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Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UFMT Prova: VUNESP - 2012 - UFMT - Vestibular - Conhecimentos Gerais - 01 |
Q349561 Geografia
A crise econômica, na qual a Europa se encontra, suscita uma série de análises como a que segue:

A crise por que passa a Europa é quase sempre apresentada em termos dos países que ganham ou perdem: quais Estados endividados foram lançados para a periferia, com uma correspondente perda de soberania; e quais os “membros centrais” da UE que, liderados pela Alemanha, mostraram sua força. Mas uma cisão demográfica potencialmente mais perigosa começa a se abrir na União Europeia: é a linha que divide não as nações individualmente, mas sim gerações inteiras. O novo estopim é o espectro do desemprego juvenil, que tem o potencial desestabilizador de colocar os europeus jovens contra os velhos, ou os “ricos” de hoje contra os “pobres” de amanhã. Por toda a Europa, há a sensação inevitável de que as leis demográficas estão se voltando brutalmente contra os jovens.

(Política Externa, março/abril/maio 2012.)

Sobre a crise europeia, é correto afirmar:

Alternativas

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A crise europeia envolve países centrais, com alto grau de desenvolvimento econômico e social. Dentre eles, podem-se citar a Espanha e Portugal. O nível de endividamento público e desemprego nesses países, por exemplo, é bastante elevado. A alternativa (A) está incorreta.

A alternativa (B) está incorreta, pois a Alemanha e a Inglaterra sofreram relativamente pouco com a crise que ainda abala a Europa. A Alemanha é o país mais forte economicamente do bloco, colaborando para ditar regras de austeridade que os países afetados pela crise devem seguir.

A alternativa (C) está correta. Os jovens têm encontrado muita dificuldade para encontrar empregos em países onde a crise é mais grave. Na Espanha, por exemplo, cerca de 50% da população jovem (entre 20 e 30 anos) está desempregada. Ao mesmo tempo, os gastos previdenciários desses países são crescentes, uma vez que a média etária de sua população é cada vez maior. Dessa forma, os países podem enfrentar problemas com a previdência e o sistema de seguridade social, uma vez que menos pessoas colaboram e mais recebem benefícios. Os cortes de gastos na área social costumam ser exigidos por instituições financeiras credoras desses países, mas isso leva a uma piora significativa da condição de vida dos seus habitantes.

A alternativa (D) está incorreta, pois a crise é um problema grave no presente, e não para o futuro. Além disso, não há política para diminuir a natalidade nos países europeus, pois a taxa de natalidade já é naturalmente baixa, o que pode gerar problemas no médio prazo para esses países, que não terão população economicamente ativa suficiente para garantir o bom funcionamento da economia.

A alternativa (E) está incorreta. A princípio, pode-se considerar o desemprego juvenil na Europa conjuntural, uma vez que decorre principalmente da crise econômica que ainda está em vigor. A perspectiva é que esse problema diminua à medida que a economia retomar patamares anteriores ao começo da crise. Entretanto, é errado afirmar que há queda no nível de escolaridade na Noruega, Finlândia e Suécia, uma vez que esses países têm alto nível de escolaridade e índices de desenvolvimento humano em geral, e isso não foi reduzido durante ou por causa da crise.  


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A

C

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