O eu lírico se utiliza do diálogo cerrado com os pastores p...
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Ano: 2010
Banca:
UEM
Órgão:
UEM
Prova:
UEM - 2010 - UEM - Vestibular - Primeiro Semestre - Prova 2- Inglês |
Q1351075
Literatura
Texto associado
Leia o poema e assinale o que for correto.
Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:
Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.
Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:
Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:
Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.
Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:
Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)
O eu lírico se utiliza do diálogo cerrado com os
pastores para revelar seu estado interior, que é de
mágoa e martírio. Ele conclama os pastores para que,
contemplando a paisagem (“monte”, “gado”, “serra”,
“terra”), chorem, com ele, a perda de sua amada.