Segundo dados do DATALUTA (Banco de Dados da Luta pela Terra...

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Ano: 2017 Banca: UNIOESTE Órgão: UNIOESTE Prova: UNIOESTE - 2017 - UNIOESTE - Vestibular - Tarde |
Q1260839 Geografia
Segundo dados do DATALUTA (Banco de Dados da Luta pela Terra), no ano de 2015, havia no Brasil, mais de 38 mil famílias lutando por acesso à terra, organizadas em 21 movimentos sociais. O DATALUTA revela ainda que as áreas ocupadas por latifúndios cresceram 375% nos últimos 30 anos. Já os dados divulgados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) evidenciam que 61 pessoas que estavam lutando pela terra foram assassinadas em 2016. Em 2017, somente nos primeiros cinco meses do ano, 36 pessoas foram assassinadas no campo brasileiro. Em relação à realização da reforma agrária, movimentos e organizações do campo denunciaram que no ano de 2016 nenhuma família foi assentada e nenhuma propriedade que descumpre a função social da terra foi desapropriada para este fim, como determina a Constituição Federal. O relatório “Terrenos da desigualdade: terra, agricultura e desigualdade no Brasil rural”, publicado pela Oxfam (2016), contribui para a compreensão dessas questões. Baseado em dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o relatório evidencia que 4.013 pessoas físicas e jurídicas detentoras de terra possuem dívidas individuais acima de R$ 50 milhões o que somadas chegam a R$ 906 bilhões, uma dívida maior que o PIB de 26 estados, ou da metade do que o Estado brasileiro arrecadou em 2015. As terras pertencentes a esse grupo abrangem mais de 6,5 milhões de hectares, segundo informações cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro Rural. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) estima que com essas terras seria possível assentar 214.827 famílias – considerando o tamanho médio do lote de 30,58 ha/famílias assentadas.
De acordo com a análise do texto e considerando-se a dinâmica da questão agrária brasileira, assinale a afirmação INCORRETA.
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