Sobre os indígenas no Brasil, é INCORRETO afirmar.
Leia as indicações abaixo sobre as questões indígenas no Brasil:
I
“Logo que cheguei à província do Paraná, de que fui presidente pouco mais de sete mezes, de 28 de setembro de 1885 a 4 de maio de 1886, tive que me avir com os chamados índios de Guarapuava. Vagava pelas ruas de Curityba uma turma semi-nua dessa gente, reclamando ferramentas, roupas, dinheiro, etc., e lamentandose de haverem sido maltratados por brasileiros e despojados de terras que lhe pertenciam”.
TAUNAY, Visconde de. Entre os Nossos Índios. São Paulo: Melhoramentos. 1931, p. 84.
II
“A antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, argumenta que: essas reservas superlotadas, cujos recursos naturais não permitem um modo de vida tradicional, são focos permanentes de conflitos, suicídios e miséria. Contrastam tristemente com as aldeias Kaiowá, as tekoha, cujo nome literalmente significa “o lugar onde vivemos segundo nossas regras morais” (Folha de S. Paulo, 19 de novembro de 2014). [...]
Na década de 1970, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Rio Paraná, cobriu aproximadamente 60 aldeias Guarani em ambas as margens (do lado do Brasil e do Paraguai). Reconhecendo parcialmente sua responsabilidade, o empreendimento binacional devolveu aos Guarani menos de 1% das terras indígenas que foram alagadas. Essas comunidades seguem sem terra, sem o reconhecimento concreto de seus direitos e sem qualquer tipo de reparação. [...]
Apenas 34% dos recursos destinados a ações, como a de demarcação dos territórios indígenas, foram liquidados até 2014”.
RANGEL, Lúcia H. (Coord.). Violência contra os povos indígenas. Relatório. Dados de 2014. Brasília:
CIMI, 2015, p.18; 21, 36)