O conto, que se ocupa da história de um carregador da Estaç...
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Ano: 2010
Banca:
UEM
Órgão:
UEM
Prova:
UEM - 2010 - UEM - Vestibular - Primeiro Semestre - Prova 2- Inglês |
Q1351079
Literatura
Texto associado
Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.
“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”
Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.
“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”
Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.
O conto, que se ocupa da história de um carregador
da Estação da Luz dividido entre o nacionalismo
cego e o inconformismo com a situação do país, é
narrado em terceira pessoa e se utiliza também do
discurso indireto livre. Esse tipo de discurso é uma
estratégia narrativa que permite aproximar a voz do
narrador à voz da personagem, dando a impressão de
que falam a partir de uma mesma perspectiva. É o
que se pode verificar, mais especificamente, na
seguinte sequência da narrativa: “Não era medo, mas
por que que a gente havia de ficar encurralado assim!
É! é pra eles depois poderem cair em cima da gente,
(palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou
sim! desaforo! (palavrão) ...”