Questões de Vestibular UNEAL 2013 para Vestibular, Prova 1
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“Este é o meu lugar, entranhado em meu sangue
como a lama no fundo da noite lacustre.
E por mais que me afaste, estarei sempre aqui
e serei este vento e a luz do farol,
e minha morte vive na cioba encurralada” (Ledo Ivo)
Dos elementos expressivos presentes na figura, conclui-se que
“Nacib olhava pela janela do bar: não poderiam existir mundos distantes que o tirassem do olhar de Gabriela.
Pensava” (Jorge Amado).
A parte sublinhada do trecho pode também ser reescrita da seguinte forma:
“Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus já ................... partido, uma outra gente possa te redimir da terra que te abraça” (Lord Byron).
O texto a seguir é referência para as questões de 7 a 9.
[...]
Os outros admiravam-se da serenidade de Rodrigo, que
encarava Bento a sorrir. E quando falou, dirigiu-se aos que o
cercavam:
– Vosmecês estão vendo. Esse moço está me
provocando...
Insolente, Bento Amaral botou as mãos na cintura e disse:
– Pois ainda não tinha compreendido?
Bibiana sentiu que alguém lhe pegava do braço e arrastava
para longe dos dois rivais, abrindo caminho por entre os
convivas. Não ergueu os olhos, mas sentiu que esse alguém era
seu pai.
– Vamos lá pra dentro resolver isso como cavalheiros... –
sugeriu Joca Rodrigues, batendo timidamente no ombro de
Bento.
– Não vejo nenhum cavalheiro na minha frente – retrucou
este, mais moderado do que pronunciando as palavras. – Vejo é
um patife!
O sangue subiu à cabeça de Rodrigo, que teve de fazer um
esforço desesperado para não saltar sobre o outro.
[...]
VERÍSSIMO, Érico. Um certo capitão Rodrigo.
São Paulo: Globo, 1991. p. 93 (Fragmento).
O texto a seguir é referência para as questões de 7 a 9.
[...]
Os outros admiravam-se da serenidade de Rodrigo, que
encarava Bento a sorrir. E quando falou, dirigiu-se aos que o
cercavam:
– Vosmecês estão vendo. Esse moço está me
provocando...
Insolente, Bento Amaral botou as mãos na cintura e disse:
– Pois ainda não tinha compreendido?
Bibiana sentiu que alguém lhe pegava do braço e arrastava
para longe dos dois rivais, abrindo caminho por entre os
convivas. Não ergueu os olhos, mas sentiu que esse alguém era
seu pai.
– Vamos lá pra dentro resolver isso como cavalheiros... –
sugeriu Joca Rodrigues, batendo timidamente no ombro de
Bento.
– Não vejo nenhum cavalheiro na minha frente – retrucou
este, mais moderado do que pronunciando as palavras. – Vejo é
um patife!
O sangue subiu à cabeça de Rodrigo, que teve de fazer um
esforço desesperado para não saltar sobre o outro.
[...]
VERÍSSIMO, Érico. Um certo capitão Rodrigo.
São Paulo: Globo, 1991. p. 93 (Fragmento).
O texto a seguir é referência para as questões de 7 a 9.
[...]
Os outros admiravam-se da serenidade de Rodrigo, que
encarava Bento a sorrir. E quando falou, dirigiu-se aos que o
cercavam:
– Vosmecês estão vendo. Esse moço está me
provocando...
Insolente, Bento Amaral botou as mãos na cintura e disse:
– Pois ainda não tinha compreendido?
Bibiana sentiu que alguém lhe pegava do braço e arrastava
para longe dos dois rivais, abrindo caminho por entre os
convivas. Não ergueu os olhos, mas sentiu que esse alguém era
seu pai.
– Vamos lá pra dentro resolver isso como cavalheiros... –
sugeriu Joca Rodrigues, batendo timidamente no ombro de
Bento.
– Não vejo nenhum cavalheiro na minha frente – retrucou
este, mais moderado do que pronunciando as palavras. – Vejo é
um patife!
O sangue subiu à cabeça de Rodrigo, que teve de fazer um
esforço desesperado para não saltar sobre o outro.
[...]
VERÍSSIMO, Érico. Um certo capitão Rodrigo.
São Paulo: Globo, 1991. p. 93 (Fragmento).
Quanto ao uso desse vocábulo no excerto “Bibiana sentiu que alguém lhe pegava do braço”, é incorreto afirmar:
“E para dar um efeito de cor à pele, já há protetores que vêm com tonalizante, outros que contêm estimulante natural de bronzeado e os que têm partículas iluminadoras na fórmula” (Contigo, nov. 2012).
Considerando os aspectos estruturais e significativos da língua, é correto afirmar:
“Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta crepúsculo espiritual, ponto de apoio na inteligência”
O Brasil nunca sofrerá um grande terremoto?
Não dá para descartar uma megatragédia desse tipo, mas
a possibilidade é muito pequena. Pelo menos enquanto a gente
estiver vivo. “Já devem ter ocorridos grandes terremotos no
Brasil há centenas de milhões de anos. Mas, nos dados
sismológicos coletados desde o século 18, não há registro de
tremor forte em nosso território”, afirma o geólogo João Carlos
Dourado, especialista em sismologia da UNESP de Rio Claro (SP).
A certeza de que o Brasil era uma terra abençoada por Deus e
imune de terremotos, porém, foi abalada no início de
dezembro, quando um tremor de 4,9 graus na escala Richter no
vilarejo de Caraíbas (MG) causou a primeira morte no país. De
fato, o Brasil tem pelo menos 48 falhas pequenas sob sua crosta
– uma delas teria causado o chacoalhão fatal.
Mas a imagem de um país remendado não é para assustar.
Primeiro, porque o Brasil fica no meio de uma placa tectônica, a
Sul-Americana, longe das instáveis regiões de contato entre
placas. Segundo, porque as fraturas daqui geram no máximo
terremotos médios como o de Caraíbas. Mesmo que um abalo
atinja uma cidade grande, provavelmente os efeitos não serão
devastadores. “As casas do vilarejo desabaram por serem
construções muito simples, sem suporte estrutural. Em áreas
urbanas, as estruturas são reforçadas e mais resistentes a
tremores dessa intensidade”, diz João Carlos.
RATIER, Rodrigo. Superinteressante,
São Paulo, n. 248, p. 42, jan. 2008 (Fragmento).
I. Grandes cataclismos como terremotos dificilmente serão vistos no Brasil pelo fato de esse território estar situado no centro de uma grande placa tectônica.
II. Um caso inédito teria, na época, motivado a publicação desse texto: uma pessoa morreu após um abalo sísmico ocorrido no interior de Minas Gerais.
III. O geólogo citado no texto consegue minimizar a preocupação dos leitores, afirmando que, se houver terremotos no Brasil, as consequências não serão graves, pois eles ocorrerão em escalas menores.
IV. O geólogo não minimiza a preocupação dos leitores e ratifica que, se houver terremotos em áreas urbanas, provavelmente os efeitos serão devastadores, uma vez que as fraturas daqui geram máximos tremores, por ser na junção entre placas, em que elas se movimentam.
verifica-se que somente
O Brasil nunca sofrerá um grande terremoto?
Não dá para descartar uma megatragédia desse tipo, mas
a possibilidade é muito pequena. Pelo menos enquanto a gente
estiver vivo. “Já devem ter ocorridos grandes terremotos no
Brasil há centenas de milhões de anos. Mas, nos dados
sismológicos coletados desde o século 18, não há registro de
tremor forte em nosso território”, afirma o geólogo João Carlos
Dourado, especialista em sismologia da UNESP de Rio Claro (SP).
A certeza de que o Brasil era uma terra abençoada por Deus e
imune de terremotos, porém, foi abalada no início de
dezembro, quando um tremor de 4,9 graus na escala Richter no
vilarejo de Caraíbas (MG) causou a primeira morte no país. De
fato, o Brasil tem pelo menos 48 falhas pequenas sob sua crosta
– uma delas teria causado o chacoalhão fatal.
Mas a imagem de um país remendado não é para assustar.
Primeiro, porque o Brasil fica no meio de uma placa tectônica, a
Sul-Americana, longe das instáveis regiões de contato entre
placas. Segundo, porque as fraturas daqui geram no máximo
terremotos médios como o de Caraíbas. Mesmo que um abalo
atinja uma cidade grande, provavelmente os efeitos não serão
devastadores. “As casas do vilarejo desabaram por serem
construções muito simples, sem suporte estrutural. Em áreas
urbanas, as estruturas são reforçadas e mais resistentes a
tremores dessa intensidade”, diz João Carlos.
RATIER, Rodrigo. Superinteressante,
São Paulo, n. 248, p. 42, jan. 2008 (Fragmento).
Considerando-se o valor semântico representado por elas, bem como a classificação das orações que encabeçam, em qual opção abaixo há um erro de análise?
O Brasil nunca sofrerá um grande terremoto?
Não dá para descartar uma megatragédia desse tipo, mas
a possibilidade é muito pequena. Pelo menos enquanto a gente
estiver vivo. “Já devem ter ocorridos grandes terremotos no
Brasil há centenas de milhões de anos. Mas, nos dados
sismológicos coletados desde o século 18, não há registro de
tremor forte em nosso território”, afirma o geólogo João Carlos
Dourado, especialista em sismologia da UNESP de Rio Claro (SP).
A certeza de que o Brasil era uma terra abençoada por Deus e
imune de terremotos, porém, foi abalada no início de
dezembro, quando um tremor de 4,9 graus na escala Richter no
vilarejo de Caraíbas (MG) causou a primeira morte no país. De
fato, o Brasil tem pelo menos 48 falhas pequenas sob sua crosta
– uma delas teria causado o chacoalhão fatal.
Mas a imagem de um país remendado não é para assustar.
Primeiro, porque o Brasil fica no meio de uma placa tectônica, a
Sul-Americana, longe das instáveis regiões de contato entre
placas. Segundo, porque as fraturas daqui geram no máximo
terremotos médios como o de Caraíbas. Mesmo que um abalo
atinja uma cidade grande, provavelmente os efeitos não serão
devastadores. “As casas do vilarejo desabaram por serem
construções muito simples, sem suporte estrutural. Em áreas
urbanas, as estruturas são reforçadas e mais resistentes a
tremores dessa intensidade”, diz João Carlos.
RATIER, Rodrigo. Superinteressante,
São Paulo, n. 248, p. 42, jan. 2008 (Fragmento).
Assinale-a.
“O rumor crescia, condensando-se; o zum-zum de todos os dias acentuava-se; já não se destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço” (O Cortiço – Aluízio Azevedo).
o autor
XI
Aquela senhora tem um piano
Que é agradável, mas não é o correr dos rios
Nem o murmúrio que as árvores fazem...
Para que é preciso ter um piano?
O melhor é ter ouvidos
E amar a Natureza.
PESSOA, Fernando. O guardador de rebanhos. Poemas completos de Alberto Caeiro.
In:GALHOZ, Maria Aliete. Fernando Pessoa: obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999. p. 213 (Fragmento).
XI
Aquela senhora tem um piano
Que é agradável, mas não é o correr dos rios
Nem o murmúrio que as árvores fazem...
Para que é preciso ter um piano?
O melhor é ter ouvidos
E amar a Natureza.
PESSOA, Fernando. O guardador de rebanhos. Poemas completos de Alberto Caeiro.
In:GALHOZ, Maria Aliete. Fernando Pessoa: obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999. p. 213 (Fragmento).
I. Caso trocássemos o verbo “fazer” (3º verso, 1ª estrofe) para o pretérito perfeito do indicativo composto (Nem o murmúrio que as árvores têm feito), haveria mudança de sentido, uma vez que expressa uma ação habitual, que se repete.
II. A forma nominal que aparece no 2º verso da 1ª estrofe (“o correr”) é infinitivo impessoal, equivale a um substantivo (corrida).
III. Há, no poema, três formas nominais no infinitivo (correr, ter e amar); entretanto, duas delas equivalem a substantivo.
IV. No verso “Aquela senhora tem um piano”, o verbo “ter” ficaria no futuro do pretérito do indicativo, se o fato fosse uma suposição ou hipótese (Aquela mulher teria um piano).
V. No 2º verso (1ª estrofe), aparecem dois conectores, os quais servem de elementos articuladores entre as orações. Um deles, expressa ideia de adversidade, oposição.
estão corretos os itens
XI
Aquela senhora tem um piano
Que é agradável, mas não é o correr dos rios
Nem o murmúrio que as árvores fazem...
Para que é preciso ter um piano?
O melhor é ter ouvidos
E amar a Natureza.
PESSOA, Fernando. O guardador de rebanhos. Poemas completos de Alberto Caeiro.
In:GALHOZ, Maria Aliete. Fernando Pessoa: obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999. p. 213 (Fragmento).
No verdô da minha idade
mode acalentá meu choro
minha vovó de bondade
falava em grandes tesôro
era históra de reinado
prencesa, prinspe, incantado
com feiticêra e condão
essas históra ingraçada
tá selada e carimbada
dentro do meu coração.
[...]
(Patativa do Assaré. Digo e não peço segredo. São Paulo: Escrituras Editora, 2001. p. 15)
A respeito do fragmento poético de Patativa do Assaré, é incorreto dizer:
“O maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar” (Machado de Assis).