Questões de Vestibular Sobre português
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( 1 ) Narrador. ( 2 ) Personagens. ( 3 ) Tempo. ( 4 ) Espaço.
( ) A casa em meio do arvoredo, o rio, as tardes como que suspensas na poeira do ar. ( ) Madrinha tecendo a cortina de crochê (...), a pobre Madrinha sempre afobada, piscando os olhinhos estrábicos (...). A preta Dionísia a bater as claras de ovos em ponto de neve, a voz ácida contrastando com a doçura dos cremes (...)... Tia Olívia enfastiada e lânguida, abanando-se com uma ventarola chinesa, a voz pesada... O menino era Marcelo. Tinha apenas dois anos mais do que eu mas era tão alto e parecia tão adulto com suas belas roupas de montaria. ( ) ... desapareceu tudo sem deixar vestígios. Ficaram as cerejas, só elas resistiram com sua vermelhidão de loucura. Basta abrir a gaveta: algumas foram roídas por alguma barata e nessas o algodão estoura, empelotado.../ Ela chegou inesperadamente. Um cavaleiro trouxe o recado do chefe da estação pedindo a charrete para a visita que acabara de desembarcar. ( ) Tinha apenas dois anos mais do que eu... / Aproximei-me fascinada...
A correlação correta é:
Texto I
Uns nasceram para cantar, outros para dançar, outros nasceram simplesmente para serem outros. Eu nasci para estar calado. Minha única vocação é o silencio. Foi meu pai que me explicou: tenho inclinação para não falar, um talento para apurar silêncios. Escrevo bem, silêncios, no plural. Sim, porque não há um único silêncio. E todo o silêncio é música em estado de gravidez. (Mia Couto)
Texto II
Não te abras com teu amigo Que ele um outro amigo tem E o amigo do teu amigo Possui amigos também... (Mário Quintana)
Analise as afirmações:
I) Os textos I e II são poesias. II) Os textos I e II estão escritos, respectivamente, em prosa e em verso. III) A poesia, necessariamente, tem rima e ritmo, o que só se vê no texto II. IV) Apenas o texto I pertence ao gênero lírico, pois a linguagem é marcada pela subjetividade. V) O texto II é um poema.
A alternativa que reúne apenas itens corretos é:
I) Aqui em Minas os pobres não vão badaponti, nem pro meidaprass. II) O Arnesto nos convidô prum samba, ele mora no Brás nóis fumo e não encontremos ninguém... (Adoniram Barbosa). III) Toma aí, chê, uma guampa de canha. IV) V.Exª, data vênia, não adentrou às entranhas meritórias doutrinárias e jurisprudenciais acopladas na inicial, que caracterizam, hialinamente, o dano sofrido.
Identifique a alternativa correta, quanto ao uso da língua, nos textos acima.

Em relação aos elementos constitutivos da charge:

O que confere humor ao texto?
( ) Convém ser cauteloso, pois podem nos ocorrer os mesmos dissabores que ao próximo. ( ) As vitórias são obtidas com paciência e perseverança. ( ) Depois de confusões, desentendimentos, conflitos, as coisas se acalmam. ( ) É melhor evitar problemas do que ter que arcar com as consequências. ( ) É sempre bom recorrer a um conselheiro antes de tomar decisões difíceis. ( ) O que parecia uma desgraça pode nos trazer resultados proveitosos. ( ) É melhor pensar bem antes de tomar decisões sérias. ( ) As pessoas se revelam quando exercem o poder.
Assinale a alternativa que registra a correlação adequada, respectivamente.
Excerto de Folha Universal, 16 de agosto de 2015, pp. 4 a 5.
Excerto de Folha Universal, 16 de agosto de 2015, pp. 4 a 5.
Excerto de Folha Universal, 16 de agosto de 2015, pp. 4 a 5.
TEXTO:
Auto da Barca do Inferno
(Aproxima-se um corregedor com uma vara na mão
e diz chegando à Barca do Inferno:)
Corregedor – Hou da barca?
Diabo – Que quereis?
Corregedor – Está aqui o senhor juiz.
Diabo – Oh amador de perdiz* / quantos processos
trazeis?
Corregedor – Por trazê-los, bem vereis, / venho muito
contrafeito.
Diabo – Como anda lá o Direito?
Corregedor – Nos autos constatareis.
Diabo – Ora, pois, entrai, vejamos / o que dizem tais
Corregedor – Para onde vai o batel?
Diabo – No inferno nós ancoramos.
Corregedor – Como? À terra dos demônios / há de ir um
corregedor? [...]
Diabo – Ora, entrai nos negros fados. / Ireis ao lago dos
cães / e vereis os escrivães / como estão bem
prosperados.
Corregedor – Vão à terra dos danados / os novos
evangelistas?
Diabo – Os mestres das fraudes vistas / lá estão bem
atormentados [...]
*“amador de perdiz” – referência ao fato de os juízes aceitarem,
como agrado, a doação de coelhos e perdizes.
VICENTE, GIL. Três autos: da alma; da barca do inferno; de Mofina Mendes. Livre adaptação de Walmir Ayala. Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Publifolha, 1997. p. 145 -153.
Sobre o trecho da cena transcrito e a obra de onde foi extraído, é correto afirmar:
I. A cena se inicia com a chegada do corregedor, que é representante do judiciário, à Barca do Inferno, quando o Diabo lhe dirige a primeira acusação: a de corrupção, por manipular a justiça em benefício próprio, com a aceitação de suborno sob a forma de presentes ou doações.
II. Na obra, através de farta argumentação e de provas forjadas, o corregedor consegue convencer o Diabo e o Anjo de sua inocência. Por isso, após ser perdoado, aceita o pedido de desculpas de ambos e se encaminha para a Barca do Paraíso, onde é recebido com muitos festejos e intensa louvação.
III. Na obra, o autor, para relativizar os conceitos de bem e mal, de certo e errado, evitando uma perspectiva maniqueísta, coloca circunstâncias em que o Anjo e o Diabo trocam de papéis e passam a dirigir, respectivamente, a Barca do Inferno e a Barca da Glória. Com isso, o julgamento se torna mais preciso e a punição mais justa.
IV. O cenário da obra é um porto onde se encontram ancoradas duas barcas: uma, guiada pelo Diabo, tem como destino o inferno; outra, guiada por um Anjo, leva ao paraíso. Nelas são acomodadas as pessoas que se aproximam e que já morreram, selecionadas pelo Diabo ou pelo Anjo, segundo sua conduta quando estavam vivas.
V. A obra é uma sátira social e moral, pois veicula criticas aos costumes impróprios ou pecados de figuras poderosas da época, que são julgadas e punidas com a condenação ao inferno. Trata-se de uma temática que, embora contextualizada no século XVI, em Portugal, guarda certa atualidade e pertinência com questões contemporâneas.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
corretas é a
TEXTO:
Sobre aspectos de morfossintaxe desse período, é correto afirmar que
TEXTO:
TIBURI, Marcia e CASARA, Rubens. Ódio à inteligência: sobre o antiintelectualismo. Disponível em:
LISPECTOR, Clarice. Viagem a Petrópolis. A Legião Estrangeira. Rio de
Janeiro: Rocco, 1999. p. 63-71.
I. Viagem a Petrópolis é um dos últimos contos escritos pela autora, no qual a protagonista Mocinha, cujo nome verdadeiro é Margarida, foge de casa dos filhos onde vivia de favores e vai para a casa de parentes, onde também é rejeitada e torna a fugir, morrendo de desgosto numa estrada, por se sentir abandonada pela família. II. No primeiro parágrafo (l. 1-12), na apresentação de características físicas e psicológicas da personagem, a afetividade sugerida pelo diminutivo “sequinha” (l. 1) e pelo adjetivo “doce” (l. 1) revela empatia do narrador em relação à personagem, cuja saga é apresentada metaforicamente através das características de seu vestido, como “velho documento de sua vida.” (l. 4). III. No terceiro parágrafo (l. 14-18), na fala de Arnaldo, a entonação é agressiva e emblemática da rejeição e exclusão da personagem, uma pessoa idosa que é tratada como estorvo. Estabelece-se, aí, um contraste, entre o discurso de poder e de opressão que se volta contra Mocinha e sua atitude de submissão e silenciamento evidenciada ao longo de todo o conto. IV. A expressão “em lembrança do berço” (l. 7) é uma referencia ao fato de que, no conto, a personagem Mocinha frequentemente se refugiava nas memórias agradáveis do tempo da infância e da juventude, como forma de fugir da realidade e, já no final da vida, em seu delírio de morte, pensa poder voltar a viver naquele tempo, para superar os traumas vividos na idade adulta e na velhice. V. No último parágrafo, céu estrada e tronco de árvore são os elementos da paisagem que, finalmente, acolhem a personagem em seus últimos momentos. Sua morte se dá do mesmo modo em que viveu: anônima, resignada, sem vínculos afetivos, em condições de desamparo e solidão, embora pareça desconhecer as condições subumanas em que viveu e a forma como foi tratada.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a