Questões de Vestibular UEM 2013 para Vestibular - Etapa 1 - Inglês

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Q1362651 Português
Assinale o que for correto em relação ao fragmento de Marília de Dirceu e ao seu autor, Tomás Antonio Gonzaga.

Lira XIV
[...]
Com os anos, Marília, o gosto falta,
E se entorpece o corpo já cansado:
Triste, o velho cordeiro está deitado,
E o leve filho, sempre alegre, salta.
        A mesma formosura
É dote que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
          Mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde, já vêm frias;
E pode enfim mudar-se a nossa estrela.
            Ah! não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças,
             E ao semblante a graça!
(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: Martin Claret, 2009, p.47-48.)
O fragmento de Marília de Dirceu expressa um momento artístico no qual os poetas buscavam a simplicidade na poesia, abolindo as inutilidades, ideia preconizada pelo esquema de pensamento do Arcadismo, denominado inutilia truncat.
Alternativas
Q1362652 Português
Assinale o que for correto em relação ao fragmento de Marília de Dirceu e ao seu autor, Tomás Antonio Gonzaga.

Lira XIV
[...]
Com os anos, Marília, o gosto falta,
E se entorpece o corpo já cansado:
Triste, o velho cordeiro está deitado,
E o leve filho, sempre alegre, salta.
        A mesma formosura
É dote que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
          Mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde, já vêm frias;
E pode enfim mudar-se a nossa estrela.
            Ah! não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças,
             E ao semblante a graça!
(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: Martin Claret, 2009, p.47-48.)
Embora a simplicidade seja uma característica importante do Arcadismo, no fragmento acima transcrito, isso não ocorre, pois o eu poético discute com a amada a brevidade da vida, utilizando-se de recursos que resultam em linguagem mais elaborada, especialmente com emprego de figuras como a antítese, observada nos versos “Rugam-se as faces, o cabelo alveja,/ Mal chega a longa idade”. O processo de composição traduz o tom erótico e sensual do poema.
Alternativas
Q1362653 Português
Assinale o que for correto em relação ao fragmento de Marília de Dirceu e ao seu autor, Tomás Antonio Gonzaga.

Lira XIV
[...]
Com os anos, Marília, o gosto falta,
E se entorpece o corpo já cansado:
Triste, o velho cordeiro está deitado,
E o leve filho, sempre alegre, salta.
        A mesma formosura
É dote que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
          Mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde, já vêm frias;
E pode enfim mudar-se a nossa estrela.
            Ah! não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças,
             E ao semblante a graça!
(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: Martin Claret, 2009, p.47-48.)
Com versos distribuídos com regularidade métrica, em oitavas, rimas abbacded, nas duas estrofes, o fragmento aborda o esquema de pensamento carpe diem, a partir do qual o pastor, ciente da passagem do tempo e da consequente brevidade da vida, convida a amada a aproveitar o momento presente.
Alternativas
Q1362654 Português
Assinale o que for correto em relação ao fragmento de Marília de Dirceu e ao seu autor, Tomás Antonio Gonzaga.

Lira XIV
[...]
Com os anos, Marília, o gosto falta,
E se entorpece o corpo já cansado:
Triste, o velho cordeiro está deitado,
E o leve filho, sempre alegre, salta.
        A mesma formosura
É dote que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
          Mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde, já vêm frias;
E pode enfim mudar-se a nossa estrela.
            Ah! não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças,
             E ao semblante a graça!
(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: Martin Claret, 2009, p.47-48.)
As convenções árcades manifestam-se no fragmento pela evocação do mundo pastoril e pela delegação poética, recurso que consiste em transferir a manifestação do eu a um pastor, homem rústico que encobre o poeta, indivíduo civilizado e distante da vida no campo.
Alternativas
Q1362655 Português
Assinale o que for correto em relação ao fragmento de Marília de Dirceu e ao seu autor, Tomás Antonio Gonzaga.

Lira XIV
[...]
Com os anos, Marília, o gosto falta,
E se entorpece o corpo já cansado:
Triste, o velho cordeiro está deitado,
E o leve filho, sempre alegre, salta.
        A mesma formosura
É dote que só goza a mocidade:
Rugam-se as faces, o cabelo alveja,
          Mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
Que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde, já vêm frias;
E pode enfim mudar-se a nossa estrela.
            Ah! não, minha Marília,
Aproveite-se o tempo, antes que faça
O estrago de roubar ao corpo as forças,
             E ao semblante a graça!
(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: Martin Claret, 2009, p.47-48.)
A leitura do fragmento revela dois momentos na exposição dos sentimentos do eu poético. No primeiro, assume um tom mais racional, equilibrado e expõe, de modo geral, a passagem do tempo; no segundo, há uma exposição maior das emoções do eu poético, observada, principalmente, pelo emprego de interrogações, pela forma verbal em 1.ª pessoa do plural (“havemos”) e pelo uso de pronomes pessoais como “nossa”, em “nossa estrela”, e “minha”, em “minha Marília”, elementos formais que apontam para a representação de sentimentos pessoais.
Alternativas
Q1362656 Português
Assinale o que for correto em relação ao poeta Cláudio Manuel da Costa e ao poema abaixo.

XXVIII
Faz a imaginação de um bem amado,
Que nele se transforme o peito amante;
Daqui vem, que a minha alma delirante
Se não distingue já do meu cuidado.

Nesta doce loucura arrebatado
Anarda cuido ver, bem que distante;
Mas ao passo, que a busco, neste instante
Me vejo no meu mal desenganado.

Pois se Anarda em mim vive, e eu nela vivo,
E por força da ideia me converto
Na bela causa do meu fogo ativo;

Como nas tristes lágrimas, que verto,
Ao querer contrastar seu gênio esquivo,
Tão longe dela estou, e estou tão perto.
(COSTA, Cláudio Manuel da. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2000, p. 57.) 
A primeira estrofe mostra que o eu poético sente como se ele e a amada fossem um só ser. A união entre o eu e a amada expressa a ruptura árcade com o mundo racional e mostra a entrada no universo onírico e surreal, onde a lógica deixa de fazer sentido.
Alternativas
Q1362657 Português
Assinale o que for correto em relação ao poeta Cláudio Manuel da Costa e ao poema abaixo.

XXVIII
Faz a imaginação de um bem amado,
Que nele se transforme o peito amante;
Daqui vem, que a minha alma delirante
Se não distingue já do meu cuidado.

Nesta doce loucura arrebatado
Anarda cuido ver, bem que distante;
Mas ao passo, que a busco, neste instante
Me vejo no meu mal desenganado.

Pois se Anarda em mim vive, e eu nela vivo,
E por força da ideia me converto
Na bela causa do meu fogo ativo;

Como nas tristes lágrimas, que verto,
Ao querer contrastar seu gênio esquivo,
Tão longe dela estou, e estou tão perto.
(COSTA, Cláudio Manuel da. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2000, p. 57.) 
O poema é um soneto, composição textual que tem quatro estrofes e quatorze versos. As rimas apresentam o seguinte esquema: abba/abba/cdc/dcd. A medida rígida do soneto requer o trabalho racional com a linguagem e com a exposição dos sentimentos.
Alternativas
Q1362658 Português
Assinale o que for correto em relação ao poeta Cláudio Manuel da Costa e ao poema abaixo.

XXVIII
Faz a imaginação de um bem amado,
Que nele se transforme o peito amante;
Daqui vem, que a minha alma delirante
Se não distingue já do meu cuidado.

Nesta doce loucura arrebatado
Anarda cuido ver, bem que distante;
Mas ao passo, que a busco, neste instante
Me vejo no meu mal desenganado.

Pois se Anarda em mim vive, e eu nela vivo,
E por força da ideia me converto
Na bela causa do meu fogo ativo;

Como nas tristes lágrimas, que verto,
Ao querer contrastar seu gênio esquivo,
Tão longe dela estou, e estou tão perto.
(COSTA, Cláudio Manuel da. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2000, p. 57.) 
A primeira estrofe é composta por hipérbatos (inversão sintática dos elementos do texto). Em ordem sintática convencional, os dois primeiros versos seriam “A imaginação de um bem amado faz que o peito amante se transforme nele [bem amado]”.
Alternativas
Q1362659 Português
Assinale o que for correto em relação ao poeta Cláudio Manuel da Costa e ao poema abaixo.

XXVIII
Faz a imaginação de um bem amado,
Que nele se transforme o peito amante;
Daqui vem, que a minha alma delirante
Se não distingue já do meu cuidado.

Nesta doce loucura arrebatado
Anarda cuido ver, bem que distante;
Mas ao passo, que a busco, neste instante
Me vejo no meu mal desenganado.

Pois se Anarda em mim vive, e eu nela vivo,
E por força da ideia me converto
Na bela causa do meu fogo ativo;

Como nas tristes lágrimas, que verto,
Ao querer contrastar seu gênio esquivo,
Tão longe dela estou, e estou tão perto.
(COSTA, Cláudio Manuel da. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2000, p. 57.) 
O soneto pertence à fase barroca de Cláudio Manuel da Costa e expressa o conflito interno vivido pelo eu poético, ao mesmo tempo dividido entre o mundo real e o mundo ideal. O verso final expressa os delírios e os exageros sentimentais do Barroco.
Alternativas
Q1362660 Português
Assinale o que for correto em relação ao poeta Cláudio Manuel da Costa e ao poema abaixo.

XXVIII
Faz a imaginação de um bem amado,
Que nele se transforme o peito amante;
Daqui vem, que a minha alma delirante
Se não distingue já do meu cuidado.

Nesta doce loucura arrebatado
Anarda cuido ver, bem que distante;
Mas ao passo, que a busco, neste instante
Me vejo no meu mal desenganado.

Pois se Anarda em mim vive, e eu nela vivo,
E por força da ideia me converto
Na bela causa do meu fogo ativo;

Como nas tristes lágrimas, que verto,
Ao querer contrastar seu gênio esquivo,
Tão longe dela estou, e estou tão perto.
(COSTA, Cláudio Manuel da. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2000, p. 57.) 
O sofrimento por amor é marca dos poemas de Cláudio Manuel da Costa. Há sempre um eu poético descrente na possibilidade de ser feliz no mundo físico e que busca se livrar do conflito por meio da evasão para dentro de si mesmo (como é o caso do poema) e por meio da volta à infância, época em que não há conflitos internos.
Alternativas
Respostas
21: C
22: E
23: C
24: C
25: C
26: E
27: C
28: C
29: E
30: E