O tema das Mudanças Climáticas e/ou Aquecimento Global tem t...

As mudanças climáticas entraram na pauta da política internacional com a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992, a Eco-92. Nessa Conferência, aprovou-se a Convenção do Clima (ou Convenção sobre Mudanças Climáticas Globais), pela qual os países desenvolvidos se comprometeram a congelar, até 2000, suas emissões de gases de efeito estufa registrados em 1990.

As mudanças climáticas tornaram-se um tema geopolítico já que as emissões de gases de efeito estufa de alguns países (desenvolvidos, em sua maioria) podem alterar o sistema climático e desencadear resultados negativos para outros países (subdesenvolvidos, em sua maioria). Tal perspectiva permite uma visão de mundo onde todos os países encontram-se ‘conectados’ por uma atmosfera única.

O Tratado de Quito, firmado em 1997, estabelecia metas de cortes da emissão de gases do efeito estufa para 2012 em 5% das emissões globais registradas em 1990. No entanto, as negociações para a ratificação de tal tratado esbarraram no conflito entre os países desenvolvidos (especialmente EUA) e as grandes economias emergentes, por prever valores diferenciados de redução dos gases de efeito estufa entre esses grupos de países.

Uma das principais provas de que os acordos internacionais firmados para a redução dos gases do efeito estufa têm sido eficientes são os valores percentuais emitidos pelos EUA: 24% do total mundial em 2005 e somente 17,7% em 2010.

Apesar das resistências das grandes economias emergentes, o princípio genérico de que as obrigações devem ser compartilhadas por todos foi aceito na 17a Conferência do Clima (COP-17) em 2011. A COP17 decidiu uma extensão do Protocolo de Quioto até 2017, mas sem participação de Canadá, Austrália, Japão e Rússia.