Questões de Vestibular UEAP 2009 para Vestibular Prova Objetiva - Espanhol
Foram encontradas 10 questões
II- Por anteceder a um verbo, o vocábulo a apresenta equivalência morfológica nas três situações seguintes: a evitem (L.18), a competirem (L.26), a cobiçar (L.31).
III- Em ...pinta aquele incômodo persistente...(L.30/31), o vocábulo em destaque é marca predominante da linguagem informal.
IV- Em Essa simples história retrata com clareza um sentimento conhecido por todos nós: a inveja. (L.13/14), os termos em negrito designam uma expressão que faz menção à palavra história.
II- As orações Existem casos... (L.33) e ...explica Priscila Araújo... (L.40) são marcadas por um sujeito posposto.
III- O período ...é possível livrar a inveja do estigma de vilã... (L.37) pode ser reescrito, sem prejuízo de sentido, por ...é possível que se livre a inveja do estigma de vilã.
IV- O uso predominante das aspas, no texto, serve para destacar o posicionamento de especialistas no assunto em discussão.
I- Há, no texto, dois pontos de vista antagônicos. Um que afirma ser a inveja um sentimento negativo e, como tal, gerador de competitividade e cobiça. Outro que alega ser a inveja um sentimento positivo, desde que não prejudique ninguém e que sirva para o crescimento pessoal. Patrícia Affonso, com base em Cida Medeiros e Priscila Araújo, defende o primeiro em detrimento do segundo.
II- A autora do texto afirma que a inveja é parte inerente de todo ser humano. Sendo assim, podemos inferir, a partir de considerações da própria autora, que a “inveja boa” deve ser desenvolvida, ao passo que a “inveja má” tem de ser repelida.
III- Segundo o texto, é uma unanimidade acreditar que, se soubermos dosar, a inveja pode vir a se tornar uma ferramenta para o crescimento, uma vez que ela é estímulo para se buscar aquilo que desejamos ter ou ser.
IV- Inveja boa e inveja criativa, no texto, são expressões sinônimas. Assim, a inveja boa (ou inveja criativa) serve para dar início a uma série de atitudes benéficas. Ela é como o combustível que nos faz ir atrás de nossos objetivos, desde que não prejudique outras pessoas.
TEXTO II
Desculpe, querida, mas eu tenho a impressão de que você quer casar comigo só porque eu herdei uma fortuna do meu tio. – Imagina, meu bem! Eu me casaria com você mesmo que tivesse herdado a fortuna de outro parente qualquer!
(Sírio Possenti. In: Humores da língua. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1998, p.31)
No texto II, a partir da fala da mulher, o leitor pode ser levado a deduzir que ela quer se casar, não por interesse, mas por amor. Essa dedução, no entanto, é desconstruída quando
TEXTO III
O filhinho diz à mãe que chegou de viagem:
- Eu dormiu com o papai ontem.
A empregada o corrige:
- Eu dormi com o papai.
O menino responde:
- Só se foi depois que eu peguei no sono.
(Sírio Possenti. In: Humores da língua. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1998, p. 145)
O texto acima apresenta um duplo efeito de sentido, em conseqüência:
"De repente, vi minha pessoa num brejal, a cem braças do recinto da onça, nadando em minha infância nado de cachorrinho. E na segurança de umas tábuas e paus-de-mangue, fui ancorar a barba, espingarda a salvo para o que desse e viesse. [...] E andava eu nessas minudências, quando vi sair, do atrás de um panelão de formiga, aquele tiro sem pai. A pintada, que não esperava chumbo, pulou em modos de voar de imediato e caiu nos estrebuchos da agonia. Avivei a atenção para descobrir Barbirato e quem apareceu, no encaracolado da fumaça, foi o molecote pegador de papa-capim e caboclinho que vez por outra pernoitava no Sobradinho. Veio fagueiro, espingarda no ombro, sem medir consequência. Soltei do banhado meu grito de aviso:
― Afasta! Afasta!
E em dois pulos larguei a água em hora de correr o moleque na ponta da botina, tarefa de que só abri mão ao ver o desmiolado em distância segura, sem risco de vida. Como arremate, parado junto de uns pés de guriri, ainda esbravejei:
― Sujeito sem tino! Cuida que onça é gato de borralho.
Então, voltando atrás, passei ao ouvido da pintada toda a munição do meu paude-fogo que nem a água do brejo teve força de emperrar. Quebrada a jura por um, quebrada por mil. E, mais alto do que o estrondo do tiro, berrei eu:
― Conheceu, papuda!"
(José Cândido de Carvalho. O coronel e o lobisomem. José Olympio Editora: 41ª ed., p. 60-61)