Questões de Vestibular UNIOESTE 2016 para Vestibular - Tarde
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Sobre a regionalização do espaço mundial, analise as afirmativas a seguir e atribua V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) Com o auge da globalização, qualquer região deve ser estudada como uma unidade homogênea, que não possui diversidades internas, nem relação com outros espaços.
( ) O continente americano, do ponto de vista socioeconômico, divide-se em América Anglo-Saxônica, que reúne os dois únicos países desenvolvidos do continente, e América Latina, detentora de um grande número de países marcados pela homogeneidade no que diz respeito à sua inserção econômica no mundo.
( ) O espaço geográfico mundial no período da Guerra Fria (1945-1991) estava regionalizado em blocos de acordo com as condições socioeconômicas dos países integrantes e o sistema adotado por influência das superpotências. Desse modo, o mundo estava regionalizado em Primeiro Mundo, Segundo Mundo e Terceiro Mundo.
( ) No período atual, uma das maneiras de se regionalizar o Planeta é em Norte (desenvolvido) e Sul (subdesenvolvido) e também em blocos econômicos regionais.
( ) Durante o Imperialismo (1845 - 1945), a regionalização do espaço mundial agrupava os países de acordo com sua capacidade econômica e a influência política e militar que exerciam no cenário mundial. Assim, o mundo estava regionalizado em Países Centrais e Países Periféricos.
A partir da análise acima, assinale a sequência CORRETA.
“O estudo da agricultura brasileira deve ser feito no bojo da compreensão dos processos de desenvolvimento do modo capitalista de produção do território brasileiro. [...]. Esse processo deve ser entendido também no interior da economia capitalista atualmente internacionalizada, que produz e se reproduz em diferentes lugares do mundo, criando processos e relações de interdependência entre Estados, nações e sobretudo empresas” (OLIVEIRA, A. U. de. Agricultura brasileira: transformações recentes. In__: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2003, p. 467-534).
Considere a informação acima e assinale a alternativa INCORRETA.
O geógrafo Aziz Ab’Saber classificou as diferentes paisagens do território brasileiro em domínios morfoclimáticos. Cada domínio apresenta paisagens e características que são reflexos de peculiaridades em relação ao clima, ao solo, à estrutura geológica e à vegetação, como descritas abaixo:
I - O domínio paisagístico com formas de relevo conhecidas como ‘meias-laranjas’, cuja base geológica é constituída de rochas sedimentares de idades recentes, é denominado de domínio de Mares de Morros.
II - O conhecimento de cada domínio morfoclimático é importante não somente pela caracterização geográfica da área, mas também para melhor gestão e planejamento de uso e ocupação da terra, considerando suas particularidades e potencialidades.
III - Setores do relevo mamelonizado, recobertos pela Mata Atlântica, aparecem desde a Zona da Mata nordestina até as regiões cristalinas granítico-gnáissicas da região costeira de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
IV – A Amazônia pode ser destacada pela continuidade florestal e pela grandeza da sua rede hidrográfica. Trata-se de um imenso domínio de terras baixas florestadas, de alta amplitude térmica anual e ausência de estações secas.
V - No domínio das Caatingas predomina a escassez de precipitações, que dura de seis a sete meses nos sertões. Essas características são sentidas pela população local e estendem-se à economia regional, mas são amenizadas pela perenidade dos rios e pela presença contínua de água nos solos.
Sobre os domínios morfoclimáticos propostos por Aziz Ab’Saber, assinale a alternativa CORRETA.
Econômicas, sociais, militares, sanitárias, ambientais, políticas, religiosas, as razões que levam as pessoas a deixar seu país de origem são numerosas. Migrante legal ou ilegal, refugiado ou requerente de asilo, essas mobilidades humanas, independente da forma que elas tomam e do status jurídico que elas dão lugar, desenham hoje um mundo em movimento onde as fronteiras se distendem e perdem uma parte de sua função. Mas, a mobilidade humana tem gerado preocupações e amplos debates políticos, econômicos e religiosos. Nas últimas décadas, uma das respostas aos problemas colocados pelos movimentos migratórios tem sido a construção de muros fronteiriços.
Sobre a construção de tais muros, assinale a alternativa INCORRETA.
Em decisão histórica, com potencial de mudar o rumo da geopolítica mundial pelas próximas décadas, os britânicos decidiram, em referendo, em 23 de junho de 2016, deixar a União Europeia (UE). Analise as afirmativas a seguir e atribua V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A União Europeia teve origem na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e na Comunidade Econômica Europeia (CEE), sendo o Reino Unido um dos seis países fundadores destas entidades.
( ) A vitória do BREXIT - saída do Reino Unido da União Europeia – não determina imediata desvinculação do bloco. Sua efetivação depende de negociações entre as duas partes.
( ) O Reino Unido integra o espaço econômico do € euro e aderiu a esta moeda desde o início de circulação da mesma em 2002.
( ) Os resultados do referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia não põem em causa a coesão do Reino Unido, já que tanto a Escócia como a Irlanda do Norte votaram contra a permanência da Europa.
( ) O Reino Unido não integra o espaço Schengen - área de livre circulação.
Assim, de acordo com as alternativas acima, assinale a sequência CORRETA.
Tomando como base a citação abaixo, assinale a alternativa CORRETA.
“A história escrita do mundo é, em larga medida, uma história de guerras, porque os Estados em que vivemos nasceram de conquistas, guerras civis ou lutas pela independência. Ademais, os grandes estadistas da história escrita foram, em geral, homens de violência, pois ainda que não fossem guerreiros – e muitos o foram –, compreendiam o uso da violência e não hesitavam em colocá-la em prática para seus fins”. KEEGAN, John Uma História da Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 399
Analise as indicações abaixo:
I - Censura e controle
“O samba O Bonde de São Januário, de autoria de Wilson Batista composta em 1940 e interpretado por Ataúfo Alves, foi censurado pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). Esse órgão, criado pelo governo de Getúlio Vargas durante o Estado Novo, exercia de forma severa a censura sobre os jornais, as revistas, o teatro, o cinema, a literatura, o rádio e as demais manifestações culturais. A letra original dizia: “O bonde de São Januário/leva mais um sócio otário/só eu não vou trabalhar”.”
Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23459
O Bonde de São Januário
Quem trabalha é quem tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O Bonde de São Januário leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar
Antigamente eu não tinha juízo
Mas hoje eu penso melhor no futuro
Graças a Deus sou feliz vivo muito bem
A boemia não dá camisa a ninguém
Passe bem!
Composição: Wilson Batista
II - Expectativa de apoio estatal nas disputas de terra
“Deste Norte do Paraná, que já parecera o eldorado para milhares de brasileiros que para lá se deslocavam, chega a carta de José Arruda de Oliveira. A carta não serve apenas para pedir, mas também contar sua vida: “Trabalhei na Bahia em cinqüenta e cinco tarefas de cacau, mas só recebi mil cruzeiros por pé. Tenho sofrido muito na unha dos tubarões. Eu não queria trabalhar mais para os tubarões”. Tubarão, na linguagem da época, era o explorador que não plantava, mas colhia o resultado de seu plantio. Arruda continuava: “Formei quatro alqueire de café, e tenho uma posse. Mas agora homem da companhia agrícola de Catanduva diz que a terra é deles. Eu agaranto que é mata do Estado”. Ser mata do Estado abria para Arruda a esperança de que pudesse ficar em paz: “eu assisti o seu comício em Londrina e fiquei muito satisfeito. Eu queria muito conversar com o senhor pra contar o que acontece aqui no Paraná.”.”
RIBEIRO, Vanderlei V. Cartas da roça ao presidente: os camponeses ante Vargas e Perón. Revista de História Comparada, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 9, 2007.
Leia atentamente o que segue abaixo:
“A maneira indireta de neutralizar a capital e as forças que nela se agitavam era fortalecer os estados, pacificando e cooptando suas oligarquias. Era reunir as oligarquias em torno de um arranjo que garantisse seu domínio local e sua participação no poder nacional de acordo com o cacife político de cada um [...]. Se os partidos não funcionavam como instrumentos de governo, se se dividiam em facções, se ficavam presos a caudilhos, a solução, para Campos Salles, era formar então um grande partido de governo com sustentação nas oligarquias estaduais [...]. O resumo é perfeito: governar o País por cima do tumulto das multidões agitadas da capital. O Rio podia ser caixa de ressonância, mas não ter força política própria porque uma população urbana mobilizada politicamente, socialmente heterogênea, indisciplinada, dividida por conflitos internos não podia dar sustentação a um governo que tivesse de representar as forças dominantes do Brasil agrário [...].”
CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 32-33.
O trecho refere-se a um dos momentos turbulentos e críticos da República brasileira: crises econômicas e financeiras, disputas políticas entre as oligarquias regionais, militares no poder com Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, a Revolta da Armada (1893), graves problemas sociais e urbanos nas cidades, como o Rio de Janeiro (Capital Federal), mas, também, as tensões no campo – basta citar a emblemática e sangrenta história de Canudos (1895-1897) – e a chegada dos civis ao poder, a contar de Prudente de Morais em 1894. Um contexto histórico, enfim, marcado por uma crise aguda de legitimidade institucional do regime republicano desde a sua implantação em 1889. Como sair da crise? O contexto e a questão não parecem soar estranhos aos nossos ouvidos, posto que a solução buscada pelo presidente Campos Salles (1898-1902) confunde-se, sem negar as especificidades de cada período histórico, com medidas autoritárias e conservadoras de nossos governantes.
Tomando-se por base a referência ao texto de José Murilo de Carvalho e a análise acima, assinale a alternativa CORRETA.
Tendo como referência a reflexão abaixo, assinale a alternativa INCORRETA.
“A história da filosofia é a história dos problemas filosóficos, das teorias filosóficas e das argumentações filosóficas [...]. A história da filosofia ocidental é a história das ideias que informaram, ou seja, que deram forma à história do Ocidente. É um patrimônio para não ser dissipado, uma riqueza que não se deve perder”.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003, p. 3.
Baseando-se nos textos e no comentário apresentados a seguir, assinale a alternativa INCORRETA.
“Hitler considerava que a propaganda sempre deveria ser popular, dirigida às massas, desenvolvida de modo a levar em conta um nível de compreensão dos mais baixos. 'As grandes massas', dizia ele, 'têm uma capacidade de recepção muito limitada, uma inteligência modesta, uma memória fraca'. Por isso mesmo, a propaganda deveria restringir-se a pouquíssimos pontos, repetidos incessantemente […]. Tudo interessa no jogo da propaganda: mentiras, calúnias; para mentir, que seja grande a mentira, pois assim sendo, 'nem passará pela cabeça das pessoas ser possível arquitetar uma tão profunda falsificação da verdade.”
LENHARO, Alcir. Nazismo: “o triunfo da vontade”. 6ª. ed., São Paulo: Ática, 1998, p. 47-48.
“Eu vivo em tempos sombrios.
Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,
Uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ainda ri é porque ainda não recebeu a terrível notícia.
Que tempos são esses,
Quando falar sobre flores é quase um crime,
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça? [...]”.
Trecho de “Aos que virão depois de nós”, de Bertolt Brecht, 193?.
Leia as indicações abaixo sobre as questões indígenas no Brasil:
I
“Logo que cheguei à província do Paraná, de que fui presidente pouco mais de sete mezes, de 28 de setembro de 1885 a 4 de maio de 1886, tive que me avir com os chamados índios de Guarapuava. Vagava pelas ruas de Curityba uma turma semi-nua dessa gente, reclamando ferramentas, roupas, dinheiro, etc., e lamentandose de haverem sido maltratados por brasileiros e despojados de terras que lhe pertenciam”.
TAUNAY, Visconde de. Entre os Nossos Índios. São Paulo: Melhoramentos. 1931, p. 84.
II
“A antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, argumenta que: essas reservas superlotadas, cujos recursos naturais não permitem um modo de vida tradicional, são focos permanentes de conflitos, suicídios e miséria. Contrastam tristemente com as aldeias Kaiowá, as tekoha, cujo nome literalmente significa “o lugar onde vivemos segundo nossas regras morais” (Folha de S. Paulo, 19 de novembro de 2014). [...]
Na década de 1970, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Rio Paraná, cobriu aproximadamente 60 aldeias Guarani em ambas as margens (do lado do Brasil e do Paraguai). Reconhecendo parcialmente sua responsabilidade, o empreendimento binacional devolveu aos Guarani menos de 1% das terras indígenas que foram alagadas. Essas comunidades seguem sem terra, sem o reconhecimento concreto de seus direitos e sem qualquer tipo de reparação. [...]
Apenas 34% dos recursos destinados a ações, como a de demarcação dos territórios indígenas, foram liquidados até 2014”.
RANGEL, Lúcia H. (Coord.). Violência contra os povos indígenas. Relatório. Dados de 2014. Brasília:
CIMI, 2015, p.18; 21, 36)
Sobre as cidades ao longo da História, assinale a alternativa INCORRETA.
"Uma vertente importante do pensamento sobre a cidade e o urbanismo está hoje ancorada na história. Isto vale não só para o Brasil, mas para muitos outros países. Diversas são as formas que tomam esse renovado interesse pela história: de um lado, mais pragmático, comparecem a valorização do patrimônio histórico – quase sempre de olho nas perspectivas oferecidas pelo desenvolvimento turístico – e a criação de novos espaços, consistente ou banal, inspirada em formas urbanas tradicionais; de outro, o enorme desenvolvimento de pesquisas que buscam conhecer a história de nossas cidades, os processos de sua transformação no tempo, os projetos realizados e não realizados, os protagonistas que ajudaram a dar-lhes uma nova forma e um novo sentido, as inflexões da constituição do urbanismo enquanto disciplina reflexiva e propositiva sobre a cidade".
FERNANDES, Ana; GOMES, Marcos Aurélio A. História da cidade e do urbanismo no Brasil: reflexões sobre a produção recente. Ciência e Cultura. São Paulo, v. 56, n. 2, p. 01, 2004.
A tabela a seguir apresenta o número de casos notificados ou prováveis de dengue, chikungunya e Zika vírus, registrados nos estados do Sul do Brasil até a semana 23 do ano de 2016, conforme boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
Estado Dengue Zika Chikungunya
Paraná 71114 1935 1459
Santa Catarina 5344 360 324
Rio Grande do Sul 3961 97 233
Escolheu-se aleatoriamente um paciente do Sul do Brasil registrado como um caso (notificado ou
provável) de uma dessas doenças. Com relação ao paciente supracitado, de acordo com a tabela acima,
assinale a afirmação que é INCORRETA.
Sobre o sistema de equações lineares é CORRETO afirmar que
A função definida por ƒ(x) = a(x − 1)2 + b(x − 1) + c, onde a, b e c são constantes reais, representa quanto José tinha em sua carteira ao final de cada um dos últimos 31 dias. Assim, x é um número natural tal que 1 ≤ x ≤ 31 e ƒ(x) é o valor, em reais, que José tinha em sua carteira no final do dia x. Da mesma forma, a função g(x) = mx + n onde m e n são constantes reais, representa quanto Paulo tinha em sua carteira ao final de cada um dos últimos 31 dias. Sabe-se que no final do:
• primeiro dia, José e Paulo não tinham dinheiro em suas carteiras.
• segundo dia, Paulo tinha R$ 7,00.
• dia 16, José tinha R$ 120,00.
• dia 31, José não tinha dinheiro em sua carteira.
Com base nestas informações, é CORRETO afirmar que