Questões de Vestibular ESPM 2018 para Vestibular 2019/1 - RS

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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788939 Português
“É Brasileiro, já passou de Português...”


 
  A ideia de uma língua única, que não se altera, é um mito, pois a heterogeneidade social e cultural implica a heterogeneidade linguística.
    (...)
   Embora Brasil e Portugal tenham uma língua comum, é nítido a qualquer falante do português que existem diferenças entre o português falado nos dois países – claro que elas também existem com relação aos demais países de língua portuguesa. (...) Essas diferenças são tão grandes que podemos afirmar que no Brasil se fala uma língua diferente da de Portugal, que os linguistas denominaram de português brasileiro. Isso é tão evidente que, se você observar um processador de textos, o Word, por exemplo, na ferramenta idiomas há as opções português e português brasileiro ou português (Brasil). Por quê? Como são línguas diferentes, o corretor automático do processador precisa saber em que “língua” está sendo escrito o documento, pois o português europeu e o brasileiro seguem regras diferentes.
 Quando ouvimos um habitante de Portugal falando, percebemos imediatamente um uso diverso da língua. A diferença mais perceptível é de ordem fonológica, ou seja, na maneira de produzir os sons da língua. Identificamos rapidamente que ele fala português, porém com “sotaque ou acento lusitano”. Se atentarmos com mais cuidado, perceberemos, entretanto, que as diferenças não são apenas de ordem fonológica. Há também diferenças sintáticas (poucas) e lexicais. Um mesmo conceito é designado por significantes diferentes, o que prova o caráter imotivado do signo linguístico. (...)

(Ernani Terra, Revista Língua Portuguesa, adaptado, julho/2018)
Um argumento concreto para corroborar a ideia de que “língua única, que não se altera, é um mito”, exposta no primeiro período, é o trecho:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788940 Linguística
“É Brasileiro, já passou de Português...”


 
  A ideia de uma língua única, que não se altera, é um mito, pois a heterogeneidade social e cultural implica a heterogeneidade linguística.
    (...)
   Embora Brasil e Portugal tenham uma língua comum, é nítido a qualquer falante do português que existem diferenças entre o português falado nos dois países – claro que elas também existem com relação aos demais países de língua portuguesa. (...) Essas diferenças são tão grandes que podemos afirmar que no Brasil se fala uma língua diferente da de Portugal, que os linguistas denominaram de português brasileiro. Isso é tão evidente que, se você observar um processador de textos, o Word, por exemplo, na ferramenta idiomas há as opções português e português brasileiro ou português (Brasil). Por quê? Como são línguas diferentes, o corretor automático do processador precisa saber em que “língua” está sendo escrito o documento, pois o português europeu e o brasileiro seguem regras diferentes.
 Quando ouvimos um habitante de Portugal falando, percebemos imediatamente um uso diverso da língua. A diferença mais perceptível é de ordem fonológica, ou seja, na maneira de produzir os sons da língua. Identificamos rapidamente que ele fala português, porém com “sotaque ou acento lusitano”. Se atentarmos com mais cuidado, perceberemos, entretanto, que as diferenças não são apenas de ordem fonológica. Há também diferenças sintáticas (poucas) e lexicais. Um mesmo conceito é designado por significantes diferentes, o que prova o caráter imotivado do signo linguístico. (...)

(Ernani Terra, Revista Língua Portuguesa, adaptado, julho/2018)
O texto alude ao fato de haver diferenças fonéticas, sintáticas e lexicais entre o português de Portugal e o do Brasil. Na listagem abaixo, há exemplos dos três casos de diferenças. Assinale o item que exemplifica apenas diferenças lexicais:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788941 Português
“É Brasileiro, já passou de Português...”


 
  A ideia de uma língua única, que não se altera, é um mito, pois a heterogeneidade social e cultural implica a heterogeneidade linguística.
    (...)
   Embora Brasil e Portugal tenham uma língua comum, é nítido a qualquer falante do português que existem diferenças entre o português falado nos dois países – claro que elas também existem com relação aos demais países de língua portuguesa. (...) Essas diferenças são tão grandes que podemos afirmar que no Brasil se fala uma língua diferente da de Portugal, que os linguistas denominaram de português brasileiro. Isso é tão evidente que, se você observar um processador de textos, o Word, por exemplo, na ferramenta idiomas há as opções português e português brasileiro ou português (Brasil). Por quê? Como são línguas diferentes, o corretor automático do processador precisa saber em que “língua” está sendo escrito o documento, pois o português europeu e o brasileiro seguem regras diferentes.
 Quando ouvimos um habitante de Portugal falando, percebemos imediatamente um uso diverso da língua. A diferença mais perceptível é de ordem fonológica, ou seja, na maneira de produzir os sons da língua. Identificamos rapidamente que ele fala português, porém com “sotaque ou acento lusitano”. Se atentarmos com mais cuidado, perceberemos, entretanto, que as diferenças não são apenas de ordem fonológica. Há também diferenças sintáticas (poucas) e lexicais. Um mesmo conceito é designado por significantes diferentes, o que prova o caráter imotivado do signo linguístico. (...)

(Ernani Terra, Revista Língua Portuguesa, adaptado, julho/2018)
O autor defende que:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788942 Português
    Afora espíritos essencialmente satíricos e caricatos como Emílio de Menezes, outros havia, como Lima Barreto, que parece se vingavam das desditas da existência transbordando o fel da maledicência travestido em constantes ataques a tudo e a todos. (...) Raro era o homem de letras e, até mesmo, o homem público que tivesse passado a vida sem experimentar a vivência belicosa da polêmica. Tal era a frequência, que tinha foros de gênero literário que alguém poderia cultivar e no qual fosse, por assim dizer, um especialista. As biografias dos grandes homens da época são, a esse respeito, bastante instrutivas. Não são poucos aqueles cujos biógrafos qualificam de polemista como poderiam qualificar de publicista, romancista ou polígrafo.

(Antonio Luís Machado Neto, Estrutura social da república das Letras: sociologia da vida intelectual brasileira 1870-1930, Edusp) 
Parafraseando o trecho: “vingavam das desditas da existência transbordando o fel da maledicência travestido em constantes ataques a tudo e a todos.”, tem-se:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788943 Português
    Afora espíritos essencialmente satíricos e caricatos como Emílio de Menezes, outros havia, como Lima Barreto, que parece se vingavam das desditas da existência transbordando o fel da maledicência travestido em constantes ataques a tudo e a todos. (...) Raro era o homem de letras e, até mesmo, o homem público que tivesse passado a vida sem experimentar a vivência belicosa da polêmica. Tal era a frequência, que tinha foros de gênero literário que alguém poderia cultivar e no qual fosse, por assim dizer, um especialista. As biografias dos grandes homens da época são, a esse respeito, bastante instrutivas. Não são poucos aqueles cujos biógrafos qualificam de polemista como poderiam qualificar de publicista, romancista ou polígrafo.

(Antonio Luís Machado Neto, Estrutura social da república das Letras: sociologia da vida intelectual brasileira 1870-1930, Edusp) 
Segundo o texto:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788944 Português
    Afora espíritos essencialmente satíricos e caricatos como Emílio de Menezes, outros havia, como Lima Barreto, que parece se vingavam das desditas da existência transbordando o fel da maledicência travestido em constantes ataques a tudo e a todos. (...) Raro era o homem de letras e, até mesmo, o homem público que tivesse passado a vida sem experimentar a vivência belicosa da polêmica. Tal era a frequência, que tinha foros de gênero literário que alguém poderia cultivar e no qual fosse, por assim dizer, um especialista. As biografias dos grandes homens da época são, a esse respeito, bastante instrutivas. Não são poucos aqueles cujos biógrafos qualificam de polemista como poderiam qualificar de publicista, romancista ou polígrafo.

(Antonio Luís Machado Neto, Estrutura social da república das Letras: sociologia da vida intelectual brasileira 1870-1930, Edusp) 
No texto, é possível substituir os termos caricato / foros / polígrafo, sem prejuízo semântico, respectivamente por:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788945 Português

Imagem associada para resolução da questão


A graça da tira decorre:

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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788946 Português
    Aborto, porte de armas e o presidente Donald Trump foram alguns dos assuntos que dominaram a primeira audiência de confirmação do juiz conservador Brett Kavanaugh  para a Suprema Corte dos Estados Unidos, realizada em meio a protestos de ativistas e tentativas de adiamento do processo por parte de democratas.
    Kavanaugh passará por mais dois dias de sabatina, na quarta e na quinta, e testemunhas contra e a favor do juiz devem ser ouvidas na sexta.

(Folha de S.Paulo, 04/09/2018)
Segundo o Dicionário Aurélio (versão digital), a palavra sabatina possui as seguintes acepções:
1. Repetição, no sábado, das lições estudadas durante a semana. 2. Oração do sábado. 3. Tese que os estudantes de filosofia defendiam ao término de seu primeiro ano de curso. 4. Fig. Discussão, debate, questão.
Levando-se em conta que o vocábulo sabatina ganhou o valor semântico de "exame, prova ou questionamento (não necessariamente realizados num sábado) para o exercício de um cargo", pode-se afirmar que nesse caso ocorreu um(a):
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788947 Português
    Aborto, porte de armas e o presidente Donald Trump foram alguns dos assuntos que dominaram a primeira audiência de confirmação do juiz conservador Brett Kavanaugh  para a Suprema Corte dos Estados Unidos, realizada em meio a protestos de ativistas e tentativas de adiamento do processo por parte de democratas.
    Kavanaugh passará por mais dois dias de sabatina, na quarta e na quinta, e testemunhas contra e a favor do juiz devem ser ouvidas na sexta.

(Folha de S.Paulo, 04/09/2018)
Assinale a afirmação correta sobre o trecho: “... testemunhas contra e a favor do juiz devem ser ouvidas na sexta...” A frase está:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788948 Português
    Quando se conversa, deve-se evitar as frases feitas que são verdadeiras chapas. Exemplos: em um enterro, dizer “que não se morre senão uma vez”, que “basta estar vivo para morrer”, que “o morto é feliz porque deixou de sofrer”, que “Deus sabe o que faz e escreve certo por linhas tortas” ou que “as grandes dores são mudas”. Quando se visita um doente, não há necessidade de levar no bolso sentenças desse jaez: “a saúde é a maior das fortunas”, “somos nós que pagamos pelos excessos de nossos pais” ou “a ciência, que tudo pode, ainda não encontrou remédio para os pequenos males”. Em todos os setores das atividades sociais, há frases no mesmo estilo e que convém deixar ao cuidado do Conselheiro Acácio que nelas se esmerou.

(Marcelino de Carvalho, Guia de Boas Maneiras)
O autor defende a ideia de que:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788949 Literatura
    Quando se conversa, deve-se evitar as frases feitas que são verdadeiras chapas. Exemplos: em um enterro, dizer “que não se morre senão uma vez”, que “basta estar vivo para morrer”, que “o morto é feliz porque deixou de sofrer”, que “Deus sabe o que faz e escreve certo por linhas tortas” ou que “as grandes dores são mudas”. Quando se visita um doente, não há necessidade de levar no bolso sentenças desse jaez: “a saúde é a maior das fortunas”, “somos nós que pagamos pelos excessos de nossos pais” ou “a ciência, que tudo pode, ainda não encontrou remédio para os pequenos males”. Em todos os setores das atividades sociais, há frases no mesmo estilo e que convém deixar ao cuidado do Conselheiro Acácio que nelas se esmerou.

(Marcelino de Carvalho, Guia de Boas Maneiras)
Personagem da obra O Primo Basílio, a figura fictícia Conselheiro Acácio, citada no texto, tornou-se célebre como:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788950 Português
Imagem associada para resolução da questão
Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, juntamente choro e rio, O mundo todo abarco e nada aperto.
É tudo quanto sinto, um desconcerto; Da alma um fogo me sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio, Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao Céu voando, Numa hora acho mil anos, e é de jeito Que em mil anos não posso achar uma hora.
Se me pergunta alguém porque assi ando, Respondo que não sei; porém suspeito Que só porque vos vi, minha Senhora.
(Luís Vaz de Camões)
Assinale a afirmação incorreta sobre o texto.
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788951 Português
Considere os textos que seguem.
Eu tenho um coração maior que o mundo, tu, formosa Marília, bem o sabes; um coração, e basta, onde tu mesma cabes.
(Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu)
Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem sequer as minhas dores.
(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do Mundo)
Assinale a afirmação correta sobre os dois textos:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788952 Português
(...) O mal du siècle, a indefinível doença que alanceia os românticos, que lhes enlanguesce a vontade, entedia a vida e faz desejar a morte, só poderá ser correctamente entendido no contexto da odisseia do eu romântico, pois que exprime o cansaço e a frustração resultantes da impossibilidade de realizar o absoluto. (...)
(Vítor Manuel de Aguiar e Silva, Teoria da Literatura, 8.ª edição, Livraria Almedina, Coimbra, 1988)
A partir das considerações sobre o “mal-do-século”, assinale o item cujo texto não apresente as características apontadas.
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788953 Português
O trecho que segue é da personagem Olga, de Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance de Lima Barreto.

    O que mais a impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. (...) Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele sapê sinistro e aquele “sopapo” que deixava ver a trama de varas, como o esqueleto de um doente. Por que ao redor dessas casas não havia culturas, uma horta, um pomar? (...) Não podia ser preguiça só ou indolência. Para o seu gasto, para uso próprio, o homem tem sempre energia para trabalhar relativamente. (...) Seria a terra? Que seria? E todas essas questões desafiavam a sua curiosidade, o seu desejo de saber, e também a sua piedade e simpatia por aqueles párias, maltrapilhos, mal alojados, talvez com fome, sorumbáticos!...

(Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma)
É possível estabelecer um paralelo entre a passagem acima e outros textos da Literatura brasileira por apresentarem reflexões críticas em relação à miséria, similares ao pensamento de Olga. Essa abordagem ocorre nas referências abaixo, exceto em uma.
Assinale o item cuja obra não é passível de ser relacionada com o exposto acima.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788954 Português
O trecho que segue é da personagem Olga, de Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance de Lima Barreto.

    O que mais a impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. (...) Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele sapê sinistro e aquele “sopapo” que deixava ver a trama de varas, como o esqueleto de um doente. Por que ao redor dessas casas não havia culturas, uma horta, um pomar? (...) Não podia ser preguiça só ou indolência. Para o seu gasto, para uso próprio, o homem tem sempre energia para trabalhar relativamente. (...) Seria a terra? Que seria? E todas essas questões desafiavam a sua curiosidade, o seu desejo de saber, e também a sua piedade e simpatia por aqueles párias, maltrapilhos, mal alojados, talvez com fome, sorumbáticos!...

(Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma)
Em Lima Barreto, a sequência grande de perguntas ao longo do texto configura o:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788955 Português
A zoomorfização na Literatura, a despeito de qualquer outra característica estilística, sempre esteve presente, no entanto, aparece principalmente nas obras com características realistas que, em contraponto àquelas com aspectos mais românticos, têm o intento de retratar as mazelas da sociedade como espelho. (...) Fez-se necessário uma Literatura condizente com o real e, para tanto, a zoomorfização de personagens foi utilizada com maior ênfase. Paralelo ao Realismo, o Naturalismo é o momento em que mais se verifica este fenômeno. (Uesla Lima Soares , O Animal Humano: Os paradigmas da zoomorfização social e sua representação literária, Anais do Festival Literário de Paulo Afonso, 2017) [O zoomorfismo] ocorre quando “o que é próprio do homem se estende ao animal e permite, por simetria, que o que é próprio do animal se estenda ao homem.”
(Antonio Cândido, De Cortiço a Cortiço, Novos Estudos CEBRAP, 1991).
Considere as seguintes afirmações:
I. A zoomorfização se opôs frontalmente às idealizações românticas, sendo uma característica exclusiva do Naturalismo. II. Segundo Antonio Candido, não é possível haver distinção entre ser humano e animal, no sentido de que um cede característica ao outro e vice-versa. III. A definição de Antonio Candido sobre zoomorfismo é construída por meio de um processo chamado quiasmo.
A respeito de tais afirmações, deve-se dizer que:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788956 Português
A um passarinho

Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.
Deixa-te de histórias
Some-te daqui!

(Vinicius de Moraes)


A partir da leitura do poema e da observação da imagem, assinale a afirmação correta.
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788957 Português
A um passarinho

Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.
Deixa-te de histórias
Some-te daqui!

(Vinicius de Moraes)


Os dois últimos versos trazem a forma verbal no Imperativo Afirmativo, na segunda pessoa do singular (tu). Se estivessem na segunda pessoa do plural (vós), teríamos:
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Ano: 2018 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2018 - ESPM - Vestibular 2019/1 - RS |
Q1788958 Português
(...)Pergunto-me se eu deveria caminhar à frente do tempo e esboçar logo um final. Acontece porém que eu mesmo ainda não sei bem como esse isto terminará. E também porque entendo que devo caminhar passo a passo de acordo com um prazo determinado por horas: até um bicho lida com o tempo. E esta também é minha mais primeira condição: a de caminhar paulatinamente apesar da impaciência que tenho em relação a essa moça.
(Clarice Lispector, A Hora da Estrela)
O comentário acima, sobre a história de Macabéa, pertence ao narrador Rodrigo S.M. Assinale a afirmação correta. O narrador:
Alternativas
Respostas
1: D
2: C
3: E
4: B
5: E
6: A
7: D
8: B
9: A
10: E
11: C
12: E
13: D
14: E
15: B
16: C
17: C
18: D
19: A
20: C