Questões de Vestibular de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
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Darcy Ribeiro. Meus índios, minha gente. Ed. UnB,
Fundação Darcy Ribeiro, 2010, p.82 (com adaptações).
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir.
Os termos “eles” (ℓ.5) e “Nós” (ℓ.5) indicam uma indicação entre índios e não índios; o autor do texto se coloca entre os não índios.
Darcy Ribeiro. Meus índios, minha gente. Ed. UnB,
Fundação Darcy Ribeiro, 2010, p.82 (com adaptações).
A expressão “seu conhecimento” (ℓ.1) refere-se ao conhecimento dos índios.
Texto para a questão.
Poema
Encontrado por Thiago de Mello
No Itinerário de Pasárgada
Vênus luzia sobre nós tão grande,
Tão intensa, tão bela, que chegava
A parecer escandalosa, e dava
Vontade de morrer.
Manuel Bandeira
Nesse breve poema de Bandeira, manifesta-se um aspecto que alguns de seus principais estudiosos
consideram central e decisivo na obra do poeta, a saber,
Texto para a questão
CAPÍTULO 73 - O Luncheon*
O despropósito fez-me perder outro capítulo. Que melhor não era dizer as coisas lisamente, sem todos estes solavancos! Já comparei o meu estilo ao andar dos ébrios. Se a ideia vos parece indecorosa, direi que ele é o que eram as minhas refeições com Virgília, na casinha da Gamboa, onde às vezes fazíamos a nossa patuscada, o nosso luncheon. Vinho, frutas, compotas. Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces, de olhares ternos, de criancices, uma infinidade desses apartes do coração, aliás o verdadeiro, o ininterrupto discurso do amor. Às vezes vinha o arrufo temperar o nímio adocicado da situação. Ela deixava-me, refugiava-se num canto do canapé, ou ia para o interior ouvir as denguices de Dona Plácida. Cinco ou dez minutos depois, reatávamos a palestra, como eu reato a narração, para desatá-la outra vez. Note-se que, longe de termos horror ao método, era nosso costume convidá-lo, na pessoa de Dona Plácida, a sentar-se conosco à mesa; mas Dona Plácida não aceitava nunca.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
(*) Luncheon (Ing.): lanche, refeição ligeira, merenda.
Texto para a questão
CAPÍTULO 73 - O Luncheon*
O despropósito fez-me perder outro capítulo. Que melhor não era dizer as coisas lisamente, sem todos estes solavancos! Já comparei o meu estilo ao andar dos ébrios. Se a ideia vos parece indecorosa, direi que ele é o que eram as minhas refeições com Virgília, na casinha da Gamboa, onde às vezes fazíamos a nossa patuscada, o nosso luncheon. Vinho, frutas, compotas. Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces, de olhares ternos, de criancices, uma infinidade desses apartes do coração, aliás o verdadeiro, o ininterrupto discurso do amor. Às vezes vinha o arrufo temperar o nímio adocicado da situação. Ela deixava-me, refugiava-se num canto do canapé, ou ia para o interior ouvir as denguices de Dona Plácida. Cinco ou dez minutos depois, reatávamos a palestra, como eu reato a narração, para desatá-la outra vez. Note-se que, longe de termos horror ao método, era nosso costume convidá-lo, na pessoa de Dona Plácida, a sentar-se conosco à mesa; mas Dona Plácida não aceitava nunca.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
(*) Luncheon (Ing.): lanche, refeição ligeira, merenda.