Leia o poema de Manoel de Barros extraído do Livro das Igno...
Leia o poema de Manoel de Barros extraído do Livro das Ignorãças (1993):
“Ocupo muito de mim com o meu desconhecer./ Sou um sujeito letrado em dicionários./ Não tenho mais que 100 palavras./ Pelo menos uma vez por dia me vou no Morais ou no Viterbo. -/ A fim de consertar minha ignorãça,/ mas só acrescenta./ Despesas para minha erudição tiro nos almanaques:/ - Ser ou não ser, eis a questão./ Ou na porta dos cemitérios:/ - Lembra que és pó e que ao pó tu voltarás./ Ou no verso das folhinhas:/- Conhece-te a ti mesmo./ Ou na boca do povinho:/ - Coisa que não acaba no mundo é gente besta / e pau seco./ Etc / Etc / Etc / Maior que o infinito é a encomenda.”
Assinale a alternativa correta.