Questões de Vestibular UEMG 2010 para Vestibular, Prova 01
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LÉXICO
Vereador em São José da Laje, cidadezinha do interior de Alagoas, Ramiro Pereira iniciou uma discussão com um colega, em plenário, lá pelos idos dos anos 50.
Argumento vai, argumento vem, os ânimos se exaltaram, o nível caiu, como conta Cleto Falcão.
Lá pelas tantas, Ramiro disparou:
- V. Excelência é um demagogo.
- E o que é um demagogo? – quis saber o ofendido.
- Sei não. Mas deve ser um cabrinha safado assim como V. Excelência.
MELO JÚNIOR, Maurício. Histórias da Inteligência Nacional.
Porto Alegre. Ed. Age ltda. 1995 – (Texto adaptado)
Com base na análise da linguagem utilizada no texto, acima, infere-se que os personagens são
falantes de uma modalidade linguística específica. Assim, o humor do texto se construiu
LEIA a tira abaixo para responder ao que se pede.
Disponível em HTTP:tirinhasdografield.bogspot.com.br
O pronome demonstrativo usado por uma das personagens, no segundo quadrinho, é um
elemento de coesão textual que se refere
O gato Garfield é estrela de uma das tirinhas mais famosas da história, sendo publicado em 2570 jornais de todo o mundo. Os outros personagens principais são Odie, um cão estúpido, e Jon Arbuckle, um cartunista, dono dos dois. Garfield é criação de Jim Davis.
A tira a seguir é a primeira de toda a série. Leia-a, com atenção.
Disponível em: blogdokayser.blogspot.com/liberdade-de-imprensa.html
Na sequência apresentada na tira, o autor utiliza a função metalinguística da linguagem para
LEIA o texto, abaixo, para responder à questão.
Veja, 7/1/2004
Quanto à construção da mensagem do texto publicitário, acima, verifica-se
LEIA os textos, abaixo, e faça o que se pede, a seguir.
TEXTO I
Marcuschi afirma que a “a oralidade continua na moda”, ou seja, a fala ainda exerce um papel preponderante em nossa sociedade e serve de registro de prática social e cultural dos falantes. Se a fala é adquirida de forma natural, a escrita é aprendida em contextos formais, normalmente, no ambiente escolar. Contudo, ao ensinar a norma culta, a escola coloca para escanteio os falares particulares dos alunos. Por falares particulares, entende-se a fala do dia-a-dia do aluno em seus mais variados ambientes: família, ruas, parques, fazendas, bares, conversas com os amigos etc. O ostensivo foco no português formal perpetua o domínio da escrita sobre a fala e gera o que Bagno define como “instrumento de poder e de controle”, segundo o qual o que não está na gramática normativa não é português. Além disso, o caráter social da linguagem é destacado por Mollica (2003). Segundo a autora, a sociedade avalia os padrões lingüísticos da fala e essa avaliação pode determinar a posição do falante na escala social. A norma culta está relacionada a pessoas com nível elevado de instrução (Oliveira,2004) e é interesse da elite mantê-la inacessível à população menos favorecida, uma vez que ela é a detentora do saber.
REVELLI - Revista de Educação, Linguagem e Literatura da UEG- v. 1, n. 1, março de 2009 - FALARES REGIONAIS EM CONTRASTE COM A GRAMÁTICA TRADICIONAL.
TEXTO II
Cuitelinho
Cheguei na bera do porto
Onde as onda se espaia.
As garça dá meia volta,
Senta na bera da praia.
E o cuitelinho não gosta
Que o botão da rosa caia.
Quando eu vim da minha terra,
Despedi da parentaia.
Eu entrei em Mato Grosso,
Dei em terras paraguaia.
Lá tinha revolução,
Enfrentei fortes bataia.
A tua saudade corta
Como o aço de navaia.
O coração fica aflito,
Bate uma e outra faia.
E os oio se enche d´água
Que até a vista se atrapaia
Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. BORTONI-RICARDO, S. M.
Educação em língua materna. São Paulo:Parábola, 2004.
BRASIL
Sobre a opinião do leitor de Belo Horizonte, na edição de quinta-feira , ele está certo ! A corrupção, a torpeza e a certeza de impunidade abriram as defesas do organismo social para a invasão da imoralidade que se alastra numa metástase corrosiva na dignidade das instituições. O que mais revolta os cidadãos que têm consciência do mal que a indiferença da grande maioria prepara para as próximas gerações é o fato de parte significativa da sociedade se acomodar em protestos sem uma proposta de impacto para mudar o sistema que permite esse estado de corrosão moral. É necessário parar de atirar pedras e fazer algo para impedir que as aves de rapina nos roubem, impunemente, a cidadania.
Geraldo H
Por e-mail
Hoje em Dia, Belo Horizonte, Opinião, 31 de jul. 2009, p. 5.
Segundo Ingedore V. Koch, há uma concepção interacional do texto, segundo a qual ocorre neste uma cadeia de sujeitos - também chamados de interlocutores, que se revezam como produtores e receptores, na construção e na produção de sentidos.
Baseando-se nessa concepção interacional , conclui-se que a construção e produção de sentido, no texto acima, ocorre através
Leia os poemas abaixo e faça o que se pede.
Texto I
Fazendeiros de cana
Minha terra tem palmeiras?
Não. Minha terra tem engenhocas de rapadura
E cachaça e açúcar marrom,
Tiquinho, para o gasto.
Tem cana caiana e cana crioula,
cana-pitu,
Cana rajada e cana-do-governo, e muitas
outras
Canas de garapa e bagaço para os porcos
Em assembleia grunhidora diante da
Moenda movida gravemente pela junta de bois
De sólida tristeza e resignação.
As fazendas misturam dor e consolo em caldo
verde garrafa.
E sessenta mil réis em imposto fazendeiro.
Carlos Drummond de Andrade
Texto II
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
De Primeiros cantos (1847)
Gonçalves Dias
Leia atentamente o trecho seguinte:
“Esta solidão da Rua Erê, a tristeza de viver de carícias compradas, a distância, sobretudo a distância da moça em flor, é que geraram a lenda. E o Cavaleiro da Triste Figura se põe em marcha, pela sua Dulcinéia. Haverá despeito e mau-humor nestas linhas? Creio que não: investigo, com serenidade, o fenômeno.
(In: O amanuense Belmiro – Cyro dos Anjos)
Sobre o fragmento apresentado, considere as seguintes afirmativas:
I. Colocando-se em 1ª pessoa, o narrador revela a intimidade de seus sentimentos, em relação ao amor.
II. A referência ao Cavaleiro e a Dulcineia, no texto, constituem uma paráfrase da obra de Cervantes – Don Quixote de la mancha.
III. O confessionalismo do narrador neste trecho faz sobressair traços do gênero lírico.
IV. Um dos recursos da linguagem, utilizados pelo narrador no seu confessionalismo é a metalinguagem.
V. O texto apresenta fortes traços narrativos, ao focalizar objetivamente ações externas de personagens.
VI. Na comparação do narrador com o Cavaleiro da Triste Figura, observa-se o recurso da intertextualidade.
Está CORRETO o que se afirmou
TEXTO 1
Irás a divertir-te na floresta,
Sustentada, Marília, no meu braço,
Aqui descansarei a quente sesta
Dormindo um leve sono em teu regaço;
Enquanto a luta jogam os pastores,
e emparelhados correm nas campinas,
toucarei teus cabelos de boninas,
nos troncos gravarei os teus louvores
Graças, Marília bela,
graças à minha estrela!
(Tomás Antônio Gonzaga)
TEXTO 2
UM SONETO PARA MARÍLIA
À maneira de Dirceu
Eis que um dia na mata se banhava
Enquanto o deus as costas lhe voltava.
Cupido... e estava nu, inteiramente,
Pois que deixara à margem da corrente
O arco terrível e a repleta aljava.
Só aguardava ocasião... E, de repente
As armas furta sorrateiramente,
Surgem então as fauces escarninhas
Dos silvanos e sátiros astutos.
Põem-se a vaiar o Amor, sem mais cautelas
Marília que, às ocultas, o espreitava
—Ah! Temíeis as frechas quando minhas!
(E o deus sorri) Vereis agora, ó brutos,
O que Marília há de fazer com elas!
(MARIO QUINTANA)
A respeito dos dois textos, observe os seguintes comentários:
I. Quanto ao gênero literário, o TEXTO 1 revela, encoberto na cena descritiva, um lirismo confessional, através do qual o eu poético expressa o seu amor, sua paixão.
II. O TEXTO 2 se constitui como paráfrase do TEXTO I, ao reproduzir as mesmas ideias deste.
III. O TEXTO 2 mostra um locutor mais distanciado dos sentimentos e do confessionalismo amoroso; quanto ao gênero literário, este texto traz uma tendência dominante do gênero narrativo.
IV. O TEXTO 2 contém insinuações humorísticas e sensuais que ‘desconstroem’ o clima lírico e confessional, presente na cena do TEXTO 1.
V. O TEXTO 2 centraliza seu foco de atenção à personagem Marília, numa tentativa de recuperar o confessionalismo amoroso escamoteado no TEXTO 1
VI. O TEXTO 2 desconstrói e dessacraliza a cena e o sentimento amoroso do TEXTO 1, constituindo-se como paródia deste.
Está CORRETO o que se afirmou
Leia a tira, abaixo, e a seguir responda à questão apresentada.
Para conferir um ‘toque’ de humor ao texto, acima, o autor explorou
LEIA com atenção os dois textos abaixo e faça o que se pede.
TEXTO I
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da nação brasileira
Dizem todos os dias
me dá um cigarro.
Deixa disso, camarada
TEXTO II
Vício na fala
Para dizerem milho
Dizem mio
Para dizerem melhor
dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
e vão fazendo telhados.
ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo. Nova Cultural, 1988.
O Modernismo de 1922 foi um movimento de ruptura com os cânones da literatura nacional. Um dos protagonistas da Semana de Arte Moderna e do Modernismo, Oswald de Andrade, professa uma poesia irreverente, paródica e radical.
Nos dois textos acima, Oswald de Andrade, por meio do discurso poético e metalinguístico,
OBSERVE a ilustração e LEIA o soneto de Gregório de Matos, a seguir.
SONETO
Pequei, Senhor, mas não porque hei
pecado,
de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinquido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido:
que a mesma culpa, que vos há ofendido,
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada,
glória tal e prazer tão repentino vos deu,
como afirmais na sacra história,
eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
perder na vossa ovelha a vossa glória.
Gregório de Mattos
Durante o período colonial brasileiro, as principais manifestações artísticas, entre elas o Barroco, foram marcadas pela influência da religiosidade.
Com base na análise da imagem e da leitura do soneto de Gregório de Matos, constata-se que
Sobre o modo de andar de uma pessoa, Gabriela e Mateus fizeram as seguintes afirmações:
Gabriela: ao andar, uma pessoa empurra o chão para trás, então o chão responde empurrando-a para frente.
Mateus: A pessoa só consegue se mover para frente porque a resposta do chão é maior que a força que ela exerce empurrando-o para trás.
Fizeram afirmações corretas:
Uma pequena bola é arremessada segundo uma trajetória parabólica, como mostra a figura, abaixo:
Nessa figura, sendo P o ponto mais alto atingido pela bolinha, pode-se afirmar
CORRETAMENTE que o vetor mostrado neste ponto P melhor representa
A cidade de Joanesburgo, onde foi disputada a Copa do Mundo de futebol, está a 1.700 m acima do nível do mar. A Jabulani foi a bola usada nesse torneio esportivo. Júlio César e Felipe Melo, pouco antes de se chocarem e acontecer o gol de empate da Holanda, tiveram os seguintes pensamentos:
Júlio César: a força de resistência do ar sobre a Jabulani, quando ela é chutada contra mim, é menor do que quando está no nível do mar.
Felipe Melo: a pressão atmosférica aqui em Joanesburgo é menor do que no Rio de Janeiro, que é ao nível do mar.
Fizeram afirmações corretas:
Numa casa foram ligados um chuveiro de potência 4000W e um ferro elétrico, de potência 1000W.
O chuveiro ficou ligado por 10 minutos, enquanto o ferro elétrico ficou ligado por 50 minutos.
De acordo com essas informações, pode-se concluir CORRETAMENTE, em relação ao consumo de energia elétrica desses aparelhos, que
A presbiopia é um problema de visão que ocorre com muitas pessoas. Aquelas que têm visão normal, a partir dos 45 anos de idade, começam a ter dificuldade de ler ou observar objetos próximos. A visão de objetos distantes pode ser nítida, mas não a de objetos próximos.
Assinale, abaixo, a alternativa que mostra o tipo de lentes que essa pessoa deve usar para corrigir o problema e qual é o tipo de problema ótico apresentado
Uma borracha e uma régua metálica encontram-se sobre uma mesma mesa. Um estudante pega com uma das mãos a borracha e com a outra a régua, observando uma sensação de frio bem maior na mão que tocou a régua. Seus colegas comentam o fato:
Alan: “A borracha, por ser isolante, retém mais calor que o metal”
Berenice: “Esta diferença se dá em função do metal sempre ter menor calor específico”
Eduardo: “O metal tem maior condutividade térmica que a borracha”
Bernadete: “Isso só acontece porque o metal está a uma temperatura menor que a borracha”
Está(ão) CORRETO(S) o(s) comentário(s) de:
Leia com atenção o pensamento, a seguir:
“Toda a filosofia é como uma árvore. As raízes são a metafísica, o tronco é a física e os ramos são todas as outras ciências.”
(René Descartes)
Entre 1500 e 1700, houve uma mudança radical na maneira de se conceber a natureza e a sociedade, conforme mostra o fragmento citado.
Em todas as alternativas, abaixo, estão apontadas corretamente as consequências das mudanças introduzidas pelo pensamento moderno, EXCETO em:
Há exatos duzentos anos, em 1810, D. João VI, príncipe regente de Portugal, assinou com o governo inglês os tratados de Aliança e Amizade e os tratados de Comércio e navegação. De acordo com o segundo tratado, foram estabelecidas novas taxas alfandegárias para os produtos importados pelo Brasil: 15% ad valorem para os produtos ingleses, 16% ad valorem para os produtos portugueses, 24% ad valorem para os produtos dos demais países.
Considerando as relações entre Inglaterra, Portugal e Brasil, no período citado, assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE os motivos que levaram às alterações nas taxas alfandegárias da colônia portuguesa.