Questões de Vestibular PUC - RS 2016 para Vestibular - Segundo Semestre - 2º Dia
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INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia um trecho do poema “Um novo Jó”, de Manoel de Barros, e preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
Desfrutado entre bichos
raízes, barro e água
o homem habitava
sobre um montão de pedras.
(...)
Convivência de murta
e rãs... A boca de raiz
e água escorria barro...
Bom era
sobre um pedregal frio
e limoso dormir!
Ao gume de uma adaga
tudo dar.
Bom era ser bicho
que rasteja nas pedras;
ser raiz de vegetal
ser água.
Bom era caminhar sem dono
na tarde
com pássaros em torno
e os ventos nas vestes amarelas.
Não ter nunca chegada
nunca optar por nada
Ir andando pequeno sob a chuva
torto como um pé de maçãs (...)
( ) Ainda que valorize a simplicidade do meio rural, o poema manifesta a superioridade do homem frente à natureza.
( ) O poeta brinca com as palavras, dando-lhes novos sentidos e causando estranhezas no leitor.
( ) No poema, bichos, plantas e minerais convivem em harmonia e simbiose.
( ) O eu lírico destaca a necessidade de um destino, de um objetivo a ser traçado pelo homem.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o excerto do poema “Borboleta morta”, de Alberto de Oliveira, e preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
Abrindo as asas, – leve fantasia
Da primavera quando despertava,
Sonho dos campos, – ao nascer do dia
De trecho em trecho a borboleta voava.
(...)
Ia e vinha, volteava no ar, arfando,
Descia às flores e, num torvelinho
De pétalas e pólen doidejando,
Ruflava as asas como um passarinho.
E voava. Os vossos olhos, entretanto,
Viam-na, e quando junto da janela
Passava acaso, enchendo-se de espanto:
–“Lá vai!” – disseram, enlevados nela.
“Lá vai! tão grande! tão azul! tão linda!
Apanhemo-la” – Assim foi que a tivestes;
E a esforçar por ser livre, vendo-a ainda,
A sacudir as pequeninas vestes,
Mão bárbara e cruel, mão feminina
De atro estilete segurando na haste
Como que vibra, lâmina assassina,
O peito, sem piedade, lhe varaste” (...)
( ) O poeta utiliza-se de imagens que revelam a delicadeza do voo da borboleta.
( ) O uso de aliterações pode também ser encontrado no poema, recurso que auxilia na construção sonora do bater das asas da borboleta.
( ) O poeta humaniza, em diversos momentos, a borboleta.
( ) A fragilidade da borboleta é presa fácil à mão humana, e o inseto não oferece qualquer tipo de resistência.
( ) O poeta suaviza a morte da borboleta com a utilização de eufemismos, técnica comum no movimento simbolista.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, tenha como base a tirinha As cobras, de Luis Fernando Verissimo.
Com base na tirinha e no contexto de seu autor,
assinale a única alternativa INCORRETA:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, tenha como base o excerto da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, e seu contexto.
Rubião achou um rival no coração de Quincas Borba, – um cão, um bonito cão, meio tamanho, pelo cor de chumbo, malhado de preto. Quincas Borba levava-o para toda parte, dormiam no mesmo quarto. De manhã, era o cão que acordava o senhor, trepando ao leito, onde trocavam as primeiras saudações. Uma das extravagâncias do dono foi dar-lhe o seu próprio nome; mas, explicava-o por dois motivos, um doutrinário, outro particular.
– Desde que Humanitas, segundo a minha doutrina, é o princípio da vida e reside em toda a parte, existe também no cão, e este pode assim receber um nome de gente, seja cristão ou muçulmano...
– Bem, mas por que não lhe deu antes o nome de Bernardo, disse Rubião com o pensamento em um rival político da localidade.
– Esse agora é o motivo particular. Se eu morrer antes, como presumo, sobreviverei no nome do meu bom cachorro. Ris-te, não?
Rubião fez um gesto negativo.
– Pois devias rir, meu querido. Porque a imortalidade é o meu lote ou o meu dote, ou como melhor nome haja. Viverei perpetuamente no meu grande livro. Os que, porém, não souberem ler, chamarão Quincas Borba ao cachorro, e...
O cão, ouvindo o nome, correu à cama. Quincas Borba, comovido, olhou para Quincas Borba: – Meu pobre amigo! meu bom amigo! meu único amigo!
Com base no excerto, leia as seguintes afirmativas.
I. O narrador sugere um ciúme em Rubião frente ao novo amigo de Quincas.
II. O motivo particular de o cão receber o mesmo nome do dono é um desejo vaidoso de permanência do personagem.
III. Para o filósofo Quincas Borba, também o cão encarna o princípio de Humanitas.
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, tenha como base o excerto da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, e seu contexto.
Rubião achou um rival no coração de Quincas Borba, – um cão, um bonito cão, meio tamanho, pelo cor de chumbo, malhado de preto. Quincas Borba levava-o para toda parte, dormiam no mesmo quarto. De manhã, era o cão que acordava o senhor, trepando ao leito, onde trocavam as primeiras saudações. Uma das extravagâncias do dono foi dar-lhe o seu próprio nome; mas, explicava-o por dois motivos, um doutrinário, outro particular.
– Desde que Humanitas, segundo a minha doutrina, é o princípio da vida e reside em toda a parte, existe também no cão, e este pode assim receber um nome de gente, seja cristão ou muçulmano...
– Bem, mas por que não lhe deu antes o nome de Bernardo, disse Rubião com o pensamento em um rival político da localidade.
– Esse agora é o motivo particular. Se eu morrer antes, como presumo, sobreviverei no nome do meu bom cachorro. Ris-te, não?
Rubião fez um gesto negativo.
– Pois devias rir, meu querido. Porque a imortalidade é o meu lote ou o meu dote, ou como melhor nome haja. Viverei perpetuamente no meu grande livro. Os que, porém, não souberem ler, chamarão Quincas Borba ao cachorro, e...
O cão, ouvindo o nome, correu à cama. Quincas Borba, comovido, olhou para Quincas Borba: – Meu pobre amigo! meu bom amigo! meu único amigo!