Questões de Vestibular de Português - Morfologia - Pronomes
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Determinado pronome demonstrativo, “quando, no singular masculino, equivale a isto, isso, aquilo...”.
(Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo)
Considere os seguintes comentários sobre diferentes elementos linguísticos presentes no texto:
I. Em “alcançou o capanga um casal de velhinhos” (L. 1-2), o contexto permite identificar qual é o sujeito, mesmo este estando posposto.
II. O verbo sublinhado no trecho “que seguiam diante dele o mesmo caminho” (L. 2-3) poderia estar no singular sem prejuízo para a correção gramatical.
III. No trecho “que destinavam eles uns cinquenta mil-réis” (L. 5), podeͲse apontar um uso informal do pronome pessoal reto “eles”, como na frase “Você tem visto eles por aí?”.
Está correto o que se afirma em
INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto
Entre o espaço público e o privado
02 ressignificam o único espaço que lhes foi permitido
03 ocupar, o espaço público, transformando-o em
04 seu “lugar”, um espaço privado. Espalhados pelos
05 ambientes coletivos da cidade, fazendo comida no
06 asfalto, arrumando suas camas, limpando as calçadas
07 como se estivessem dentro de uma casa: assim vivem
08 os moradores de rua. Ao andar pelas ruas de São
09 Paulo, vemos essas pessoas dormindo nas calçadas,
10 passando por situações constrangedoras, pedindo
11 esmolas para sobreviver. Essa é a realidade das
12 pessoas que fazem da rua sua casa e nela constroem
13 sua intimidade. Assim, a ideia de individualização que
14 está nas casas, na separação das coisas por cômodos
15 e quartos que servem para proteger a intimidade do
16 indivíduo, ganha outro sentido. O viver nas ruas, um
17 lugar aparentemente inabitável, tem sua própria lógica
18 de funcionamento, que vai além das possibilidades.
19 A relação que o homem estabelece com o
20 espaço que ocupa é uma das mais importantes para
21 sua sobrevivência. As mudanças de comportamento
22 social foram sempre precedidas de mudanças físicas
23 de local. Por mais que a rua não seja um local para
24 viver, já que se trata de um ambiente público, de
25 passagem e não de permanência, ela acaba sendo,
26 senão única, a mais viável opção. Alguns pensadores
27 já apontam que a habitação é um ponto base e
28 adquire uma importância para harmonizar a vida.
29 O pensador Norberto Elias comenta que “o quarto
30 de dormir tornou-se uma das áreas mais privadas
31 e íntimas da vida humana. Suas paredes visíveis
32 e invisíveis vedam os aspectos mais ‘privados’,
33 ‘íntimos’, irrepreensivelmente ‘animais’ da nossa
34 existência à vista de outras pessoas”.
35 O modo como essas pessoas constituem o único
36 espaço que lhes foi permitido indica que conseguiram
37 transformá-lo em “seu lugar”, que aproximaram, cada
38 um à sua maneira, dois mundos nos quais estamos
39 inseridos: o público e o privado.
RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono.
(fragmento adaptado) In: http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/
ESSO/edicoes/32/artigo194186-4.asp.
Acesso em 21/8/2014.
As questões de números 01 a 05 tomam por base uma passagem do livro A vírgula, do filólogo Celso Pedro Luft (1921-1995).
A vírgula no vestibular de português
“Mas, esta, não é suficiente.”
“Porque, as respostas, não satisfazem.”
“E por isso, surgem as guerras.”
“E muitas vezes, ele não se adapta ao meio em que vive.”
“Pois, o homem é um ser social.”
“Muitos porém, se esquecem que...”
“A sociedade deve pois, lutar pela justiça social.”
Que é que você acha de quem virgula assim? Você vai dizer que não aprendeu nada de pontuação quem semeia assim as vírgulas. Nem poderá dizer outra coisa.
Ou não lhe ensinaram, ou ensinaram e ele não aprendeu. O certo é que ele se formou no curso secundário. Lepidamente, sem maiores dificuldades. Mas a vírgula é um “objeto não identificado”, para ele.
Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legião. Amanhã serão doutores, e a vírgula continuará sendo um objeto não identificado. Sim, porque os três ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestíbulo... Com vírgula ou sem vírgula. Que a vírgula, convenhamos, até que é um obstáculo meio frágil, um risquinho. Objeto não identificado? Não, objeto invisível a olho nu. Pode passar despercebido até a muito olho de lince de examinador.
— A vírgula, ora, direis, a vírgula...
Mas é justamente essa miúda coisa, esse risquinho, que maior informação nos dá sobre as qualidades do ensino da língua escrita. Sobre o ensino do cerne mesmo da língua: a frase, sua estrutura, composição e decomposição.
Da virgulação é que se pode depreender a consciência, o grau de consciência que tem, quem escreve, do pensamento e de sua expressão, do ir-e-vir do raciocínio, das hesitações, das interpenetrações de ideias, das sequências e interdependências, e, linguisticamente, da frase e sua constituição.
As vírgulas erradas, ao contrário, retratam a confusão mental, a indisciplina do espírito, o mau domínio das ideias e do fraseado.
Na minha carreira de professor, fiz muitos testes de pontuação. E sempre ficou clara a relação entre a maneira de pontuar e o grau de cociente intelectual.
Conclusão que tirei: os exercícios de pontuação constituem um excelente treino para desenvolver a capacidade de raciocinar e construir frases lógicas e equilibradas.
Quem ensina ou estuda a sintaxe — que é a teoria da frase (ou o “tratado da construção”, como diziam os gramáticos antigos) — forçosamente acaba na importância das pausas, cortes, incidências, nexos, etc., elementos que vão se espelhar na pontuação, quando a mensagem é escrita.
Pontuar bem é ter visão clara da estrutura do pensamento
e da frase. Pontuar bem é governar as rédeas da frase. Pontuar
bem é ter ordem, no pensar e na expressão.
Ou não lhe ensinaram, ou ensinaram e ele não aprendeu.O certo é que ele se formou no curso secundário.
As palavras colocadas em negrito, nesta passagem,
I. são pronomes pessoais.
II. são pronomes pessoais do caso reto.
III. apresentam no contexto o mesmo referente.
IV. pertencem à terceira pessoa do singular.
As afirmações corretas estão contidas apenas em:
O uso da preposição diante do pronome relativo está de acordo com a regência do verbo, visto que o que se pode constatar na frase de Machado de Assis é que o em foi usado por causa do verbo pairar, que rege o seu complemento de forma indireta, precisando do auxílio da preposição.
Esse tipo de explicação e a respectiva exemplificação, fazem parte do corpo teórico da gramática tradicional, cuja premissa básica, historicamente construída, é “a arte de falar e escrever corretamente"