Questões de Vestibular UFAM 2017 para Vestibular
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( ) Após o movimento experimentalista da Geração de 22, Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade fazem parte da Geração que traz para a literatura o amadurecimento do movimento modernista. ( ) Na prosa de ficção da geração de 30, a paisagem nos é familiar. Estão ali o nordeste decadente, as agruras das classes médias no começo da fase urbanizadora, os conflitos internos da burguesia entre provinciana e cosmopolita. ( ) Caetés (1933), São Bernardo (1934) e Angústia (1936) são romances autobiográficos de Graciliano Ramos, portanto escritos em primeira pessoa, nos quais as narrativas se prendem à análise do mundo interior, sem desprezar o contexto sócio-político em que vive cada personagem. ( ) Na escrita de Graciliano Ramos, o “herói” é sempre um problema: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo. ( ) Graciliano Ramos é, ao mesmo tempo, ora neo-realista, ao molde de um Machado de Assis, ora neo-naturalista, ao molde de um Aluízio Azevedo, ao contextualizar seus romances no Nordeste ou na memória da vida de origem nordestina de seus personagens.
Assinale a alternativa que relaciona a sequência CORRETA de V e F de cima para baixo:
I. O primeiro parágrafo traz o transtorno emocional do narrador em sua relação com o pai. A brincadeira no poço não o ensinara a nadar, antes, era uma tortura. O narrador explica que aprendeu a nadar com os bichos. II. O narrador é um homem atormentado, de ideias agressivas, até mesmo homicidas, como se vê no segundo parágrafo, o que se justifica pelo tratamento recebido na infância. III. Ao observar e acarinhar seus bichos de estimação “as ideias ruins desaparecem. Marina desaparece”. Esse trecho comprova que Marina é a causa primeira de tudo o que atormenta Luís da Silva. IV. Apesar da relação difícil com o pai, as memórias da infância do narrador são afáveis: a vida farta na fazenda, os belos sermões do padre Inácio e as lições inesquecíveis do mestre Antônio Justino. V. A metáfora produzida com animais demonstra a inferioridade com que Luís percebe a si e aos outros.
1. “Era como se a gente houvesse deixado a Terra. De repente surgiam vozes estranhas. Que eram? Ainda hoje não sei. Vozes que iam crescendo, monótonas, e me causavam medo”. 2. “Ia cheio de satisfação maluca. Não tirava a mão do bolso, apalpava as caixinhas, sentia através do papel de seda a macieza do veludo. Na alvura do braço roliço a fita do relógio faria uma cinta negra; a pedrinha branca faiscaria no dedo miúdo”. 3. “E Julião Tavares parado. Minutos antes andava na maciota, o cigarro aceso, o pensamento na cama da mocinha sardenta. Agora ali junto da cerca, estirado. Inconveniente ficar ao lado dele. Inconveniente”. 4. “Não haveria desatino: as duas mulheres eram fatalistas e queixavam-se da sorte. Malucas. Revoltava-me o recurso infantil de se xingarem, arrancarem os cabelos. Era evidente que Julião Tavares devia morrer. Não procurei investigar as razões desta necessidade. Ela se impunha, entravame na cabeça como um prego. Um prego me atravessava os miolos.” 5. “– D. Aurora, tenha paciência. Veja se me arranja um quarto mais barato. Os tempos andam safados, d. Aurora [...] Tudo pela hora da morte, seu Luís. – É verdade, tudo pela hora da morte, d. Adélia. – A senhora já reparou nos preços dos remédios? A farmácia tem uma goela!”
( ) O Brasil sentia os reflexos econômicos da queda da bolsa de Nova York, em 1929, e da revolução de 1930. ( ) Luís da Silva é um homem atormentado e sua narrativa revela confusão. ( ) Após o homicídio, a memória de Luís da Silva é fragmentada, passado e presente se confundem. ( ) Empolgado com o noivado, Luís da Silva se vê desejando entregar à Marina o presente que tanto lhe custara. ( ) Luís da Silva alimenta ódio por Julião Tavares. A gravidez e o abandono de Marina são a mola propulsora para o assassinato.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração em sequência CORRETA, de cima para baixo.