Questões de Vestibular UNESP 2021 para Vestibular - Conhecimentos Gerais - Área de Exatas e Humanas
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Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos se viram numa situação privilegiada, como a mais forte, coesa e próspera economia mundial. O governo americano coordenou um vasto plano de apoio para recuperar as economias capitalistas da Europa Ocidental, já no contexto da Guerra Fria. As agitações revolucionárias na Ásia, África e América Latina forçariam desdobramentos dos investimentos americanos também para essas áreas.
O resultado desse conjunto de medidas foi um crescimento econômico sem precedentes das economias industriais. Entre 1953 e 1975 a taxa de produção industrial cresceu na escala extraordinária de seis por cento ao ano. O crescimento da riqueza foi de cerca de quatro por cento per capita em todo esse período. Mesmo com a crise do petróleo, que atingiu e abateu os mercados entre 1973 e 1980, o crescimento continuou, embora reduzido a cerca de dois e meio por cento ao ano, o que ainda era uma escala notável.
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa, 2001. Adaptado.)
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos se viram numa situação privilegiada, como a mais forte, coesa e próspera economia mundial. O governo americano coordenou um vasto plano de apoio para recuperar as economias capitalistas da Europa Ocidental, já no contexto da Guerra Fria. As agitações revolucionárias na Ásia, África e América Latina forçariam desdobramentos dos investimentos americanos também para essas áreas.
O resultado desse conjunto de medidas foi um crescimento econômico sem precedentes das economias industriais. Entre 1953 e 1975 a taxa de produção industrial cresceu na escala extraordinária de seis por cento ao ano. O crescimento da riqueza foi de cerca de quatro por cento per capita em todo esse período. Mesmo com a crise do petróleo, que atingiu e abateu os mercados entre 1973 e 1980, o crescimento continuou, embora reduzido a cerca de dois e meio por cento ao ano, o que ainda era uma escala notável.
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa, 2001. Adaptado.)
Quinta-feira, 14 de novembro de 1991
Para checheno, russos impõem “terror real”
O presidente da Checheno-Ingushia (Cáucaso, sul da Rússia) declarou ontem que a Rússia prepara uma campanha desestabilizadora contra seu país. O Parlamento russo exigiu uma “solução pacífica” e o envio de um grupo de deputados para a negociação.
Segunda-feira, 18 de novembro de 1991
Sérvios derrotam croatas em Vukovar
Croácia admite a perda da cidade para o Exército iugoslavo,
que a sitiava há 86 dias
A Croácia admitiu ter perdido militarmente para o Exército iugoslavo a cidade sitiada de Vukovar. A queda de Vukovar é uma das piores derrotas sofridas pela Croácia.
Segunda-feira, 16 de maio de 1994
Combate se intensifica na Bósnia
Sérvios e muçulmanos ignoram apelo internacional por diálogo;
denunciadas novas atrocidades
Tropas muçulmanas e sérvias intensificaram os combates na região de Tuzla, nordeste da Bósnia, ameaçando jogar por terra o esforço por novas conversações de paz. Os novos combates indicam que sérvios e muçulmanos não estão dispostos a aceitar os apelos internacionais por novas conversações.
(https://acervo.folha.com.br. Adaptado.)
Para a maioria dos brasileiros, a divisão regional utilizada atualmente parece sempre ter existido porque serve de base, há décadas, para a regionalização de todas as agências governamentais, empresas, associações profissionais etc. Se existem semelhanças evidentes, como em outros países do mundo, há também casos-limite e vinculações ambíguas. Isso ocorre não apenas em razão do tamanho dos estados como também porque reúnem regiões que apresentam caracteres que as aproximam mais do conjunto vizinho que do resto de seu território.
(Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello-Théry. Atlas do Brasil, 2018.)
Caracteriza um exemplo de “caso-limite”, tal como problematizado pelos autores,
Analise o mapa.
Casos confirmados de covid-19 por município no estado
de São Paulo no dia 7 de abril de 2020
De acordo com as informações do mapa, a dispersão da
covid-19 no estado de São Paulo acompanhou
Até fins da década de 1980, a industrialização brasileira estava baseada em uma política de importações sustentada por tarifas aduaneiras elevadas, controles discricionários, entre outros. Essa política viabilizou um parque industrial relativamente amplo e diversificado, mas acomodado ao protecionismo exagerado. Em 1990, o governo anunciou medidas que alteravam profundamente a condução da política de comércio exterior do país. Simultaneamente a uma flexibilização do regime cambial, foi deslanchado um programa de liberalização das importações. A nova política de importação buscava promover uma reestruturação produtiva.
(Honorio Kume et al. “A política brasileira de importação no período 1987-1998”. In: Carlos Henrique Corseuil e Honorio Kume (coords.). A abertura comercial brasileira nos anos 1990, 2003. Adaptado.)
O programa de liberalização das importações adotado no Brasil a partir da década de 1990 teve como consequências
A agricultura 4.0 é a conexão em tempo real dos dados coletados pelas tecnologias digitais com o objetivo de otimizar a produção em todas as suas etapas. Representará a chegada da Internet das Coisas ao campo. “No futuro, a agricultura será autonômica, independente. Os equipamentos conectados, com apoio de inteligência artificial e aprendizado de máquina, irão analisar os dados da cadeia produtiva e tomar as decisões. Caberá ao agricultor acompanhar, monitorar e endossar os processos em curso”, diz Fernando Martins, conselheiro de empresas de tecnologia voltadas ao agronegócio.
(Domingos Zaparolli. “Agricultura 4.0”. Pesquisa Fapesp, janeiro de 2020.)
Caso se concretize no cenário brasileiro, a agricultura 4.0 tem potencial para promover
(Adriano Figueiró. Biogeografia, 2015.)
A distribuição do gênero Tapirus no tempo e no espaço indica
que
Efeitos de erupções vulcânicas na atmosfera
(César Soares e Josélia Pegorim.
www.climatempo.com.br, 11.04.2020. Adaptado.)
São consequências do fenômeno apresentado no esquema:
Examine o infográfico.
(Claudio Jacinto. https://ipoema.org.br. Adaptado.)
O infográfico apresenta orientações para a concepção de
Oferta interna de energia, Brasil, 1940-2012
(Empresa de Pesquisa Energética (Brasil).
Balanço energético nacional 2013, 2013. Adaptado.)
Considerando as características da matriz energética brasileira, no gráfico,
Examine a imagem.
(Paulo Roberto Fitz. Cartografia básica, 2008. Adaptado.)
As coordenadas geográficas do ponto X, no sistema sexagesimal, são, aproximadamente,
Locke […] admite, a título de direito natural, o direito de propriedade fundado sobre o trabalho e limitado, por consequência, à extensão de terra que um homem pode cultivar, e o poder paterno, sendo a família instituição natural e não política. […] O pacto social não cria nenhum direito novo. É um acordo entre indivíduos que se reúnem para empregar a força coletiva no sentido de executar as leis naturais, renunciando a executá-las por sua própria força.
(Émile Bréhier. História da filosofia, 1979.)
O excerto apresenta um aspecto da teoria política de Locke, que estabelece
E se esse tal futuro
for pior do que o presente
E se for melhor parar
do que caminhar pra frente
E se o amor for dor
E se todo sonhador
não passar de um pobre louco
E se eu desanimar,
Se eu parar de sonhar
queda a queda, pouco a pouco.
(Bráulio Bessa. “Se”. In: Poesia que transforma, 2018.)
A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar que o ensinamento sofístico limita-se a uma mera técnica ou habilidade argumentativa que visa a convencer o oponente daquilo que se diz, mas não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência disso era que, devido à influência dos sofistas, as decisões políticas na Assembleia estavam sendo tomadas não com base em um saber, ou na posição dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.)
De acordo com o texto, a crítica socrática aos sofistas dizia respeito
É relativamente consensual que uma era biotecnológica se aproxima. Em um futuro cenário de desenvolvimento biotecnológico, que será instaurado com o progresso tecnológico no século XXI, alterar-se-á um dos mais tradicionais dilemas da moralidade. Em vez de enfrentarmos a questão de que atitudes e deveres morais temos para com os seres compreendidos atualmente como animais não humanos (por exemplo, gato, cachorro, cavalo etc.), a questão será que obrigações teremos com outro tipo de não humano, isto é, os chamados pós-humanos. A pós-humanidade seria alcançada por meio da aplicação de técnicas de manipulação, instrumentalização e artificialização da vida, do patrimônio biológico do humano. O humano, por iniciativa própria e com vistas ao melhoramento da sua natureza, deixaria de ser humano.
(Murilo Mariano Vilaça e Maria Clara Marques Dias. “Transumanismo e o futuro (pós-)humano”. Physis – Revista de Saúde Coletiva, 2014. Adaptado.)
Ao tratar de aspectos da bioética, o texto propõe uma reflexão sobre
Pode acontecer que, para a educação do verdadeiro filósofo, seja preciso que ele percorra todas as gradações nas quais os “trabalhadores da filosofia” estão instalados e devem permanecer firmes: ele deve ter sido crítico, cético, dogmático e histórico e, ademais, poeta, viajante, moralista e vidente e “espírito livre”, tudo enfim para poder percorrer o círculo dos valores humanos, dos sentimentos de valor, e poder lançar um olhar de múltiplos olhos e múltiplas consciências, da mais sublime altitude aos abismos, dos baixios para o alto. Mas tudo isso é apenas uma condição preliminar da sua incumbência. Seu destino exige outra coisa: a criação de valores.
(Friedrich Nietzsche. Além do bem e do mal, 2001. Adaptado.)
No texto, Nietzsche propõe que a formação do filósofo deve
Mas eu me persuadi de que nada existia no mundo, que não havia nenhum céu, nenhuma terra, espíritos alguns, nem corpos alguns; me persuadi também, portanto, de que eu não existia? Certamente não, eu existia, sem dúvida, se é que eu me persuadi ou, apenas, pensei alguma coisa. Mas há algum, não sei qual, enganador mui poderoso e mui ardiloso que emprega toda a sua indústria em enganar-me sempre. Não há pois dúvida alguma de que sou, se ele me engana; e, por mais que me engane, não poderá jamais fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. De sorte que, após ter pensado bastante nisto e de ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, penso, logo sou, é necessariamente verdadeira, todas as vezes que a enuncio […].
(René Descartes. Meditações, 1973.)
Segundo o texto, um dos pontos iniciais do método de Descartes que o levou ao cogito (“penso, logo sou”) foi