“Um, dois, três lampiões, acende e continua” Outros mais a ...

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Q1797639 Português
Leia o poema de Jorge de Lima (1895-1953) para responder à questão. 

O acendedor de lampiões 

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente! 

Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita: —
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!

(Antologia poética: Jorge de Lima, 2014.)
Um, dois, três lampiões, acende e continua” Outros mais a acender imperturbavelmente,” (2a estrofe)
O trecho sublinhado
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O agente das ações expressas por acender e continuar é o acendedor de lampiões.

Dessa forma, ele acende o que? Um, dois, três lampiões (objetos do verbo acender) e depois, ele (o lampião) continua.

Assim, "Um, dois, três lampiões" completam o verbo acender, enquanto "acende" e "continua" fazem referência ao próprio acendedor

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