Questões de Vestibular PUC-GO 2016 para Vestibular

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Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768318 Português

TEXTO 3

                          Escalada para o inferno

Iniciava-se ali, meu estágio no inferno. A ardida solidão corroía cada passo que eu dava. Via crucis vivida aos seis anos de idade, ao sol das duas horas. Vermelhidão por todos os lados daquela rua íngreme e poeirenta. Meus olhos pediam socorro mas só encontravam uma infinitude de terra e desolação. Tentava acompanhar os passos de meu pai. E eles eram enormes. Não só os passos mas as pernas. Meus olhos olhavam duplamente: para os passos e para as pernas e não alcançavam nem um nem outro. Apenas se defrontavam com um vazio empoeirado que entrava no meu ser inteiro. Eu queria chorar mas tinha medo. Tropeçava a cada tentativa de correr para alcançar meu pai. E eu tinha medo de ter medo. E eu tinha medo de chorar. E era um sofrimento com todos os vórtices de agonia. À minha frente, até onde meus olhos conseguiram enxergar, estavam os pés e as pernas de meu pai que iam firmes subindo subindo subindo sem cessar. À minha volta eu podia ver e sentir a terra vermelha e minha vida envolta num turbilhão de desespero. Na verdade eu não sabia muito bem para onde estava indo. Eu era bestializado nos meus próprios passos. Nas minhas próprias pernas. Tinha a impressão que o ponto de chegada era aquele redemoinho em que me encontrava e que dele nunca mais sairia. Na ânsia de ir sem querer ir eu gaguejava no caminhar. E olhava com sofreguidão para os meus pés e via ainda com mais aflição que os bicos de meus sapatos novos estavam sujos daquela poeira impregnante, vasculhante, suja. Eu sempre gostei de sapatos. Eu sempre gostei de sapatos novos. Novos e luzidios. E eles estavam sujos. Cobertos de poeira. E a subida prosseguia inalterada. Tentava olhar para o alto e só conseguia ver os enormes joelhos de meu pai que dobravam num ritmo compassado. Via suas pernas e seus pés. E só. Sentia, lá no fundo, um desejo calado de dizer alguma coisa. De dizer-lhe que parasse. Que fosse mais devagar. Que me amparasse. Mas esse desejo era um calo na minha pequenina garganta que jamais seria curado. E eu prossegui ao extremo de meus limites. Tinha de acontecer: desamarrou o cadarço de meu sapato. A loucura do sol das duas horas parece ter se engraçado pelo meu desatino. Tudo ficou muito mais quente. Tudo ficou mais empoeirado e muito mais vermelho. O desatino me levou ao choro. Não sei se chorei ou se choraminguei. Só sei que dei índices de que eu precisava de meu pai. E ele atendeu. Voltou-se para mim e viu que estava pisando no cadarço. Que estava prestes a cair. Então me socorreu. Olhou-me nos olhos com a expressão casmurra. Levou suas enormes mãos aos meus pés e amarrou o cadarço firmemente com um intrincado nó. A cena me levou a um estado de cegueira anestésica tão intensa que sofri uma espécie de amnésia passageira. Estado de torpor. Quando dei por mim, já tinha chegado ao meu destino: cadeira do barbeiro. Alta, prepotente e giratória. Ele, o barbeiro, cabeça enorme, mãos enormes, enormes unhas, sorriso nos lábios dos quais surgiam grandes caninos. Ele portava enorme máquina que apontava em minha direção. E ouvi a voz do pai: pode tirar quase tudo! deixa só um pouco em cima! Ali, finalmente, para lembrar Rimbaud, ia se encerrar meu estágio no inferno.

(GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 45-46.)

Sobre o texto “Escalada para o inferno” (Texto 3), é correto afirmar que se trata de (assinale a alternativa correta):
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768319 Física

TEXTO 3

                          Escalada para o inferno

Iniciava-se ali, meu estágio no inferno. A ardida solidão corroía cada passo que eu dava. Via crucis vivida aos seis anos de idade, ao sol das duas horas. Vermelhidão por todos os lados daquela rua íngreme e poeirenta. Meus olhos pediam socorro mas só encontravam uma infinitude de terra e desolação. Tentava acompanhar os passos de meu pai. E eles eram enormes. Não só os passos mas as pernas. Meus olhos olhavam duplamente: para os passos e para as pernas e não alcançavam nem um nem outro. Apenas se defrontavam com um vazio empoeirado que entrava no meu ser inteiro. Eu queria chorar mas tinha medo. Tropeçava a cada tentativa de correr para alcançar meu pai. E eu tinha medo de ter medo. E eu tinha medo de chorar. E era um sofrimento com todos os vórtices de agonia. À minha frente, até onde meus olhos conseguiram enxergar, estavam os pés e as pernas de meu pai que iam firmes subindo subindo subindo sem cessar. À minha volta eu podia ver e sentir a terra vermelha e minha vida envolta num turbilhão de desespero. Na verdade eu não sabia muito bem para onde estava indo. Eu era bestializado nos meus próprios passos. Nas minhas próprias pernas. Tinha a impressão que o ponto de chegada era aquele redemoinho em que me encontrava e que dele nunca mais sairia. Na ânsia de ir sem querer ir eu gaguejava no caminhar. E olhava com sofreguidão para os meus pés e via ainda com mais aflição que os bicos de meus sapatos novos estavam sujos daquela poeira impregnante, vasculhante, suja. Eu sempre gostei de sapatos. Eu sempre gostei de sapatos novos. Novos e luzidios. E eles estavam sujos. Cobertos de poeira. E a subida prosseguia inalterada. Tentava olhar para o alto e só conseguia ver os enormes joelhos de meu pai que dobravam num ritmo compassado. Via suas pernas e seus pés. E só. Sentia, lá no fundo, um desejo calado de dizer alguma coisa. De dizer-lhe que parasse. Que fosse mais devagar. Que me amparasse. Mas esse desejo era um calo na minha pequenina garganta que jamais seria curado. E eu prossegui ao extremo de meus limites. Tinha de acontecer: desamarrou o cadarço de meu sapato. A loucura do sol das duas horas parece ter se engraçado pelo meu desatino. Tudo ficou muito mais quente. Tudo ficou mais empoeirado e muito mais vermelho. O desatino me levou ao choro. Não sei se chorei ou se choraminguei. Só sei que dei índices de que eu precisava de meu pai. E ele atendeu. Voltou-se para mim e viu que estava pisando no cadarço. Que estava prestes a cair. Então me socorreu. Olhou-me nos olhos com a expressão casmurra. Levou suas enormes mãos aos meus pés e amarrou o cadarço firmemente com um intrincado nó. A cena me levou a um estado de cegueira anestésica tão intensa que sofri uma espécie de amnésia passageira. Estado de torpor. Quando dei por mim, já tinha chegado ao meu destino: cadeira do barbeiro. Alta, prepotente e giratória. Ele, o barbeiro, cabeça enorme, mãos enormes, enormes unhas, sorriso nos lábios dos quais surgiam grandes caninos. Ele portava enorme máquina que apontava em minha direção. E ouvi a voz do pai: pode tirar quase tudo! deixa só um pouco em cima! Ali, finalmente, para lembrar Rimbaud, ia se encerrar meu estágio no inferno.

(GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 45-46.)

O fragmento do Texto 3, “era aquele redemoinho”, pode nos levar a pensar na alteração, para circular, do movimento retilíneo de uma partícula carregada que entra perpendicularmente em um campo magnético uniforme. A presença de outros campos pode evitar esse movimento circular. Considere uma partícula de massa m = 3 × 10–3 kg e carga positiva q = 5 × 10–4 C se deslocando horizontalmente para a direita a uma velocidade v = 100 m/s, sob a ação apenas de três campos uniformes: um campo elétrico de 200 N/C verticalmente para cima, um campo gravitacional verticalmente para baixo e um campo magnético. Para que a partícula permaneça se movendo num movimento retilíneo e uniforme, o campo magnético deve ser?

Dado: aceleração da gravidade g = 10 m/s2

Assinale a alternativa correta:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768320 Química
A terra vermelha, também conhecida como terra roxa, é considerada de boa qualidade devido a sua alta fertilidade. Historicamente, esse solo teve muita importância, já que, no Brasil, durante o fim do século XIX e o início do século XX, recebeu o plantio de grandes lavouras de café, fazendo surgir várias ferrovias, o que propiciou o crescimento de cidades como Maringá e Londrina, no Paraná; Ribeirão Preto e Campinas, em São Paulo; e Dourados, em Mato Grosso do Sul. Uma das etapas do processo de cuidado do solo é o ajuste de pH, de extrema importância agrícola. Analise os itens apresentados a seguir: I - Podemos definir que ácido de Bronsted-Lowry é qualquer espécie química que pode doar um próton. II - Base de Lewis é qualquer espécie química que pode receber um par de elétrons de outra espécie química. III - Ácido de Arhenius é qualquer espécie química que libera ions H+ (H3O+) em meio aquoso, ao passo que base é qualquer composto que, em meio aquoso, libera ions OH . IV - Pode-se considerar que a reação de NaCl com HBr é uma reação de neutralização.
Marque a alternativa que apresenta todos os itens corretos:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768321 Português

TEXTO 4

Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei? Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó que nada nem ninguém no mundo tem o poder de desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo, o inconsciente age por si, sem pedir licença nem se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha, hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas, então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento. Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas. Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram compreender verdades para as quais eu nunca havia me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos, descalabros. O rio de nossa vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal. Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas. Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo assim, perguntas continuam sem resposta.

(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)

Em determinado momento do Texto 4, a narrativa ganha contornos argumentativos visíveis quando o enunciador (assinale a alternativa correta):
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768322 Física

TEXTO 4

Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei? Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó que nada nem ninguém no mundo tem o poder de desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo, o inconsciente age por si, sem pedir licença nem se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha, hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas, então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento. Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas. Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram compreender verdades para as quais eu nunca havia me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos, descalabros. O rio de nossa vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal. Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas. Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo assim, perguntas continuam sem resposta.

(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)

O fragmento do Texto 4 “Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos [...] Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas.” pode nos remeter à necessidade de uso racional de energia hidrelétrica, para evitar a construção de novas usinas geradoras desse tipo de energia. Uma das maneiras de se economizar energia é a substituição de lâmpadas por outras equivalentes e mais econômicas. Um fabricante informa que uma lâmpada de LED de 10 W equivale a uma eletrônica de 20 W ou a uma incandescente de 60 W. Suponha que em uma residência sejam necessárias 50 lâmpadas com qualquer das especificações citadas e que cada lâmpada fique ligada 8 horas por dia. O dono da residência deseja saber em quanto tempo a economia gerada por lâmpadas de consumo mais econômico equivalerá à diferença do valor usado na compra das 50 lâmpadas. Considere que o valor unitário das lâmpadas seja de R$ 18,00 para as de LED com 10 W, R$ 15,00 para as eletrônicas de 20 W e R$ 8,00 para as incandescentes de 60 W, e que cada kWh custe R$ 0,50. Em relação a essa questão, analise os itens a seguir: I - Seriam necessários 50 dias para as lâmpadas de LED em relação às incandescentes. II - Seriam necessários 75 dias para as lâmpadas de LED em relação às eletrônicas III - Seriam necessários 40 dias para as lâmpadas eletrônicas em relação às incandescentes
Marque a alternativa que contém todos os itens corretos:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768323 Geografia

TEXTO 4

Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei? Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó que nada nem ninguém no mundo tem o poder de desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo, o inconsciente age por si, sem pedir licença nem se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha, hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas, então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento. Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas. Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram compreender verdades para as quais eu nunca havia me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos, descalabros. O rio de nossa vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal. Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas. Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo assim, perguntas continuam sem resposta.

(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)

No Texto 4, em “todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além do seu leito original provoca estragos, descalabros” o enunciador faz, metaforicamente, referência ao curso de rios, para falar da vida, do nosso desejo de administrá-la. Em relação aos rios, seu comportamento, seus condicionantes, bem como suas implicações, analise as afirmativas a seguir: I - Enchentes compreendem um efeito direto do avanço das margens do rio para além do seu leito original e consistem no aumento temporário do nível da água para além da planície de inundação. II - Inundações compreendem o transbordamento das águas de um canal de drenagem, chegando a atingir áreas marginais como a planície de inundação. III - As enchentes tendem a atingir as populações que habitam áreas sujeitas às inundações, que comportam, na maioria das vezes, moradias de baixo custo. IV - As planícies de inundação compreendem áreas outrora totalmente ocupadas pelo respectivo rio e, por esse motivo, são ambientes impróprios para a construção de moradias.
Em relação às proposições apresentadas, assinale a única alternativa que contém todos os itens corretos:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768324 Inglês

TEXTO 4

Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei? Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó que nada nem ninguém no mundo tem o poder de desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo, o inconsciente age por si, sem pedir licença nem se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha, hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas, então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento. Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas. Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram compreender verdades para as quais eu nunca havia me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos, descalabros. O rio de nossa vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal. Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas. Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo assim, perguntas continuam sem resposta.

(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)

In Barros’s paragraph, there is a lot of emphasis on liquidity, that is, the state of being liquid. For example, tear, water, river. Read the sentences below:

I - There are lots of water lilies on the surface of river and lakes.

II - The village is famous for its spectacular waterfalls.

III - Can you tell me where the water fountain is? I am thirsty.

IV - According to authorities, the water supply for the summer will be normal.

Choose the ones which are related to this state. The best alternative is:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768325 Biologia

TEXTO 4

Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei? Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó que nada nem ninguém no mundo tem o poder de desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo, o inconsciente age por si, sem pedir licença nem se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha, hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas, então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento. Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas. Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram compreender verdades para as quais eu nunca havia me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos, descalabros. O rio de nossa vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal. Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas. Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo assim, perguntas continuam sem resposta.

(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)

Considere o fragmento do Texto 4 “Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas”. A lágrima, líquido produzido por glândulas lacrimais, desempenha funções importantes nos órgãos da visão, o olhos. Sobre a lágrima, analise as proposições a seguir:

I - Apresenta funções de lubrificação e limpeza dos olhos, protegendo-os de lesões decorrentes de substâncias estranhas.

II - Possui enzima de combate a micro-organismos patogênicos, como, por exemplo, as bactérias.

III - Apresenta em sua composição água, sais minerais, proteínas e gordura.

De acordo com os itens analisados, marque a alternativa que contém todas as proposições corretas:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768326 Português

TEXTO 4

Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei? Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó que nada nem ninguém no mundo tem o poder de desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo, o inconsciente age por si, sem pedir licença nem se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha, hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas, então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento. Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas. Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram compreender verdades para as quais eu nunca havia me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos, descalabros. O rio de nossa vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal. Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas. Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo assim, perguntas continuam sem resposta.

(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)

O Texto 4, fragmento do romance Mesa dos inocentes, confirma a ideia de que o texto literário é um objeto de linguagem cuja função é confrontar o leitor com o mundo engendrado na obra. Para mobilizar o leitor de ficção, há comumente um investimento do autor no aspecto conotativo da linguagem. Identifique, a seguir, os itens que confirmam esse aspecto: I - “O rio recusou meu corpo, mas não a dor” . II - “Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite”. III - “O rio de nossa vida não é diferente”. IV - “Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas”.
Marque a alternativa em que todos os itens estão corretos:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768327 Química

TEXTO 4

Não desejei a morte de minha filha. Ou desejei? Aí é que reside a dúvida, é onde habita o nó que nada nem ninguém no mundo tem o poder de desatar. O inconsciente, desculpe-me a vulgaridade do termo, minha filha, é uma merda. Sendo autônomo, o inconsciente age por si, sem pedir licença nem se revelar. Desejei ou não a morte de minha filha, hein? Você pode responder a essa pergunta? Alguém pode? Eu não posso. Busquei na fonte a resposta e ela não veio. Como minha filha havia feito, busquei nas águas do Cristal a cura imediata para uma dor que parecia infinda. A ferida tinha sido cavada pelas águas, então elas que tratassem de cicatrizá-la. O rio recusou meu corpo, mas não a dor. Nem o aconselhamento. Pediu tempo, apenas. Permaneci plantada no barranco, juntando ao seu caudal minhas lágrimas secas. Disseram que eu tinha enlouquecido, talvez tivesse mesmo. Em diálogo profundo, as águas me fizeram compreender verdades para as quais eu nunca havia me atinado. Todo rio tem seu leito, suas margens, seu limite, toda vez que ele avança além de seu leito original provoca estragos, descalabros. O rio de nossa vida não é diferente. Ele também está sujeito a limitações intransponíveis. Existe você e você; seu campo de visão, a capacidade de administrar o próprio caudal. Tem a hora de abrir e a hora de fechar as comportas. Felicidade ou dor, a escolha é sua, depende do grau de intensidade que você der a cada coisa. Hoje posso dizer que me conheço um pouquinho, mesmo assim, perguntas continuam sem resposta.

(BARROS, Adelice da Silveira. Mesa dos inocentes. Goiânia: Kelps, 2010. p. 23.)

O Texto 4 faz menção a rio, que, muitas vezes é o destino final dos dejetos produzidos pela nossa sociedade. São várias as substâncias que os homens despejam nos rios, causando com isso diversos problemas ambientais. Dentre essas substâncias, podemos encontrar vários compostos inorgânicos, como sais, bases e ácidos. Analise as afirmativas a seguir:

I - A hidrólise de um sal proveniente de ácido forte e uma base fraca em água resultará na redução do pH.

II - Na hidrólise de um sal proveniente de um ácido fraco e base forte, a redução do pOH está em função do deslocamento do equilíbrio (da reação de autoionização da água) para a direita.

III - A adição de NaCl à água provoca a hidrólise desta, por se tratar de um sal proveniente de uma ácido e uma base fracos.

IV - A adição NaCl à água provoca a hidrólise desta, alterando-lhe o equilíbrio iônico.

Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos corretos:

Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768328 Português

TEXTO 5

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A  Amazônia é nossa. Tratores e retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

Assinale a alternativa que apresenta uma metáfora reveladora do posicionamento contrário do narrador em relação à prática do garimpo na Amazônia:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768329 Biologia

TEXTO 5

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A  Amazônia é nossa. Tratores e retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

O Texto 5 faz referência a garimpeiro, trabalhador sujeito a doenças ocupacionais provocadas por fatores relacionados com o ambiente de trabalho, que causam alterações na sua saúde. Um dos grandes problemas da atividade garimpeira na extração de ouro é a utilização do mercúrio. Tanto o mercúrio metálico, perdido durante o processo de amalgamação, quanto o vaporizado durante a queima da amálgama, para a separação do ouro, é altamente prejudicial à vida.
Dentre as doenças citadas a seguir, qual delas está relacionada à intoxicação por mercúrio na atividade de mineração (assinale a alternativa correta)?
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768330 História e Geografia de Estados e Municípios

TEXTO 5

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A  Amazônia é nossa. Tratores e retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

O Texto 5 faz menção a garimpos. Durante o século XVIII, o território goiano experimentou uma notável ascensão econômica em decorrência do encontro e da extração de ouro. Acerca dos condicionantes da ocorrência de ouro em Goiás, bem como de seus desdobramentos, analise as afirmativas a seguir: I - Ao longo do Século XVIII, os locais de maior probabilidade de se encontrar ouro eram as áreas de nascentes dos principais rios. II - A historiografia de Goiás registra que muitos dos aglomerados urbanos surgiram próximos aos rios, em decorrência da associação com o ouro. III - Após o declínio na produção de ouro, a tendência observada foi o surgimento de aglomerados urbanos nas margens das rodovias que passavam por Goiás. IV - As cidades que surgiram em decorrência da economia aurífera experimentam franca ascensão até os dias atuais.
Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos corretos:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768331 Inglês

TEXTO 5

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A  Amazônia é nossa. Tratores e retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

Mark the alternative which deals with the Text 5:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768332 Matemática

TEXTO 5

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A  Amazônia é nossa. Tratores e retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

O Texto 5 trata da dura vida no garimpo, “que até o diabo rejeita”. Um desses garimpeiros, cansado da vida atribulada no garimpo, resolveu ir embora. No caminho de volta, deparou-se com uma casa, onde pediu abrigo e comida por sete dias, tempo que julgava necessário para descansar, a fim de seguir viagem. Temendo que o viajante fugisse sem pagar, o morador concordou; porém, exigiu pagamento adiantado. Inseguro de pagar tudo e ser lesado, o garimpeiro, que dispunha apenas de barras de ouro, concordou em pagar, adiantado, mas uma diária a cada manhã. Apresentou ao morador uma pequena barra cujo valor equivalia ao custo das sete diárias e pediu troco. O morador, porém, disse que não tinha dinheiro para troco. E sugeriu que o garimpeiro cortasse a barra para efetuar o pagamento conforme o combinado. Qual seria a menor quantidade de cortes na barra e em que tamanhos para que o acerto diário pudesse ser feito (assinale a resposta correta)?
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768333 História

TEXTO 5

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A  Amazônia é nossa. Tratores e retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

“A Amazônia é nossa”, diz o Texto 5. Esse slogan é repetido sempre que o imperialismo ameaça a soberania dos países que possuem territórios nesse rico ecossistema. Um fato importante para o Brasil foram as negociações da Bolívia com um truste anglo-americano denominado Bolivian Syndicate, que iria adquirir uma vasta parcela das terras amazônicas, com amplos poderes administrativos. Esforços dos brasileiros, sedimentados no Tratado de Petrópolis, de 1903, impediram essa transação comercial. Assinale a alternativa que indica corretamente a motivação econômica do Brasil na ocupação daquela região:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768334 Biologia

TEXTO 5

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A  Amazônia é nossa. Tratores e retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

A devastação da Floresta Amazônica é mencionada no Texto 5. Essa ação tem causado, ao longo do tempo, a redução da biodiversidade nas áreas afetadas. Para a recuperação de uma área degradada em um determinado bioma, é importante o estudo da ecologia de comunidades para que haja a compreensão das relações existentes antes da degradação. Assim, a ecologia de comunidades compreende o estudo das relações entre (marque a alternativa correta):
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768335 Português

TEXTO 5

É com certa sabedoria que se diz: pelos olhos se conhece uma pessoa. Bem, há olhares de todos os tipos — dos dissimulados aos da cobiça, seja pelo vil metal ou pelo sexo.

Garimpeiro se conhece pelos olhos. Olhos de febre, que flamejam e reluzem. Há, em suas pupilas, o ouro. O brilho dourado tatua a íris. Trata-se apenas de um reflexo de sua alma e daquilo que corre em suas veias. É um vírus. A princípio, um sonho distante, mas, ao correr dos dias, torna-se uma angustiante busca. Na primeira vez que o ouro fagulha na sua frente, na bateia, toda a alma se contamina e o vírus se transforma em doença incurável.

Todos, no garimpo, têm histórias semelhantes. Têm família, filhos, empregos em suas cidades, nos distantes estados, mas, de repente, espalha-se a notícia do ouro. Então, largam tudo, vendem a roupa do corpo e lá se vão. Caçar o rastro do ouro é a sina. Nos olhos, a febre — um brilho dourado doentio. Sim, é fácil conhecer um garimpeiro.

Todos sabem que, no garimpo, não é lugar para se viver. Mas ninguém abandona o seu posto. Suor, lama, pedregulhos, pepitas douradas, cansaço — é a vida que até o diabo rejeita.

Por onde passam, o rastro da destruição. A  Amazônia é nossa. Tratores e retroescavadeiras derrubam e limpam a floresta; as dragas chegam, os rios se contaminam rapidamente de mercúrio. Quem pode mais chora menos. Na trilha do brilho dourado, nada se preserva. Ai daqueles que levantarem alguma voz... No dia seguinte, o corpo é encontrado no meio da selva, um bom prato aos bichos.

(GONÇALVES, David. Sangue verde. Joinville: Sucesso Pocket, 2014. p. 5-6. Adaptado.)

O Texto 5 abre o longo romance Sangue verde e cumpre a função de apresentar a visão do narrador sobre o garimpeiro – um dos inúmeros tipos que comporão o enredo – e os efeitos de sua ação sobre o meio ambiente, no caso, a Floresta Amazônica. Nesse fragmento instaura-se o espaço narrativo como elemento mobilizador de todos os conflitos da trama, e confirma-se a crítica do autor à exploração do meio pelo homem, mediante o uso da ironia. Assinale dentre as alternativas a seguir, que apresenta uma passagem do texto em que isso fica mais evidente:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768336 Química
Em 2015, um artigo publicado na Environmental Science end Technology, pela ASU (Universidade do Estado do Arizona), mostra que é possível encontrar metais preciosos como prata, ferro, cobre e ouro no lodo de esgotos urbanos. Estima-se que em uma cidade de aproximadamente um milhão de habitantes seja possível recolher até US$ 13 milhões por ano em metais preciosos. Esse seria um novo garimpo, diverso do tematizado no Texto 5, ainda não explorado. Marque a alternativa que apresenta uma afirmação correta sobre metais:
Alternativas
Ano: 2016 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2016 - PUC-GO - Vestibular |
Q768337 Português

TEXTO 6

Arandir — Posso ir?

Comissário Barros — Pode.

Arandir (recuando, com sofrida humildade) — Então, boa tarde, boa tarde.

Cunha — Um minutinho.

Arandir (incerto) — Comigo?

Cunha — Um momento.

Barros — Já prestou declarações.

Cunha (entre divertido e ameaçador) — Sei. Agora vai conversar comigo.

Aruba (baixo e veemente para Arandir) — O delegado.

Amado — Senta.

Arandir (sentindo a pressão de novo ambiente) — Mas é que eu estou com um pouquinho de pressa. (Arandir começa a ter medo. Ele próprio não sabe de quê.)

Cunha (com o riso ofegante) — Rapaz, a polícia não tem pressa.

Amado — Mas senta. (Arandir olha em torno, como um bicho apavorado. Senta-se, finalmente.)

Arandir (sem ter de quê) — Obrigado.

Barros (baixo e reverente, para o delegado) — Ele é apenas testemunha.

Cunha — Não te mete.

(Arandir ergue-se, sôfrego.)

Arandir — Posso telefonar?

Cunha — Mais tarde.

(Amado cutuca o fotógrafo.)

Amado — Bate agora! (flash estoura. Arandir toma um choque.)

Arandir — Retrato?

Amado — Nervoso, rapaz?

(Arandir senta-se, une os joelhos.)

Arandir — Absolutamente!

Cunha (lançando a pergunta como uma chicotada)

— Você é casado, rapaz?

Arandir — Não ouvi.

Cunha (num berro) — Tira a cera dos ouvidos!

Amado (inclinando-se para o rapaz) — Casado ou solteiro?

Arandir — Casado.

Cunha — Casado. Muito bem. (vira-se para Amado, com segunda intenção) O homem é casado. (para o Comissário Barros) Casado.

Barros — Eu sabia.

Arandir (com sofrida humildade) — O senhor deixa dar um telefonema rápido para minha mulher?

Cunha (rápido e incisivo) — Gosta de sua mulher, rapaz?

(Arandir, por um momento, acompanha o movimento do fotógrafo que se prepara para bater uma nova fotografia.)

Arandir — Naturalmente!

Cunha (com agressividade policial) — E não usa nada no dedo, por quê?

Arandir (atarantado) — Um dia, no banheiro, caiu. Caiu a aliança. No ralo do banheiro.

Amado — O que é que você estava fazendo na praça da Bandeira?

Arandir — Bem. Fui lá e...

Cunha (num berro) — Não gagueja, rapaz!

Arandir (falando rápido) — Fui levar uma joia.

Cunha (alto) — Joia!

Arandir — Joia. Aliás, empenhar uma joia na Caixa Econômica. (Amado e Cunha cruzam as perguntas para confundir e levar Arandir ao desespero.)

Amado — Casado há quanto tempo?

Arandir — Eu?

Cunha — Gosta de mulher, rapaz?

ARANDIR (desesperado) — Quase um ano!

Cunha (mais forte) — Gosta de mulher?

Arandir (quase chorando) — Casado há um ano. (Cunha muda de voz, sem transição. Põe a mão no joelho do rapaz.)

Cunha (caricioso e ignóbil) — Escuta. O que significa para ti. Sim, o que significa para “você” uma mulher!?

Arandir (lento e olhando em torno) — Mas eu estou preso?

Cunha (sem ouvi-lo e sempre melífluo) — Rapaz, escuta! Uma hipótese. Se aparecesse, aqui, agora, uma mulher, uma “boa”. Nua. Completamente nua. Qual seria. É uma curiosidade. Seria a tua reação? (Arandir olha, ora o Cunha, ora o Amado. Silêncio.)

(RODRIGUES, Nelson. O beijo no asfalto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 23-27.)

No Texto 6, o personagem Cunha enuncia as seguintes sentenças em momentos distintos: “gosta de sua mulher, rapaz?” e “gosta de mulher, rapaz?” Assinale a alternativa que manifesta, respectivamente, o pressuposto correto extraído de cada uma delas:
Alternativas
Respostas
21: D
22: D
23: B
24: D
25: B
26: D
27: D
28: B
29: B
30: A
31: D
32: D
33: C
34: B
35: D
36: D
37: C
38: B
39: C
40: B