Questões de Vestibular CEDERJ 2020 para Vestibular - Inglês
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Q1712768
Português
Texto associado
NÃO SE COME DINHEIRO
Ailton Krenak
Quando falo de humanidade não estou falando só
Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que
nós excluímos desde sempre: caçamos a baleia, tiramos
barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na
parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além
da matança de todos os outros humanos que nós achamos que não tinham nada, que estavam aí só para nos
suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história,
os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade
- que está na declaração universal dos direitos humanos
e nos protocolos das instituições -, foram devastando tudo
ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são as sub-humanidades. Não são só os caiçaras, quilombolas e os povos
indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos
à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa
ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar.
Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando
no percurso tudo o que não interessa; o que sobra, a sub-humanidade - alguns de nós fazemos parte dela.
É incrível que esse vírus que está aí agora esteja
atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do
organismo da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver.” [...] Estamos sendo lembrados de que somos tão
vulneráveis que, se cortarem nosso ar poralguns minutos,
nós morremos. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal humanidade: se extingue com a
mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de
aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é
a declaração da Terra.
E, se nós não estamos com nada, deveríamos ter
contato com a experiência de estar vivos para além dos
aparatos tecnológicos que podemos inventar. A ideia da
economia, por exemplo, essa coisa invisível a não ser por
aquele emblema de cifrão. Pode ser uma ficção afirmar
que se a economia não estiver funcionando plenamente
nós morremos. Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do banco central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, qual economia deles. Ninguém come dinheiro.
Hoje de manhã eu vi um indígena norte-americano do
conselho dos anciãos do povo lakota falar sobre o coronavírus. É um homem de uns setenta e poucos anos, chamado
Wakya Um Manee, também conhecido como Vernon Foster.
(Vernon, que é um típico nome americano, pois quando
os colonos chegaram na América, além de proibirem as
línguas nativas, mudavam os nomes das pessoas.) Pois,
repetindo as palavras de um ancestral, ele dizia: "quando o
último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da Terra, só então o homem perceberá que ele não é
capaz de comer seu dinheiro”.
KRENAK, Ailton. Não se come dinheiro. In: Avida não é útil.
SP: Companhia das Letras, 2020. Adaptado.
O título do texto I, "Não se come dinheiro”, sintetiza a
seguinte discussão presente no texto:
Q1712769
Português
Texto associado
NÃO SE COME DINHEIRO
Ailton Krenak
Quando falo de humanidade não estou falando só
Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que
nós excluímos desde sempre: caçamos a baleia, tiramos
barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na
parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além
da matança de todos os outros humanos que nós achamos que não tinham nada, que estavam aí só para nos
suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história,
os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade
- que está na declaração universal dos direitos humanos
e nos protocolos das instituições -, foram devastando tudo
ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são as sub-humanidades. Não são só os caiçaras, quilombolas e os povos
indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos
à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa
ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar.
Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando
no percurso tudo o que não interessa; o que sobra, a sub-humanidade - alguns de nós fazemos parte dela.
É incrível que esse vírus que está aí agora esteja
atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do
organismo da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver.” [...] Estamos sendo lembrados de que somos tão
vulneráveis que, se cortarem nosso ar poralguns minutos,
nós morremos. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal humanidade: se extingue com a
mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de
aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é
a declaração da Terra.
E, se nós não estamos com nada, deveríamos ter
contato com a experiência de estar vivos para além dos
aparatos tecnológicos que podemos inventar. A ideia da
economia, por exemplo, essa coisa invisível a não ser por
aquele emblema de cifrão. Pode ser uma ficção afirmar
que se a economia não estiver funcionando plenamente
nós morremos. Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do banco central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, qual economia deles. Ninguém come dinheiro.
Hoje de manhã eu vi um indígena norte-americano do
conselho dos anciãos do povo lakota falar sobre o coronavírus. É um homem de uns setenta e poucos anos, chamado
Wakya Um Manee, também conhecido como Vernon Foster.
(Vernon, que é um típico nome americano, pois quando
os colonos chegaram na América, além de proibirem as
línguas nativas, mudavam os nomes das pessoas.) Pois,
repetindo as palavras de um ancestral, ele dizia: "quando o
último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da Terra, só então o homem perceberá que ele não é
capaz de comer seu dinheiro”.
KRENAK, Ailton. Não se come dinheiro. In: Avida não é útil.
SP: Companhia das Letras, 2020. Adaptado.
"Quando falo de humanidade não estou falando só
Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que
nós excluímos desde sempre: caçamos baleia, tiramos
barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na
parede para mostrar que somos mais bravos que ele.”
As expressões introduzidas pelos dois-pontos estabelecem com o trecho anterior uma relação de:
As expressões introduzidas pelos dois-pontos estabelecem com o trecho anterior uma relação de:
Q1712770
Português
Texto associado
NÃO SE COME DINHEIRO
Ailton Krenak
Quando falo de humanidade não estou falando só
Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que
nós excluímos desde sempre: caçamos a baleia, tiramos
barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na
parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além
da matança de todos os outros humanos que nós achamos que não tinham nada, que estavam aí só para nos
suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história,
os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade
- que está na declaração universal dos direitos humanos
e nos protocolos das instituições -, foram devastando tudo
ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são as sub-humanidades. Não são só os caiçaras, quilombolas e os povos
indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos
à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa
ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar.
Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando
no percurso tudo o que não interessa; o que sobra, a sub-humanidade - alguns de nós fazemos parte dela.
É incrível que esse vírus que está aí agora esteja
atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do
organismo da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver.” [...] Estamos sendo lembrados de que somos tão
vulneráveis que, se cortarem nosso ar poralguns minutos,
nós morremos. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal humanidade: se extingue com a
mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de
aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é
a declaração da Terra.
E, se nós não estamos com nada, deveríamos ter
contato com a experiência de estar vivos para além dos
aparatos tecnológicos que podemos inventar. A ideia da
economia, por exemplo, essa coisa invisível a não ser por
aquele emblema de cifrão. Pode ser uma ficção afirmar
que se a economia não estiver funcionando plenamente
nós morremos. Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do banco central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, qual economia deles. Ninguém come dinheiro.
Hoje de manhã eu vi um indígena norte-americano do
conselho dos anciãos do povo lakota falar sobre o coronavírus. É um homem de uns setenta e poucos anos, chamado
Wakya Um Manee, também conhecido como Vernon Foster.
(Vernon, que é um típico nome americano, pois quando
os colonos chegaram na América, além de proibirem as
línguas nativas, mudavam os nomes das pessoas.) Pois,
repetindo as palavras de um ancestral, ele dizia: "quando o
último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da Terra, só então o homem perceberá que ele não é
capaz de comer seu dinheiro”.
KRENAK, Ailton. Não se come dinheiro. In: Avida não é útil.
SP: Companhia das Letras, 2020. Adaptado.
"Ao longo da história, os humanos, aliás, esse clube
exclusivo da humanidade...”
O uso do vocábulo aliás marca entre as partes da frase uma relação de:
O uso do vocábulo aliás marca entre as partes da frase uma relação de:
Q1712771
Português
Texto associado
NÃO SE COME DINHEIRO
Ailton Krenak
Quando falo de humanidade não estou falando só
Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que
nós excluímos desde sempre: caçamos a baleia, tiramos
barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na
parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além
da matança de todos os outros humanos que nós achamos que não tinham nada, que estavam aí só para nos
suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história,
os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade
- que está na declaração universal dos direitos humanos
e nos protocolos das instituições -, foram devastando tudo
ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são as sub-humanidades. Não são só os caiçaras, quilombolas e os povos
indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos
à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa
ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar.
Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando
no percurso tudo o que não interessa; o que sobra, a sub-humanidade - alguns de nós fazemos parte dela.
É incrível que esse vírus que está aí agora esteja
atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do
organismo da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver.” [...] Estamos sendo lembrados de que somos tão
vulneráveis que, se cortarem nosso ar poralguns minutos,
nós morremos. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal humanidade: se extingue com a
mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de
aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é
a declaração da Terra.
E, se nós não estamos com nada, deveríamos ter
contato com a experiência de estar vivos para além dos
aparatos tecnológicos que podemos inventar. A ideia da
economia, por exemplo, essa coisa invisível a não ser por
aquele emblema de cifrão. Pode ser uma ficção afirmar
que se a economia não estiver funcionando plenamente
nós morremos. Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do banco central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, qual economia deles. Ninguém come dinheiro.
Hoje de manhã eu vi um indígena norte-americano do
conselho dos anciãos do povo lakota falar sobre o coronavírus. É um homem de uns setenta e poucos anos, chamado
Wakya Um Manee, também conhecido como Vernon Foster.
(Vernon, que é um típico nome americano, pois quando
os colonos chegaram na América, além de proibirem as
línguas nativas, mudavam os nomes das pessoas.) Pois,
repetindo as palavras de um ancestral, ele dizia: "quando o
último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da Terra, só então o homem perceberá que ele não é
capaz de comer seu dinheiro”.
KRENAK, Ailton. Não se come dinheiro. In: Avida não é útil.
SP: Companhia das Letras, 2020. Adaptado.
No trecho "Foi uma manobra fantástica do organismo
da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver”, a fala
atribuída à Terra revela que:
Q1712772
Português
Texto associado
NÃO SE COME DINHEIRO
Ailton Krenak
Quando falo de humanidade não estou falando só
Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que
nós excluímos desde sempre: caçamos a baleia, tiramos
barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na
parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além
da matança de todos os outros humanos que nós achamos que não tinham nada, que estavam aí só para nos
suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história,
os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade
- que está na declaração universal dos direitos humanos
e nos protocolos das instituições -, foram devastando tudo
ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são as sub-humanidades. Não são só os caiçaras, quilombolas e os povos
indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos
à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa
ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar.
Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando
no percurso tudo o que não interessa; o que sobra, a sub-humanidade - alguns de nós fazemos parte dela.
É incrível que esse vírus que está aí agora esteja
atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do
organismo da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver.” [...] Estamos sendo lembrados de que somos tão
vulneráveis que, se cortarem nosso ar poralguns minutos,
nós morremos. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal humanidade: se extingue com a
mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de
aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é
a declaração da Terra.
E, se nós não estamos com nada, deveríamos ter
contato com a experiência de estar vivos para além dos
aparatos tecnológicos que podemos inventar. A ideia da
economia, por exemplo, essa coisa invisível a não ser por
aquele emblema de cifrão. Pode ser uma ficção afirmar
que se a economia não estiver funcionando plenamente
nós morremos. Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do banco central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, qual economia deles. Ninguém come dinheiro.
Hoje de manhã eu vi um indígena norte-americano do
conselho dos anciãos do povo lakota falar sobre o coronavírus. É um homem de uns setenta e poucos anos, chamado
Wakya Um Manee, também conhecido como Vernon Foster.
(Vernon, que é um típico nome americano, pois quando
os colonos chegaram na América, além de proibirem as
línguas nativas, mudavam os nomes das pessoas.) Pois,
repetindo as palavras de um ancestral, ele dizia: "quando o
último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da Terra, só então o homem perceberá que ele não é
capaz de comer seu dinheiro”.
KRENAK, Ailton. Não se come dinheiro. In: Avida não é útil.
SP: Companhia das Letras, 2020. Adaptado.
O texto I apresenta uma estrutura predominantemente:
Q1712773
Português
Texto II
A história da literatura brasileira é em grande parte a história de uma imposição cultural que foi aos poucos gerando expressão literária diferente, embora em correlação estreita com os centros civilizadores da Europa. Esta imposição atuou também no sentido mais forte da palavra, isto é, como instrumento colonizador, destinado a impor e manter a ordem política e social estabelecida pela Metrópole, através inclusive das classes dominantes locais.
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Outro sobre Azul, 2015.
Um fator considerado relevante na opinião de Antonio Candido acerca do processo de formação literária do Brasil é:
A história da literatura brasileira é em grande parte a história de uma imposição cultural que foi aos poucos gerando expressão literária diferente, embora em correlação estreita com os centros civilizadores da Europa. Esta imposição atuou também no sentido mais forte da palavra, isto é, como instrumento colonizador, destinado a impor e manter a ordem política e social estabelecida pela Metrópole, através inclusive das classes dominantes locais.
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Outro sobre Azul, 2015.
Um fator considerado relevante na opinião de Antonio Candido acerca do processo de formação literária do Brasil é:
Q1712774
Português
Texto associado
NÃO SE COME DINHEIRO
Ailton Krenak
Quando falo de humanidade não estou falando só Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que nós excluímos desde sempre: caçamos a baleia, tiramos barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além da matança de todos os outros humanos que nós achamos que não tinham nada, que estavam aí só para nos suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história, os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade - que está na declaração universal dos direitos humanos e nos protocolos das instituições -, foram devastando tudo ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são as sub-humanidades. Não são só os caiçaras, quilombolas e os povos indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar. Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando no percurso tudo o que não interessa; o que sobra, a sub-humanidade - alguns de nós fazemos parte dela.
É incrível que esse vírus que está aí agora esteja atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do organismo da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver.” [...] Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar poralguns minutos, nós morremos. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal humanidade: se extingue com a mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é a declaração da Terra.
E, se nós não estamos com nada, deveríamos ter contato com a experiência de estar vivos para além dos aparatos tecnológicos que podemos inventar. A ideia da economia, por exemplo, essa coisa invisível a não ser por aquele emblema de cifrão. Pode ser uma ficção afirmar que se a economia não estiver funcionando plenamente nós morremos. Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do banco central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, qual economia deles. Ninguém come dinheiro.
Hoje de manhã eu vi um indígena norte-americano do conselho dos anciãos do povo lakota falar sobre o coronavírus. É um homem de uns setenta e poucos anos, chamado Wakya Um Manee, também conhecido como Vernon Foster.
(Vernon, que é um típico nome americano, pois quando os colonos chegaram na América, além de proibirem as línguas nativas, mudavam os nomes das pessoas.) Pois, repetindo as palavras de um ancestral, ele dizia: "quando o último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da Terra, só então o homem perceberá que ele não é capaz de comer seu dinheiro”.
KRENAK, Ailton. Não se come dinheiro. In: Avida não é útil.
SP: Companhia das Letras, 2020. Adaptado.
Texto II
A história da literatura brasileira é em grande parte a história de uma imposição cultural que foi aos poucos gerando expressão literária diferente, embora em correlação estreita com os centros civilizadores da Europa. Esta imposição atuou também no sentido mais forte da palavra, isto é, como instrumento colonizador, destinado a impor e manter a ordem política e social estabelecida pela Metrópole, através inclusive das classes dominantes locais.
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Outro sobre Azul, 2015.
A relação entre os textos I e II pode ser evidenciada no seguinte trecho:
A história da literatura brasileira é em grande parte a história de uma imposição cultural que foi aos poucos gerando expressão literária diferente, embora em correlação estreita com os centros civilizadores da Europa. Esta imposição atuou também no sentido mais forte da palavra, isto é, como instrumento colonizador, destinado a impor e manter a ordem política e social estabelecida pela Metrópole, através inclusive das classes dominantes locais.
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Outro sobre Azul, 2015.
A relação entre os textos I e II pode ser evidenciada no seguinte trecho:
Q1712775
Literatura
Texto III
A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonino, a do doutor Campos, a do homem do Itamarati.
Disponível em: https:// docente.ifn.edu.br/franciscoarruda/ disciplinas/admam3am/triste-fim-de-policarpo-quaresma/view. Acesso 15/11/2020.
No trecho da obra "Triste Fim de Policarpo Quaresma”, a reflexão acerca da noção de pátria propõe uma:
A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava existir, havia. A que existia de fato, era a do Tenente Antonino, a do doutor Campos, a do homem do Itamarati.
Disponível em: https:// docente.ifn.edu.br/franciscoarruda/ disciplinas/admam3am/triste-fim-de-policarpo-quaresma/view. Acesso 15/11/2020.
No trecho da obra "Triste Fim de Policarpo Quaresma”, a reflexão acerca da noção de pátria propõe uma:
Q1712776
Biologia
O termo diabetes, oriundo do grego, significa "passar
através de um sifão”. Tal designação refere-se a poliúria,
ou seja, a excessiva e contínua eliminação de urina pelo
paciente. A diabetes insípida central (DIC), também conhecida como diabetes insipidus, está relacionada diretamente
à deficiência da produção de um hormônio que atua nos
rins denominada:
Q1712777
Biologia
No ano de 2006, as pesquisadoras Alessandra Gonzales e Márcia Lutterbach e o pesquisador Rodolfo Paranhos
realizaram um levantamento da abundância e distribuição
espacial das bactérias heterotróficas totais presentes na lagoa Rodrigo de Freitas. Os resultados indicaram que a lagoa é um ecossistema com alta incidência e concentração
das referidas bactérias, que são responsáveis, entre outros
desequilíbrios ambientais, pela baixa oxigenação da água
e consequente alta da mortandade de peixes na lagoa. Os
dados ainda indicaram que as águas poluídas da lagoa
afetam a qualidade das praias de Ipanema e do Leblon.
(Fonte: Disponível em GONZALEZ, Alessandra M.; PARANHOS, Rodolfo and LUTTERBACH, Márcia S.. Abundância bacteriana heterotrófica na Lagoa Rodrigo de Freitas (Rio de Janeiro, Brasil). Braz. J. Microbiol. [online]. 2006, vol.37, n.4, pp.428-433. ISSN 1678-4405. https://doi.org/10.1590/S1517-83822006000400005.)
O desequilíbrio ambiental descrito no texto e presente na lagoa Rodrigo de Freitas chama-se:
(Fonte: Disponível em GONZALEZ, Alessandra M.; PARANHOS, Rodolfo and LUTTERBACH, Márcia S.. Abundância bacteriana heterotrófica na Lagoa Rodrigo de Freitas (Rio de Janeiro, Brasil). Braz. J. Microbiol. [online]. 2006, vol.37, n.4, pp.428-433. ISSN 1678-4405. https://doi.org/10.1590/S1517-83822006000400005.)
O desequilíbrio ambiental descrito no texto e presente na lagoa Rodrigo de Freitas chama-se:
Q1712778
Biologia
Os experimentos com ervilhas realizados por Mendel,
que culminaram na descrição de sua segunda lei, também
denominada di-hibridismo, foram repetidos, modernizados,
com a utilização de novas tecnologias e metodologias de
estudo, e ratificados por inúmeros cientistas ao redor do
mundo. Tais experimentos Mendelianos colaboraram para
o entendimento do fenômeno biológico conhecido como:
Q1712779
Biologia
Diversas embalagens de alimentos apresentam os dizeres "Contém Glúten”. Tal aviso é importante, pois muitos
indivíduos são alérgicos a esse composto nutricional. O
glúten pertence ao grupo de nutrientes classificado como:
Q1712780
Biologia
Leia atentamente um trecho da música intitulada
Oriente, de Gilberto Gil.
"Se oriente, rapaz Pela constatação de que a aranha Vive do que tece Vê se não se esquece Pela simples razão de que tudo merece Consideração”
O animal invertebrado presente na letra da música apresenta como características anatomofisiológicas marcantes a presença de:
"Se oriente, rapaz Pela constatação de que a aranha Vive do que tece Vê se não se esquece Pela simples razão de que tudo merece Consideração”
O animal invertebrado presente na letra da música apresenta como características anatomofisiológicas marcantes a presença de:
Q1712781
Biologia
Leia atentamente o seguinte trecho de uma reportagem:
Na busca de imunidade contra a Covid, anticorpos deixam de ser único foco e Ciência mira nas células T
"Um estudo do Instituto Karolinksa, na Suécia, mostra que pessoas que apresentam resultados negativos em testes de anticorpos contra o coronavírus podem, ainda assim, ter alguma imunidade ao vírus. E essa imunidade vem das células T.”
(Fonte: Disponível em https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/ noticia/2020/07/06/na-busca-de-imunidade-contra-a-covid-anticor- pos-deixam-de-ser-foco-e-ciencia-mira-nas-celulas-t.ghtml)
As células citadas na reportagem pertencem a um grupo citológico denominado:
Na busca de imunidade contra a Covid, anticorpos deixam de ser único foco e Ciência mira nas células T
"Um estudo do Instituto Karolinksa, na Suécia, mostra que pessoas que apresentam resultados negativos em testes de anticorpos contra o coronavírus podem, ainda assim, ter alguma imunidade ao vírus. E essa imunidade vem das células T.”
(Fonte: Disponível em https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/ noticia/2020/07/06/na-busca-de-imunidade-contra-a-covid-anticor- pos-deixam-de-ser-foco-e-ciencia-mira-nas-celulas-t.ghtml)
As células citadas na reportagem pertencem a um grupo citológico denominado:
Q1712782
Biologia
Arnold Schwarzenegger posta foto em cama de
hospital e assusta fãs: ‘Estou de volta’
"O ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, de 73 anos, compartilhou uma foto que deu um susto em seus fãs, acostumados a vê-lo sempre em cenas de ação. Ele postou em seu Twitter uma foto sua na cama do hospital onde passou por uma cirurgia cardíaca. "Graças à equipe da Cleveland Clinic tenho uma nova válvula aórtica.”
(Fonte: Disponível em https://oglobo.globo.com/ela/gente/ arnold-schwarzenegger-posta-foto-em-cama-de-hospital-assusta- fas-estou-de-volta-24710583)
A válvula cardíaca citada no texto tem como função primordial:
"O ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, de 73 anos, compartilhou uma foto que deu um susto em seus fãs, acostumados a vê-lo sempre em cenas de ação. Ele postou em seu Twitter uma foto sua na cama do hospital onde passou por uma cirurgia cardíaca. "Graças à equipe da Cleveland Clinic tenho uma nova válvula aórtica.”
(Fonte: Disponível em https://oglobo.globo.com/ela/gente/ arnold-schwarzenegger-posta-foto-em-cama-de-hospital-assusta- fas-estou-de-volta-24710583)
A válvula cardíaca citada no texto tem como função primordial:
Q1712783
Biologia
Especialista em gestão de risco diz que hospitais
devem ter plano de escape e equipes treinadas para
casos de incêndio
"O especialista Gerardo Portela aponta ainda cuidados que devem ser tomados desde a construção das unidades: " - A questão da ventilação também deve ser tratada desde o projeto (de construção) para que a fumaça não venha a se espalhar por todo o hospital, principalmente considerando que em geral a fumaça mata primeiro, pelo monóxido de carbono.”
(Fonte: Disponível em https://oglobo.globo.com/rio/especialis- ta-em-gestao-de-risco-diz-que-hospitais-devem-ter-plano-de-escape- equipes-treinadas-para-casos-de-incendio-24714910)
A letalidade do gás citado no trecho da reportagem está associada diretamente a:
"O especialista Gerardo Portela aponta ainda cuidados que devem ser tomados desde a construção das unidades: " - A questão da ventilação também deve ser tratada desde o projeto (de construção) para que a fumaça não venha a se espalhar por todo o hospital, principalmente considerando que em geral a fumaça mata primeiro, pelo monóxido de carbono.”
(Fonte: Disponível em https://oglobo.globo.com/rio/especialis- ta-em-gestao-de-risco-diz-que-hospitais-devem-ter-plano-de-escape- equipes-treinadas-para-casos-de-incendio-24714910)
A letalidade do gás citado no trecho da reportagem está associada diretamente a:
Q1712784
Física
A andorinha é aquele animal que empoleira em nossas varandas, que faz seus ninhos em nossas casas e que
vai de um lado para o outro de nossas cidades. As migrações de andorinhas começam em setembro e se estendem
por cerca de dois meses. Estima-se que uma andorinha
pode viajar cerca de71 mil quilômetros por ano.
Uma pesquisa publicada na revista Science em 2009 destaca que, graças a um dispositivo eletrônico, uma espécie de "mochila eletrônica” de 1,5 g colocada nas costas dessas pequenas aves, foi possível calcular a velocidade média das andorinhas no trajeto entre os hemisférios Norte e Sul.
Se uma andorinha-azul fez o trajeto entre a Amazônia e o Estado americano da Pensilvânia em apenas 15 dias, considerando que a distância entre as duas localidades seja de 15.480 km, o tempo que essa mesma andorinha, mantendo a velocidade média da viagem relatada, percorreria a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo, de 430 km, seria de:
Uma pesquisa publicada na revista Science em 2009 destaca que, graças a um dispositivo eletrônico, uma espécie de "mochila eletrônica” de 1,5 g colocada nas costas dessas pequenas aves, foi possível calcular a velocidade média das andorinhas no trajeto entre os hemisférios Norte e Sul.
Se uma andorinha-azul fez o trajeto entre a Amazônia e o Estado americano da Pensilvânia em apenas 15 dias, considerando que a distância entre as duas localidades seja de 15.480 km, o tempo que essa mesma andorinha, mantendo a velocidade média da viagem relatada, percorreria a distância entre Rio de Janeiro e São Paulo, de 430 km, seria de:
Q1712785
Física
Os pregos são hastes em geral feitos de metal com
uma das pontas afiada e a outra achatada. Essas peças
podem ser feitas de diversos materiais, se apresentam de
tamanhos diferentes e sua principal função é unir objetos.
A figura a seguir representa um personagem do desenho animado "Phineas e Ferb” finalizando um de seus grandes projetos. Antes de fixar o último prego na madeira, o pequeno Ferb se pergunta: "porque essa pequena haste não funciona tão bem, se usada ao contrário, ou seja, batendo com a marreta na ponta afiada?”
A eficiência da fixação do prego, referente à posição com a qual ele é colocado em contato com a superfície onde se deseja fixá-lo (pergunta do Ferb), é melhor explicada pelo conceito de:
A figura a seguir representa um personagem do desenho animado "Phineas e Ferb” finalizando um de seus grandes projetos. Antes de fixar o último prego na madeira, o pequeno Ferb se pergunta: "porque essa pequena haste não funciona tão bem, se usada ao contrário, ou seja, batendo com a marreta na ponta afiada?”
A eficiência da fixação do prego, referente à posição com a qual ele é colocado em contato com a superfície onde se deseja fixá-lo (pergunta do Ferb), é melhor explicada pelo conceito de:
Q1712786
Física
De acordo com o Princípio de Arquimedes, "Quando
um corpo está totalmente submerso, ou mesmo parcialmente submerso, em um fluido (líquido ou gás) em equilíbrio, este exerce sobre o corpo uma força vertical E,
denominada empuxo, cujo sentido é para cima, isto é,
oposto ao sentido do peso p" do corpo”.
As figuras 1, 2, 3 e 4 representam quatro situações nas quais quatro esferas estão totalmente ou parcialmente submersas em um tanque que contém água. Apesar de serem constituídas de materiais diferentes umas das outras, todas as esferas possuem o mesmo volume V. Sabe-se que, nas figuras 2 e 3, as esferas têm metade do seu volume submerso (V/2).
Ao se comparar os módulos dos empuxos E1 E2 E3 E4, que se referem respectivamente às forças que a água exerce sobre as esferas nas situações representadas nas figuras 1,2,3,e 4,é correto afirmar que:
As figuras 1, 2, 3 e 4 representam quatro situações nas quais quatro esferas estão totalmente ou parcialmente submersas em um tanque que contém água. Apesar de serem constituídas de materiais diferentes umas das outras, todas as esferas possuem o mesmo volume V. Sabe-se que, nas figuras 2 e 3, as esferas têm metade do seu volume submerso (V/2).
Ao se comparar os módulos dos empuxos E1 E2 E3 E4, que se referem respectivamente às forças que a água exerce sobre as esferas nas situações representadas nas figuras 1,2,3,e 4,é correto afirmar que:
Q1712787
Física
Texto associado
O texto e as figuras abaixo refere-se à questão.
O fenômeno eletromagnético é a base do funcionamento
de alguns aparelhos da atualidade. Carregadores de celularvia wireless, ou em cooktop por indução são exemplos.
Uma placa de cooktop por indução é composta por um
enrolamento indutor (o primário de um transformador) colocado sob uma placa vitrocerâmica, alimentada por uma
fonte de tensão de frequência 50 - 60hz. O utensílio de
cozinha (panela, frigideira, leiteira, ...) funciona como um
enrolamento de uma espira (o secundário do transformador), no qual surge uma corrente induzida. A intensidade
dessa corrente aquece o utensílio por efeito Joule.
Uma das condições necessárias para funcionamento
do fogão à indução (cooktop por indução) é que: