Textos para a questãoTexto I01 Sôbolos rios que vão02 por Babilônia, me achei,03 onde sentado chorei04 as lembranças de Sião05 e quanto nela passei.06 Ali, o rio corrente07 de meus olhos foi manado;08 e, tudo bem comparado,09 Babilônia ao mal presente,10 Sião ao tempo passado.[...]11 Mas ó tu, terra de Glória,12 se eu nunca vi tua essência,13 como me lembras na ausência?14 Não me lembras na memória15 senão na reminiscência.“Sôbolos rios que vão”, Luís de Camões (poeta do Classicismo português) Texto II Aparição, Vergílio Ferreira (escritor português contemporâneo) Observações:Sôbolos = sobre osSião = Jerusalém Considerando a leitura dos dois textos, assinale a alternativa correta. Alternativa A: O texto II é paródia do texto I, traço estilístico que define sua contemporaneidade. Ou Alternativa B: O texto II dessacraliza o sentido da idealidade ao concebê-la como construção humana e não divina, como prova o trecho A Jerusalém é nossa, mas construímo-la tão longe, tão dentro da nossa violenta inquietação (linhas 02 e 03). Ou Alternativa C: Embora escritos em épocas diferentes, I e II convergem num ponto: ambos concebem a cidade de Jerusalém como a pátria dos portugueses, por suas características geográficas e históricas. Ou Alternativa D: O texto II vale-se de linguagem metafórica – hora das raízes e das sombras (linhas 04 e 05) – recurso literário ausente no texto I. Ou Alternativa E: Em II, o narrador critica o descaso da humanidade para com o passado cultural, concebido atualmente como miragem e sombras (linhas 04 e 05).

Considerando a leitura dos dois textos, assinale a alternati...

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Ano: 2010 Banca: Universidade Presbiteriana Mackenzie Órgão: MACKENZIE Prova: Universidade Presbiteriana Mackenzie - 2010 - MACKENZIE - Vestibular |

Q1336269 Português

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Textos para a questão

Texto I

01 Sôbolos rios que vão
02 por Babilônia, me achei,
03 onde sentado chorei
04 as lembranças de Sião
05 e quanto nela passei.

06 Ali, o rio corrente
07 de meus olhos foi manado;
08 e, tudo bem comparado,
09 Babilônia ao mal presente,
10 Sião ao tempo passado.

[...]

11 Mas ó tu, terra de Glória,
12 se eu nunca vi tua essência,
13 como me lembras na ausência?
14 Não me lembras na memória
15 senão na reminiscência.

“Sôbolos rios que vão”, Luís de Camões (poeta do Classicismo português)

Texto II

Aparição, Vergílio Ferreira (escritor português contemporâneo)

Observações:
Sôbolos = sobre os
Sião = Jerusalém

Considerando a leitura dos dois textos, assinale a alternativa correta.

O texto II é paródia do texto I, traço estilístico que define sua contemporaneidade.

O texto II dessacraliza o sentido da idealidade ao concebê-la como construção humana e não divina, como prova o trecho A Jerusalém é nossa, mas construímo-la tão longe, tão dentro da nossa violenta inquietação (linhas 02 e 03).

Embora escritos em épocas diferentes, I e II convergem num ponto: ambos concebem a cidade de Jerusalém como a pátria dos portugueses, por suas características geográficas e históricas.

O texto II vale-se de linguagem metafórica – hora das raízes e das sombras (linhas 04 e 05) – recurso literário ausente no texto I.

Em II, o narrador critica o descaso da humanidade para com o passado cultural, concebido atualmente como miragem e sombras (linhas 04 e 05).

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