Questões de Vestibular de Português - Morfologia - Verbos
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TEXTO IV
QUANTO TEMPO VOCÊ PRECISA FICAR LONGE DO CELULAR E DAS REDES PARA UMA
'DESINTOXICAÇÃO DIGITAL' EFETIVA?
(Texto adaptado. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-39402166)
TEXTO:
O equívoco de uma nova lei de imprensa
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. A Malquerida Liberdade de Imprensa: O equívoco de uma nova lei de imprensa. Disponível em: <http://interessenacional.uol.com.br/artigos-integra.asp?cd_artigo=41>. Acesso em: maio 2011. Adaptado.
Leia os fragmentos para responder a questão:
Tanto no Fragmento 1 como no Fragmento 2 aparece a palavra "canto". Sobre o emprego dessa palavra, é
possível afirmar que:
Os versos a seguir são da letra da música Vatapá, de Dorival Caymmi:
Quem quiser vatapá, ô Que procure fazer Primeiro o fubá Depois o dendê Procure uma nêga baiana, ô Que saiba mexer Que saiba mexer Que saiba mexer
Bota castanha de caju Um bocadinho mais Pimenta malagueta Um bocadinho mais Amendoim, camarão, rala um coco Na hora de machucar Sal com gengibre e cebola, iaiá Na hora de temperar
Não pare de mexer, ô Que é pra não embolar Panela no fogo Não deixe queimar Com qualquer dez mil réis e uma nêga ô Se faz um vatapá Se faz um vatapá Que bom vatapá Dorival Caymmi (com adaptações)
Com relação ao emprego do imperativo nos versos, marque a opção correta.
A análise mórfica da forma verbal canta – presente do indicativo – é a seguinte:
Cant – a – Ø – Ø
Radical VT DMT DNP
Com base nessa gramática, é possível afirmar que a forma simples do pretérito mais-que-perfeito do indicativo desapareceu do uso natural da língua e que o futuro do indicativo está em franco processo de desaparecimento.
é tua pele? de que fogo
minha sede? de que vida
tua vinda? pedaço que padeço
sonho que teço que jogo
nos vence? cedo
mais cedo
do que penso
(RUIZ S., Alice. Dois em um. São Paulo: Iluminuras, 2018. p. 41.)
Com base no poema, considere as afirmativas a seguir.
I. Ao unir “sede” e “fogo” no mesmo dístico, o sujeito lírico reforça os paradoxos do desejo e o vigor da sensualidade. II. No jogo entre “vida” e “vinda”, há a sugestão de que o sentimento é motivado por uma ocorrência extraordinária. III. Na última estrofe, o termo “cedo”, além da semelhança com “seda” e “sede”, comporta ambiguidade, pois pode ser verbo e advérbio. IV. No verso “pedaço que padeço”, há uma antítese que reitera a dualidade dos sentimentos expostos também nos demais versos.
Assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa que também apresenta a correta relação entre os tempos verbais.
Assinale a alternativa que apresenta uma rima rica entre um verbo e um substantivo.
I. A obra é narrada em terceira pessoa; tem-se um narrador onisciente, um tempo sem sequência linear, ou seja, predominando o psicológico, e um ambiente com flashes serrano e bucólico que remete ao Arcadismo. II. Quanto à parte gráfica, a obra apresenta contos que não completam a página, reforçando o projeto gráfico em estilo Polaroide, reiterando as fotos de Copi. III. A narrativa apresenta um desfecho caricato, Renê, que se mostrava preconceituoso em relação à sexualidade de Copi, acaba se apaixonando por ela, e juntos voltam para a Argentina. IV. Na oração “Foi o mastigar do tempo” (linha 7), quanto à formação de palavras, na expressão destacada ocorre derivação imprópria, o mesmo ocorre com a palavra Seca em “e o Seca, saco, saca, secô continuou por alguns instantes” (linhas 1 e 2). V. Na oração “Naquela época, havia vinte anos ou mais” (linha 5) o verbo haver é impessoal, logo, seguindo o padrão culto da língua escrita, o verbo deve permanecer na terceira pessoa do singular.
Assinale a alternativa correta.
Felicidade Clandestina
Clarice Lispector
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. (...) Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. (...)
Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. (...)
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. (...) E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. (...) Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. (...)
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!(...)
Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. (...) Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. (...) Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. (...)
(http://tinyurl.com/veele-contos Acesso em: 27.08.14. Adaptado)
Observe o trecho do texto: “e assim recebi o livro na mão(...)”
Ao passar a oração sublinhada nesse trecho para a voz passiva analítica, teremos:
Analise as proposições em relação à obra Um lugar na janela 2: relatos de viagem, Martha
Medeiros, ao Texto 5, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Da leitura da obra depreende-se que o título Um lugar na janela 2: relatos de viagem,
metaforicamente, sugere sair de dentro de si e enxergar o mundo de uma forma
diferente, com um novo olhar.
( ) As locuções verbais “havia sido” (linha 4) e “ havia me tornado” (linha 14) podem ser
substituídas por fora e me tornara, respectivamente, sem que ocorra alteração de
sentido, no texto.
( ) Em “pontas da adolescente que havia sido com a mulher madura que me tornara”
(linhas 4 e 5) e “ouvindo músicas que cutucavam” (linhas 9 e 10) os vocábulos
destacados são, na morfologia, pronomes relativos e referem-se a termos
antecedentes que são adolescente, mulher madura e músicas, respectivamente.
( ) As palavras “Queria” (linha 1), “quando” (linha 7), “noite” (linha 8) e “inteira” (linha 11)
apresentam ditongo crescente.
( ) Na sintaxe, os vocábulos “onde” (linha 14) e “aonde” (linha 17), por exercerem a
função de adjunto adverbial de lugar, podem ser substituídos, no texto,
indiferentemente, um pelo outro, sem que ocorra alteração de sentido e às normas
gramaticais.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
Analise as proposições em relação à obra Melhores poemas, Manuel Bandeira, ao Texto 1, e
assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.
( ) Quanto ao processo de formação de palavras, os vocábulos “desenganos” (verso 12),
“cabeleira” (verso 17) e “recém-nascidos” (verso 29) sofreram o processo de
prefixação, de sufixação e de justaposição, sequencialmente.
( ) A arquitetura da sétima estrofe, para dar um valor mais expressivo ao poema,
sustenta-se por duas figuras de linguagem: uma figura de pensamento – antítese, e a
outra de construção, hipérbato.
( ) A leitura dos versos “A cabeça, essa é de vento” (verso 26) e “Perdão, que me deu na
telha” (verso 34) leva o leitor a inferir que os registros coloquiais aparecem como
escolhas lexicais, ritmados pela prosódia da fala, sugerindo espontaneidade.
( ) O poema é composto por versos irregulares, distribuídos em nove estrofes, também
irregulares, caracterizando o padrão métrico tradicional – redondilhas menores, versos
pentassílabos.
( ) A leitura do texto mostra que a composição do poema remete a uma menina-moça,
adolescente, o que se justifica pelo campo semântico: menina, treze anos, criança,
infantil.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
A ciência consegue responder a todas as perguntas? Entre os que pensavam que não estava o filósofo Auguste Comte. Há mais de cem anos, ele deu o seguinte exemplo de pergunta sem resposta: “De que são feitas as estrelas?” E rapidamente provou-se que ele estava errado. Mesmo antes de o século XIX acabar, os astrônomos haviam descoberto uma maneira de encontrar a resposta. Quando a luz de uma estrela passa através de um prisma e se espalha num espectro, nós vemos as cores que denunciam as diferentes substâncias – oxigênio, sódio, carbono. As estrelas são feitas dos mesmos tipos de átomos que encontramos na Terra. Arthur C. Clarke disse uma vez: “Se um cientista idoso declarar que algo é impossível, quase com certeza ele estará errado”. Comte foi apenas um deles. (BROCKMAN, J. & MATSON, K. As coisas são assim, p. 302. Adaptado.)
Coloque V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas a seguir, feitas a propósito de aspectos diversos do texto:
( ) Em “as diferentes substâncias – oxigênio, sódio, carbono”, o vocábulo “substâncias” se constitui em uma hiperonímia. ( ) Em “As estrelas são feitas dos mesmos tipos de átomos que encontramos na Terra.", o “que” tem a função sintática de objeto direto. ( ) Em “E rapidamente provou-se que ele estava errado”, o “se” é índice de indeterminação do sujeito. ( ) No verbo “pensar” (“Entre os que pensavam”), o elemento mórfico “va” é desinência modo-temporal, enquanto o “m” é desinência número-pessoal.
Assinale a alternativa que relaciona a sequência CORRETA de V e F de cima para baixo: