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Q1263179
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Os textos a seguir são referência para a questão.
Texto 1:
Apenas poucos séculos atrás, a mera ideia de resistir à agricultura, ao invés de estimulá-la, pareceria ininteligível. Como teria
progredido a civilização sem a limpeza das florestas, o cultivo do solo e a conversão da paisagem agreste em terra colonizada pelo
homem? Os reis e grandes proprietários podiam reservar florestas e parques para caça e extração de madeira, mas na Inglaterra
Tudor a preservação artificial dos cumes incultos teria parecido tão absurda como a criação de santuários para pássaros e animais
que não podiam ser comidos ou caçados. A tarefa do homem, nas palavras do Gênesis (I, 28), era “encher a terra e submetê-la”,
derrubar matas, lavrar o solo, eliminar predadores, matar insetos nocivos, arrancar fetos, drenar pântanos. A agricultura estava
para a terra assim como o cozimento para a carne crua. Convertia a natureza em cultura. Terra não cultivada significava homens
incultos. E quando os ingleses seiscentistas mudaram-se para Massachusetts, parte de sua argumentação em defesa da
ocupação dos territórios indígenas foi que aqueles que por si mesmos não submetiam e cultivavam a terra não tinham direito de
impedir que outros o fizessem.
Fetos: plantas da espécie que inclui samambaias e avencas.
(THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural. S. Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 17-18.)
Texto 2:
Antes dos anos 80, o termo biodiversidade não era conhecido. Esse termo, que une as palavras ‘diversidade’ e ‘biológica’, foi
popularizado pelo livro Biodiversidade, de 1988, organizado pelo biólogo norte-americano Edward O. Wilson, um dos pioneiros da
ecologia, a partir dos debates do Fórum Nacional de Biodiversidade, realizado dois anos antes em Washington (Estados Unidos).
O livro foi publicado no Brasil em 1997. No conceito de biodiversidade estão incluídos todos os seres vivos e as relações que
esses organismos têm entre si e com o meio físico, transformando e construindo florestas, lagos e todos os elementos da
paisagem que normalmente chamamos de natureza. Assim, plantas, animais e ecossistemas passaram a ser entendidos como um
complexo integrado, que dá forma e funcionamento à vida no planeta.
A biodiversidade, portanto, não se refere exclusivamente aos organismos em si, mas também ao ambiente criado a partir da
presença deles. É como um jogo de xadrez. De que valem as peças se não forem realizadas boas jogadas? Precisamos
compreender as complexas regras desse jogo, para evitar ou minimizar nossas interferências nefastas. No caso da Amazônia,
precisamos apreender a biodiversidade da região em toda a sua complexidade e dinâmica, entender os efeitos dos processos de
mudança e buscar as melhores soluções para a manutenção dessa diversidade.
(A Amazônia está mudando. Ciência Hoje, jul. 2007, p. 40.)
No Texto 1, o autor: