Questões de Vestibular de Português - Morfologia - Pronomes
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Nos dois versos acima, do exemplo de estrofes de um bumba-meu-boi recolhidas por Sívio Romero, as formas ver e lhe caracterizam um uso popular. Se se tratasse de um discurso obediente à construção formal em Língua Portuguesa, tais formas seriam substituídas, respectivamente, por:
Considere os parágrafos 5 e 6 e as afirmações abaixo.
I. O paralelo estabelecido, no parágrafo 5, entre o executivo se embebeda em casa e o palhaço do circo pobre constitui argumento a favor da ideia de que o atendimento a uma vocação pode levar a vivência de momentos pouco sedutores.
II. Na sequência (linhas 77 a 82) em que as unidades são articuladas por meio da preposição entre e da conjunção e, em cada uma delas exprime-se o contraste entre a possibilidade oferecida pela vocação e o cumprimento das promessas do mercado.
III. Na construção há as vozes poderosas do “mercado", essa entidade que acaba por reger tantas vidas, tem-se exemplo do seguinte uso: "quando, expresso um nome, o autor quer tornar saliente um traço que o caracteriza, ele o introduz por meio do pronome esse".
Está correto o que se afirma em
Toda criança ouve essa pergunta dezenas de vezes. Quase sempre há uma resposta, dada por ela mesma (bombeiro! piloto de fórmula 1! mágico! cantor!) ou pelos zelosos paizinhos (médico! engenheiro! advogado!). Ao que parece ninguém dá muita importância ao que se designa por “vocação”, do latim vocare, isto é, chamar: somos levados a exercer uma profissão para a qual fomos chamados. Vinda de fora ou de dentro de nós, essa “voz” nos leva a ser professores, músicos, atores, malabaristas – e até médicos e engenheiros, por que não?
No fragmento acima,
isso vai crescer mimada, (l. 4) isso daí quando começa a andar é um inferno, (l. 5-6)
Os trechos acima são exemplos de pontos de vista negativos acerca da menina.
Esses pontos de vista são reforçados pelo uso do pronome isso, porque ele associa a criança a uma ideia de:
Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.
– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.
– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?
– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.
(José Lins do Rego, Fogo Morto)