Questões de Vestibular UEPB 2011 para Vestibular, Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Língua Estrangeira (Inglês) - 1º DIA
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( ) O termo “ela” nas duas falas dos interlocutores faz alusão aos mesmos referentes, considerando-se a comicidade na construção de sentido do texto.
( ) O humor da piada se efetiva, em razão da ambiguidade causada pelo pronome “ela”, o que ocasiona o desfecho do diálogo.
( ) A referenciação contida no texto, por meio do termo “ela”, estabelece um exemplo de coesão anafórica.
Marque a alternativa correta.
I - A língua permite seu uso de forma criativa e versátil por meio de recursos de linguagem e jogos implícitos.
II - O sistema da língua é aberto, possibilita a escrita de textos humorísticos e desvela “a graça do idioma”.
III - O humor é “volúvel e gelatinoso”, causando desgaste à língua pela “má associação de ideias”.
Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).
( ) Simplório e sua prática linguística requer, apenas, o uso superficial da linguagem.
( ) Polêmico, embora aproxime o leitor do seu cotidiano e da sua linguagem.
( ) Versátil, tendo em vista que o autor dispõe de vários recursos linguísticos e gêneros textuais para explorar tal tema.
( ) Complexo, pois exige do leitor conhecimentos prévios e certa identidade discursiva para a construção de efeitos de sentido.
Analise as proposições, coloque V para as verdadeiras, F para as falsas e marque a alternativa correta.
I - Há um discurso direto explicitado pelo autor que cita uma informação, introduzida por um verbo “dicendi”.
II - Existe um verbo de elocução que introduz uma oração completiva precedida de um conectivo integrante.
III - Há um enunciado completivo, antecedido por uma locução verbal, cujo verbo principal introduz um discurso apelativo.
Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).
I - O artigo indefinido usado em “Um comediante” assume no contexto função semântica valorativa.
II - O termo “não”, no enunciado, foi usado como formador de sentido e funciona como recurso argumentativo.
III - O termo “como”, no enunciado, foi usado para produzir um efeito de relação conformativa.
( ) No primeiro quadrinho, a redução da forma verbal apresenta marcas da oralidade.
( ) No segundo quadrinho é atribuído à palavra “graça” o conceito de estatura, tendo em vista o sufixo usado.
( ) No terceiro quadrinho, o contexto discursivo define os efeitos de sentido de humor criados entre a imagem e a palavra.
Marque a alternativa correta.
( ) Descreve uma situação do cotidiano urbano entre dois personagens com a intencionalidade de produzir humor.
( ) Apresenta particularidades da linguagem oral, embora o texto se apresente no registro verbal escrito.
( ) Consegue de forma bem humorada ironizar a função do cliente e a imagem que o personagem tem de si.
Analise as proposições e coloque V para as verdadeiras e F para as falsas. Marque a alternativa correta.
I - A ocorrência da próclise é similar à frequência de uso em textos informais falados e escritos.
II - O uso da próclise se deve à exigência de um atrator que justifica essa ocorrência.
III - O pronome oblíquo exerce no contexto uma função sintática completiva verbal.
IV - O atributo “estranha” exerce função de predicativo em relação ao objeto indireto.
Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).
Em relação à tira, pode-se afirmar:
I - A professora se insere numa esfera ideológica, causando ao seu interlocutor um “silenciamento” momentâneo, e impede a construção de sentido ao que lhe foi atribuído.
II - O humor da tira se estabelece na quebra de expectativa, em relação à negociação da aluna a respeito da punição.
III - A tira retrata a submissão da aluna, que aceita o modelo de aprendizagem que a professora impõe.
Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).
I - O sentido do diálogo entre médico e paciente é delimitado pelo papel social dos interlocutores em seus contextos sociais.
II - O efeito de sentido construído pelo paciente ocorreu em função do contexto enunciativo em que foi produzida a fala do médico.
III - A reorganização da fala do médico contribuiu para a intencionalidade de seu discurso.
Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).
Texto 06:
( ) A palavra “bicha”, muito comum no uso da linguagem coloquial, foi usada no sentido de nomear um objeto estranho para a personagem.
( ) Há referência à leitura imprecisa do “código de barras”, provocando um efeito de humor.
( ) A expressão “HMMM...” é um recurso de linguagem utilizado para repetir um mesmo som consonantal.
( ) Apresenta-se uma interação verbal conflituosa em consequência da ausência de envolvimento com as múltiplas práticas de leituras.
Analise as proposições e coloque V para as verdadeiras e F para as falsas. Marque a alternativa correta.
( ) Características socioculturais da tradição oral trovadoresca, cultivadas com exclusividade no Nordeste brasileiro.
( ) Um gênero em que é declarado vencedor aquele que conseguir versejar com maior competência, a respeito de um determinado tema.
( ) Uma manifestação cultural popular chamada de “repentismo” que devido às migrações internas podem ser encontradas em qualquer parte do Brasil.
( ) Um exemplo típico da literatura de cordel que se apresenta em forma poética impressa em folhetos.
Analise as proposições, coloque V para as verdadeiras, F para as falsas e marque a alternativa correta.
I - Ambiguidade, tendo em vista o uso de duplo sentido das palavras “carola” e “corola”.
II - Que no verso cinco as palavras “corola” e “flor” são consideradas cognatas.
III - Paralelismo sintático, no verso oito, em razão da reiteração das estruturas lexicais em ritmo cadenciado.
IV - Que nos versos onze e doze, não se leva em conta o fenômeno da variação linguística e suas implicações no uso da língua.
Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta a(s) correta(s).
I - Ao aprofundar aspectos realistas da literatura, cientificiza um discurso, assumido no plano estético pela ficção, induzindo o leitor a buscar não somente entretenimento em seus romances, mas também a problematização de estruturas sociais e de aspectos psicológicos das personagens.
II - O romance de tese, a exemplo de O cortiço, é o melhor projeto para o naturalista, uma vez que este só é considerado naturalista na medida em que sua produção literária se realiza unicamente no chamado romance de tese.
III - O realce de traços físicos e psicológicos nos romances de tese ratifica a ideia de o naturalismo, em suas narrativas, acentuar as tensões sociais e de demandas coletivas como proposta a ser problematizada a partir do elemento com o qual o leitor estabelece um grau de intimidade ou identificação, a saber, a personagem de ficção.
I - Romance cujo enredo traz à tona questões de ordem pessoal (de determinadas personagens) e coletiva (há personagens cujas tensões vividas remetem o leitor para questões de ordem mais geral, centradas num coletivo). As questões problematizadas numa perspectiva coletiva podem ser visualizadas em episódios como aquele em que os moradores do Carapicus e do Cabeça-de-gato se enfrentam e a tensão criada denuncia uma demanda coletiva e não apenas individual.
II - Romance cujo enredo aponta, embora timidamente, para a resolução de conflitos coletivos, visando uma melhoria do espaço urbano em que se assentam os cortiços Carapicus e Cabeça-de-gato, principalmente no que diz respeito ao projeto de saneamento básico e do fornecimento de energia elétrica, projetos que davam início à modernização dos centros urbanos do País no final do século XIX.
III - Romance cujo enredo problematiza muito mais as questões do pré-modernismo brasileiro, com a construção de um pensamento sanitarista e de modernização do espaço urbano do Rio de Janeiro do início do século XX, do que a proposta naturalista que insistia nas tensões particulares de suas personagens, demanda da “escola naturalista” cujas narrativas são as melhores representantes, no Brasil, dessa época.
I - A relação direta das tensões entre os “donos” dos cortiços se estabelece não só no acirramento das diferenças entre os moradores de ambos os cortiços, como também na própria nominação desses espaços coletivos nos quais se percebe, metaforicamente, uma relação animalesca e predatória entre os cabeça-de-gato (termo que alude à imagem do predador) e os carapicus (termo cujo valor semântico, vinculado ao de cabeça-de-gato, atualiza a imagem de presa).
II - O final trágico de Bertoleza e o “diploma de sócio benemérito” dado a João Romão pela “comissão de abolicionistas” expressam as dissimetrias sociais, de gênero, étnico-culturais, dentre outras, viabilizando os estratagemas naturalistas que apontavam para suas personagens fortes, tornando improdutiva, em determinados momentos, a luta dos vencidos ou dos que procuravam sair da condição de menor, de fraco.
III - No trecho “E, durante muito tempo, fez-se um vaivém de mercadores. Apareceram os tabuleiros de carne fresca e outros de tripas e fatos de boi; só não vinham hortaliças, porque havia muitas hortas no cortiço” (cap. 3), percebe-se que o espaço do cortiço formava uma espécie de mundo à parte e à margem da sociedade em que se assentava. Parecia independente, autônomo, inclusive em seus aspectos econômicos.
Sobre a ocorrência desses ditos ou expressões, podemos afirmar:
I - Os ditos e expressões acima demonstram uma pobreza vocabular por parte da dramaturga porque, longe de sair do esquema de apropriação vocabular regional ou local e de se valer de uma dinâmica de maior projeção linguístico-cultural, repete, através dos ditos e expressões, ideias já cimentadas no cancioneiro popular.
II - A apropriação, pela dramaturga, de ditos e expressões do cotidiano popular dá um maior movimento e leveza às falas das personagens, de modo a criar, no leitor (ou no expectador), uma identificação não só com a variante linguística do homem comum, mas, e sobretudo, com a dinâmica do falar popular, através das imagens recorrentes e atualizadas nas expressões citadas.
III - A recorrência, na peça, de expressões/ditos populares ratifica o papel regional ou local da representação literária, embora os conflitos internos das personagens e a dinâmica sociocultural em que elas estão inseridas apontem para questões humanas universais.
Está(ão) correta(s):
MELO NETO. J.C. Da função moderna da poesia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998 (adaptado).
O fragmento acima permite concluir, corretamente, que