Questões de Vestibular PUC - RS 2015 para Vestibular - Segundo Semestre 2º dia
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Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!(...)
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d'amor!
I. A passagem do poema, escrito por Casimiro de Abreu, apresenta as saudades de uma infância mítica, e os ele- A passagem do poema, escrito por Casimiro de Abreu, apresenta as saudades de uma infância mítica, e os elementos da natureza reforçam essa idealização tipicamente romântica.
II. O título da obra de Vieira da Silva faz referência aos horrores dos naufrágios marítimos, na época das grandes navegações. No entanto, o contexto da sua criação, 1944, permite-nos afirmar que a pintura traz o naufrágio como metáfora dos horrores da guerra.
III. É perceptível, na obra de Vieira da Silva, a influência do movimento realista, a partir da exatidão dos traços sombrios do desenho, na denúncia da guerra.
IV. Comparativamente, o excerto do poema, se um quadro fosse, apresentaria formas claras, nítidas e estáticas, uma vez que “Meus oito anos" está muito longe das intempéries e turbulências: tudo é belo e sossegado, inclusive o mar.
Que nostalgia vem das tuas vagas,
Ó velho mar, ó lutador oceano!
Tu de saudades íntimas alagas
O mais profundo coração humano.
Sim! Do teu choro enorme e soberano,
Do teu gemer nas desoladas plagas,
Sai o quer que é, rude sultão ufano,
Que abre nos peitos verdadeiras chagas.
Ó mar! ó mar! embora esse eletrismo,
Tu tens em ti o gérmen do lirismo,
És um poeta lírico demais.
E eu para rir com bom humor das tuas
Nevroses colossais, bastam-me as luas
Quando fazem luzir os seus metais.
Com base no poema e em seu contexto, preencha os parênteses com C para certo e E para errado.
( ) A obsessão pelo branco, uma das características de Cruz e Sousa, aparece de forma intensa neste poema.
( ) O soneto, através do uso da personificação, estabelece uma relação de correspondência entre o mar e o poeta.
( ) O mar surge, no poema, como um elemento catalizador de memórias e de inspiração.
( ) O soneto expressa forte musicalidade, revelada no cuidado com a linguagem, embora seja composto de versos brancos.
Ele só lhe é delimitado pela linha do horizonte, isto é, pela sua incapacidade humana de ver a curvatura da terra. São seis horas da manhã. Só um cão livre hesita na praia, um cão negro. Por que é que um cão é tão livre? Porque ele é o mistério vivo que não se indaga. A mulher hesita porque vai entrar. Seu corpo se consola com sua própria exiguidade em relação à vastidão do mar porque é a exiguidade do corpo que o permite manter-se quente e é essa exiguidade que a torna pobre e livre gente, com sua parte de liberdade de cão nas areias. Esse corpo entrará no ilimitado frio que sem raiva ruge no silêncio das seis horas. A mulher não está sabendo: mas está cumprindo uma coragem. Com a praia vazia nessa hora da manhã, ela não tem o exemplo de outros humanos que transformam a entrada no mar em simples jogo leviano de viver. Ela está sozinha. O mar salgado não é sozinho porque é salgado e grande, e isso é uma realização. Nessa hora ela se conhece menos ainda do que conhece o mar. Sua coragem é a de, não se conhecendo, no entanto prosseguir. É fatal não se conhecer, e não se conhecer exige coragem.
II. A passagem, intimista, revela uma das principais características da obra de Clarice Lispector.
III. Segundo o trecho, o homem não é um ser livre porque tem a capacidade de autoquestionar-se.
IV. O trecho também apresenta uma abordagem exis- O trecho também apresenta uma abordagem existencialista, mostrando que a união da mulher com o oceano a faz conhecer-se melhor e, finalmente, desfrutar o mar como os outros humanos.
A alternativa correta para o preenchimento das lacunas é: