Em março de 2012, o corredor sul-africano Oscar
Pistorius passou pela linha de chegada em uma
pista de atletismo em Pretória com um tempo que o
qualificou com folga para as Olimpíadas de Londres.
Para se mover em tamanha velocidade, Pistorius
usa uma novidade da ciência protética: pedaços
de fibra de carbono moldadas no formato de um
J, conhecidos como Flex-Foot Cheetah (pés
flexíveis de Cheetah).
A impressão é de que estamos vivendo em uma
época em que novos limites para a evolução
humana estão sendo criados pela tecnologia.
Apesar dos avanços na matéria-prima e no design,
o Flex-Foot Cheetah não imita com fidelidade o
movimento de sua contraparte de carne e osso.
Muito mais próximo disso está a i-Limb, mão
biônica desenvolvida pela Touch Bionics, em
Livingston, na Escócia.
A i-Limb dispõe de cinco dedos — incluindo um
polegar opositor funcional — e cada um deles é
acionado individualmente. Os dedos são capazes
de exercer todo tipo de atividade diária, como
segurar uma maleta, virar uma chave, pegar uma
moeda ou teclar no computador.
A i-Limb responde ainda ao nível do sinal no
músculo. Se o usuário pensa em apertar mais
rápido e mais forte, a mão biônica responde de
acordo.
Pesquisadores também desenvolveram
músculos artificiais a partir de tubos de carbono
incrivelmente finos, chamados nanotubos. Eles
imitam em forma e função dos equivalentes
biológicos, mas com uma performance cem vezes
melhor. (CHIPPERFIELD, 2012, p. 36-41).