                      

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos da charge precedente, julgue o item seguinte.


Comparando-se os quadrinhos “Quem acha” e “Quem se informa”, no primeiro, verificam-se características de um nível de linguagem mais coloquial, ao passo que, no segundo, identificam-se termos técnicos característicos de uma área do conhecimento.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021269 Português

                                                      

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos da charge precedente, julgue o item seguinte.


O texto ilustra como um mesmo objeto do mundo pode ser percebido de maneiras diferentes a partir dos conhecimentos das pessoas e de seu nível socioeconômico. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021268 Português

                                                      

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos da charge precedente, julgue o item seguinte.


Para o entendimento pleno do texto, é necessária a articulação dos elementos verbais com os elementos não verbais apresentados. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021267 Português
         
       Não se deveria dizer “consumir cultura”. Em vez de “consumir música” ou “consumir teatro”, deveríamos voltar a dizer “ouvir música”, “assistir ao teatro”, e assim por diante.

       Na Roma antiga, “consumir” tinha o sentido exclusivo de gastar e destruir. Com o tempo, passou-se a empregar o termo referindo-se ao consumo de alimentos, o que não deixa de ser uma destruição: destruímos os alimentos ao comê-los, para nos mantermos vivos e saudáveis. Já que, para comê-los, é preciso primeiro comprá-los, consumir tornou-se sinônimo de comprar, adquirir. E, na sociedade em que vivemos, em que tudo, inclusive a cultura, virou produto, não é estranho pensar em consumir música, teatro, dança, livros etc.

         Em tempos em que o consumismo domina as relações sociais e em que há uma forte reação contra ele por parte de setores mais esclarecidos da sociedade, falar em consumir cultura pode soar mercantilista. Quem consome não frui, e a cultura deveria ser, antes de tudo, fruição.


                                                              Aldo Bizzocchi. Cultura é artigo de consumo?
Internet:<www.diariodeumlinguista.com> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


Em relação à tipologia textual, o segundo parágrafo do texto é predominantemente 


informativo.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021266 Português
         
       Não se deveria dizer “consumir cultura”. Em vez de “consumir música” ou “consumir teatro”, deveríamos voltar a dizer “ouvir música”, “assistir ao teatro”, e assim por diante.

       Na Roma antiga, “consumir” tinha o sentido exclusivo de gastar e destruir. Com o tempo, passou-se a empregar o termo referindo-se ao consumo de alimentos, o que não deixa de ser uma destruição: destruímos os alimentos ao comê-los, para nos mantermos vivos e saudáveis. Já que, para comê-los, é preciso primeiro comprá-los, consumir tornou-se sinônimo de comprar, adquirir. E, na sociedade em que vivemos, em que tudo, inclusive a cultura, virou produto, não é estranho pensar em consumir música, teatro, dança, livros etc.

         Em tempos em que o consumismo domina as relações sociais e em que há uma forte reação contra ele por parte de setores mais esclarecidos da sociedade, falar em consumir cultura pode soar mercantilista. Quem consome não frui, e a cultura deveria ser, antes de tudo, fruição.


                                                              Aldo Bizzocchi. Cultura é artigo de consumo?
Internet:<www.diariodeumlinguista.com> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


No primeiro período do último parágrafo, a substituição da expressão “em que”, em ambas as ocorrências, por no qual prejudicaria o sentido e a correção gramatical do texto.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021263 Português
         
       Não se deveria dizer “consumir cultura”. Em vez de “consumir música” ou “consumir teatro”, deveríamos voltar a dizer “ouvir música”, “assistir ao teatro”, e assim por diante.

       Na Roma antiga, “consumir” tinha o sentido exclusivo de gastar e destruir. Com o tempo, passou-se a empregar o termo referindo-se ao consumo de alimentos, o que não deixa de ser uma destruição: destruímos os alimentos ao comê-los, para nos mantermos vivos e saudáveis. Já que, para comê-los, é preciso primeiro comprá-los, consumir tornou-se sinônimo de comprar, adquirir. E, na sociedade em que vivemos, em que tudo, inclusive a cultura, virou produto, não é estranho pensar em consumir música, teatro, dança, livros etc.

         Em tempos em que o consumismo domina as relações sociais e em que há uma forte reação contra ele por parte de setores mais esclarecidos da sociedade, falar em consumir cultura pode soar mercantilista. Quem consome não frui, e a cultura deveria ser, antes de tudo, fruição.


                                                              Aldo Bizzocchi. Cultura é artigo de consumo?
Internet:<www.diariodeumlinguista.com> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


O verbo “voltar”, no segundo período do primeiro parágrafo, indica que certo comportamento que existiu, em determinado momento no tempo, não é mais realidade.  

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021262 Português
         
       Não se deveria dizer “consumir cultura”. Em vez de “consumir música” ou “consumir teatro”, deveríamos voltar a dizer “ouvir música”, “assistir ao teatro”, e assim por diante.

       Na Roma antiga, “consumir” tinha o sentido exclusivo de gastar e destruir. Com o tempo, passou-se a empregar o termo referindo-se ao consumo de alimentos, o que não deixa de ser uma destruição: destruímos os alimentos ao comê-los, para nos mantermos vivos e saudáveis. Já que, para comê-los, é preciso primeiro comprá-los, consumir tornou-se sinônimo de comprar, adquirir. E, na sociedade em que vivemos, em que tudo, inclusive a cultura, virou produto, não é estranho pensar em consumir música, teatro, dança, livros etc.

         Em tempos em que o consumismo domina as relações sociais e em que há uma forte reação contra ele por parte de setores mais esclarecidos da sociedade, falar em consumir cultura pode soar mercantilista. Quem consome não frui, e a cultura deveria ser, antes de tudo, fruição.


                                                              Aldo Bizzocchi. Cultura é artigo de consumo?
Internet:<www.diariodeumlinguista.com> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


A ideia de evitar o emprego do verbo “consumir” em contextos associados à cultura se baseia no fato de o conteúdo semântico desse verbo estar, atualmente, vinculado a uma ótica contrária à concepção de cultura como algo que as pessoas deveriam apreciar e desfrutar. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021197 Português
         E falar de sociedade brasileira, falar de um processo histórico e de um processo social é falar justamente da contribuição que o negro traz para esta sociedade, por outro lado é falar de um silêncio e de uma marginalização de mecanismos que são desenvolvidos no interior desta sociedade, para que ela se veja a si própria como uma sociedade branca, continental e masculina, diga-se de passagem.

Lélia Gonzalez. Discurso sobre a Constituinte. 1987 (com adaptações). 

Considerando o fragmento de texto precedente e os múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item a seguir.


Considerando o período de pronunciamento do referido discurso, é possível considerar que a marginalização mencionada já se encontra superada. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021177 Português
[15 setembro]
       
       Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança.
       
       Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.
       
         Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.

       Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, - as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.

      Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

       Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.

        Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.

        O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.

     Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico.


Joaquim Maria Machado de Assis. História de quinze
dias. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> 

A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.


O narrador estabelece uma contradição ao defender que o “grito do Ipiranga” é “mais sumário, mais bonito e mais genérico”, e, ao mesmo tempo, reconhecer que esse grito possa não ter ocorrido de fato.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021175 Português
[15 setembro]
       
       Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança.
       
       Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.
       
         Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.

       Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, - as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.

      Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

       Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.

        Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.

        O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.

     Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico.


Joaquim Maria Machado de Assis. História de quinze
dias. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> 

A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.


O diálogo do narrador com as ideias de “um nobre amigo”, veiculadas por meio do jornal “Gazeta de Notícias”, confirma a definição de crônica como um gênero textual que faz parte ao mesmo tempo das esferas literária e jornalística.

Alternativas
Respostas
141: C
142: B
143: A
144: C
145: C
146: D
147: B
148: A
149: C
150: C
151: C
152: E
153: C
154: C
155: C
156: C
157: C
158: E
159: C
160: C