Questões de Vestibular FATEC 2017 para Vestibular
Foram encontradas 54 questões
Q1266192
Português
Texto associado
Leia o texto de Jacques Fux para responder
a questão.
Literatura e Matemática
Letras e números costumam ser vistos como
símbolos opostos, correspondentes a sistemas
de pensamento e linguagens completamente
diferentes e, muitas vezes, incomunicáveis. Essa
perspectiva, no entanto, foi muitas vezes recusada
pela própria literatura, que em diversas ocasiões
valeu-se de elementos e pensamentos matemáticos
como forma de melhor explorar sua potencialidade e
de amplificar suas possibilidades criativas.
A utilização da matemática no campo literário
se dá por meio das diversas estruturas e rigores,
mas também através da apresentação, reflexão
e transformação em matéria narrativa de problemas
de ordem lógica. Nenhuma leitura é única: o texto,
por si só, não diz nada; ele só vai produzir sentido no
momento em que há a recepção por parte do leitor.
A matemática pode, também, potencializar o texto,
tornando ainda mais amplo o seu campo de leituras
possíveis a partir de regras ou restrições.
Muitas passagens de Alice no País das
Maravilhas e Alice através do espelho, de Lewis
Carroll, estão repletas de enigmas e problemas que
até os dias de hoje permitem aos leitores múltiplas
interpretações. Edgar Allan Poe é outro escritor
a construir personagens que utilizam exaustivamente
a lógica matemática como instrumento para
a resolução dos enigmas propostos.
Explorar as relações entre literatura e matemática
é resgatar o romantismo grego da possibilidade
do encontro de todas as ciências. É fazer uma viagem
pelo mundo das letras e dos números, da literatura
comparada e das ficções e romances de diversos
autores que beberam (e continuarão bebendo)
de diversas e potenciais fontes científicas, poéticas
e matemáticas.<http://tinyurl.com/h9z7jot > Acesso em: 17.08.2016. Adaptado.
No trecho “correspondentes a sistemas de pensamento
e linguagens”, a palavra destacada é
Q1266193
Português
Texto associado
Leia o texto de Jacques Fux para responder
a questão.
Literatura e Matemática
Letras e números costumam ser vistos como
símbolos opostos, correspondentes a sistemas
de pensamento e linguagens completamente
diferentes e, muitas vezes, incomunicáveis. Essa
perspectiva, no entanto, foi muitas vezes recusada
pela própria literatura, que em diversas ocasiões
valeu-se de elementos e pensamentos matemáticos
como forma de melhor explorar sua potencialidade e
de amplificar suas possibilidades criativas.
A utilização da matemática no campo literário
se dá por meio das diversas estruturas e rigores,
mas também através da apresentação, reflexão
e transformação em matéria narrativa de problemas
de ordem lógica. Nenhuma leitura é única: o texto,
por si só, não diz nada; ele só vai produzir sentido no
momento em que há a recepção por parte do leitor.
A matemática pode, também, potencializar o texto,
tornando ainda mais amplo o seu campo de leituras
possíveis a partir de regras ou restrições.
Muitas passagens de Alice no País das
Maravilhas e Alice através do espelho, de Lewis
Carroll, estão repletas de enigmas e problemas que
até os dias de hoje permitem aos leitores múltiplas
interpretações. Edgar Allan Poe é outro escritor
a construir personagens que utilizam exaustivamente
a lógica matemática como instrumento para
a resolução dos enigmas propostos.
Explorar as relações entre literatura e matemática
é resgatar o romantismo grego da possibilidade
do encontro de todas as ciências. É fazer uma viagem
pelo mundo das letras e dos números, da literatura
comparada e das ficções e romances de diversos
autores que beberam (e continuarão bebendo)
de diversas e potenciais fontes científicas, poéticas
e matemáticas.<http://tinyurl.com/h9z7jot > Acesso em: 17.08.2016. Adaptado.
No texto, entende-se que
Q1266194
Literatura
Texto associado
Leia o poema de Camilo Pessanha para
responder a questão.
INTERROGAÇÃO
Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crês? nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito,
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro o olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo.
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.
(PESSANHA, Camilo. Clepsidra. São Paulo: Núcleo, 1989.)
O escritor português Camilo Pessanha faz parte da escola
literária denominada Simbolismo.
Assinale a alternativa que possui uma característica desse movimento artístico presente no poema.
Assinale a alternativa que possui uma característica desse movimento artístico presente no poema.
Q1266195
Português
Texto associado
Leia o poema de Camilo Pessanha para
responder a questão.
INTERROGAÇÃO
Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crês? nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito,
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro o olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo.
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.
(PESSANHA, Camilo. Clepsidra. São Paulo: Núcleo, 1989.)
No poema, o eu-lírico demonstra que