Uma análise taxonômica dos dados apresentados permite afirmar:
Cientistas encontraram ferramentas primitivas de pedra na África, que remontam 2,6 milhões de anos e evidências de
marcas desses objetos em ossos de animais, que datam de um período ainda mais antigo. Seguramente, hominíneos
primitivos do tipo antigo confeccionaram esses utensílios simples; pequenas lâminas afiadas desbastadas de pedras
do porte de um punho fechado. Apesar de sua anatomia arcaica, os primeiros produtores de ferramentas tinham
avançado além do alcance cognitivo de primatas. Mesmo com treinamento intensivo, primatas modernos são incapazes
de entender como bater um bloco de pedra contra outro para soltar lascas deliberadamente, como fizeram hominíneos
primitivos. Uma das finalidades dessas facas primitivas era descarnar carcaças de mamíferos de pastoreio. Esse
comportamento radicalmente novo implica que a dieta de hominíneos havia se diversificado rapidamente, passando
de essencialmente vegetariana para outras mais baseadas em gorduras e proteínas animais. Essa dieta mais rica
garantiu a rápida expansão posterior do cérebro ávido por energia entre membros do grupo Homo. (TATTERSALL, 2014,
p. 45-49)