Questões de Vestibular PUC-GO 2016 para Vestibular
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TEXTO 2
O milagre de viajar
Quisera eu, então, decifrar
os dias repletos de sombras moventes,
à exaltação do que, insalubre, vaga
pelos olhos dos homens.
Quisera, enfim,
saber por que das causas e quilhas
de barco nenhum
flui das tinas
dos dias
o fumo
o rum(o)
do que se foi e nunca mais será,
como da via o milagre
de viajar!
(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade. Goiânia: Poligráfica, 2010. p. 142.)
As palavras “decifrar” e “saber” presentes no Texto 2 com o sentido de descobrir caminhos que o homem deve tomar relembram o drama de Alice no país das maravilhas, sobre o qual René Dubos, professor de Biomedicina Ambiental, propõe algumas reflexões acerca da ciência e seus valores. O fragmento a seguir mostra que, para o professor, as respostas do Gato Cheshire evidenciam que os cientistas não sabem para onde o conhecimento está levando a humanidade.
“Lewis Carroll era professor de matemática na Universidade de Oxford quando escreveu o seguinte em Alice no país das maravilhas:
‘– Gato Cheshire... quer fazer o favor de me dizer qual é o caminho que eu devo tomar?
– Isso depende muito do lugar para onde você quer ir – disse o Gato.
– Não me interessa muito para onde... – disse Alice.
– Não tem importância então o caminho que você tomar – disse o Gato.
– ... contanto que eu chegue a algum lugar – acrescentou Alice como uma explicação.
– Ah, disso pode ter certeza – disse o Gato – desde que caminhe bastante.’”
(ARANHA, Maria Lúcia A.; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009, p. 342.)
Diz-se que a ciência não pode oferecer objetivos sociais porque os seus valores são intelectuais e não éticos. Porém, ela pode contribuir para a formulação de valores e, assim, estabelecer objetivos capazes de tornar o homem mais consciente das consequências de seus atos. A respeito das relações entre o fragmento de Lewis Carroll e as considerações do professor René Dubos, analise as afirmativas a seguir:
I - A resposta dada pelo Gato Cheshire a Alice já enfatiza a importância de se chegar a um determinado lugar, pois o essencial na busca do conhecimento não são os valores e sim o fim último.
II - A resposta do Gato aponta para uma reflexão: Alice precisa chegar a algum lugar, mas esse lugar pode ser indesejável. Portanto, ela deve fazer escolhas conscientes, para que esse lugar seja pelo menos desejável.
III - Afirma-se que a ciência pode oferecer objetivos sociais porque os seus valores são éticos. Logo, todas as escolhas que Alice faz na busca de um caminho são pensadas e analisadas a fim de que esse caminho seja ético e justo; esse é o objetivo final da garota.
IV - Na conversa entre Alice e o Gato está implícita a
observação de que a menina chegaria a algum lugar se
caminhasse bastante. Logo, a ciência não é um saber
neutro, desinteressado, puramente intelectual, à margem
do questionamento social e político acerca dos fins de
suas pesquisas.
TEXTO 2
O milagre de viajar
Quisera eu, então, decifrar
os dias repletos de sombras moventes,
à exaltação do que, insalubre, vaga
pelos olhos dos homens.
Quisera, enfim,
saber por que das causas e quilhas
de barco nenhum
flui das tinas
dos dias
o fumo
o rum(o)
do que se foi e nunca mais será,
como da via o milagre
de viajar!
(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade. Goiânia:
Poligráfica, 2010. p. 142.)
Os versos “os dias repletos de sombras moventes,” “o rum (o)” e “de viajar” do Texto 2 nos remetem a aspectos da orientação cartográfica, bem como a sua utilização em nosso cotidiano na superfície terrestre. Acerca do uso da sombra que se move ao longo do dia e do rumo no auxílio de nossos deslocamentos, considere a ausência de nuvens e analise as afirmativas a seguir:
I - Estando sobre o Trópico de Capricórnio durante o Solstício de Inverno para o Hemisfério Sul, durante o período claro, um poste na posição vertical em algum momento, terá sua sombra projetada para o Sul.
II - Estando sobre o Trópico de Capricórnio no Solstício de Verão para o Hemisfério Sul, um observador verifica que, ao longo do período claro, o deslocamento da sombra de um poste na posição vertical descreve um arco voltado para o Norte.
III - Estando sobre o Trópico de Câncer e, ao meio-dia, vendo que um poste na posição vertical não projeta sombra, um observador deduzirá que se trata de Solstício de Inverno para o Hemisfério Sul.
IV - Estando sobre o Trópico de Câncer, ao meio-dia, ao ver a sombra de um poste na posição vertical projetada para o Norte, um observador deduzirá que se trata do Solstício de Verão para o Hemisfério Norte.
Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos corretos:
TEXTO 2
O milagre de viajar
Quisera eu, então, decifrar
os dias repletos de sombras moventes,
à exaltação do que, insalubre, vaga
pelos olhos dos homens.
Quisera, enfim,
saber por que das causas e quilhas
de barco nenhum
flui das tinas
dos dias
o fumo
o rum(o)
do que se foi e nunca mais será,
como da via o milagre
de viajar!
(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade. Goiânia:
Poligráfica, 2010. p. 142.)
TEXTO 2
O milagre de viajar
Quisera eu, então, decifrar
os dias repletos de sombras moventes,
à exaltação do que, insalubre, vaga
pelos olhos dos homens.
Quisera, enfim,
saber por que das causas e quilhas
de barco nenhum
flui das tinas
dos dias
o fumo
o rum(o)
do que se foi e nunca mais será,
como da via o milagre
de viajar!
(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade. Goiânia:
Poligráfica, 2010. p. 142.)
TEXTO 2
O milagre de viajar
Quisera eu, então, decifrar
os dias repletos de sombras moventes,
à exaltação do que, insalubre, vaga
pelos olhos dos homens.
Quisera, enfim,
saber por que das causas e quilhas
de barco nenhum
flui das tinas
dos dias
o fumo
o rum(o)
do que se foi e nunca mais será,
como da via o milagre
de viajar!
(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade. Goiânia:
Poligráfica, 2010. p. 142.)