Questões de Vestibular de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
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Bálsamo ou veneno? Comida dos deuses ou maldição do diabo? Hábito natural ou desvio da sociedade moderna? Não há resposta certa ou fácil quando o assunto são as drogas. As pesquisas de opinião refletem essa ambiguidade. Quando abordam o tema, em geral mostram que estamos longe de um consenso. Mas as pesquisas revelam algo mais. Em meio aos números, nota-se que quase não há indecisos sobre o assunto. Ou seja, não importa de que lado as pessoas estejam, o fato é que todas elas têm opinião formada — e arraigada — sobre o uso de drogas.
VERGARA, R. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 2 out. 2013.
O convencional achará que um homem de cinquenta anos, pai e avô, capaz de tomar a última bala de uma criança de sete anos, é um monstro. Pois eu lhes direi que só um adulto de coração limpo, sem sentimento de culpa, é capaz de fazer uma tal monstruosidade.
CAMPOS, P. M. Homenzinho na ventania. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1970.
Poemas aos homens do nosso tempo
Amada vida, minha morte demora.
Dizer que coisa ao homem,
Propor que viagem? Reis, ministros
E todos vós, políticos,
Que palavra além de ouro e treva
Fica em vossos ouvidos?
Além de vossa RAPACIDADE
O que sabeis
Da alma dos homens?
Ouro, conquista, lucro, logro
E os nossos ossos
E o sangue das gentes
E a vida dos homens
Entre os vossos dentes.
HILST, H. Poesia. São Paulo: Quíron, 1980 (fragmento).
Poesia: 1970
Tudo o que eu faço
alguém em mim que eu desprezo
sempre acha o máximo.
Mal rabisco,
não dá mais pra mudar nada.
Já é um clássico.
LEMINSKI, P. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2002.
Chegança
Eu atraquei
num porto muito seguro,
céu azul, paz e ar puro,
botei as pernas pro ar. [...]
Mas de repente
me acordei com a surpresa:
uma esquadra portuguesa
veio na praia atracar.
Da grande nau,
um branco de barba escura
vestindo uma armadura
me apontou pra me pegar.
Assustado
dei um pulo da rede,
pressenti a fome, a sede,
eu pensei: “vão me acabar”!
Me levantei
de borduna já na mão.
ai, senti no coração:
O Brasil vai começar.
NÓBREGA, A. Disponível em: www.antonio-nobrega.
Acesso em: 15 jul. 2014 (fragmento).