Tendo como referência os textos precedentes, julgue o item a...
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Ano: 2023
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
UNB
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2023 - UNB - Prova de Conhecimentos II - 1° dia |
Q3111418
Atualidades
Texto associado
A marchinha de carnaval é um gênero de música popular
surgido no Brasil, em 1899 com a canção Ó abre alas, de
Chiquinha Gonzaga, para o desfile de carnaval do Cordão Rosas
de Ouro, do bairro do Andaraí no Rio de Janeiro. Entretanto, as
marchinhas somente ganharam notoriedade vinte anos depois e
mantiveram esse prestígio popular até os anos 1960.
A marchinha de carnaval é um estilo musical originário
das marchas populares portuguesas, que possuíam um compasso
binário típico das marchas militares. Entretanto, as marchinhas de
carnaval são mais aceleradas que as marchas populares
portuguesas, com melodias simples e vivas, e letras picantes,
cheias de duplo sentido.
A partir da década de 1950, o sucesso das marchinhas de
carnaval foi tão grande que muitos artistas do Brasil se
arriscaram a compor marchinhas. Foi o caso de Chico Buarque,
que escreveu A banda para o carnaval de 1966 e Caetano
Veloso, que escreveu A filha da Chiquita Bacana, em 1977, em
homenagem a Carlos Alberto Ferreira Braga, também conhecido
como Braguinha ou João de Barro, que haviam escrito a marcha
Chiquita Bacana, em 1949.
Internet: <https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações).
Uma das marchinhas mais populares de todos os tempos é
a marcha Allah-la-ô, de Haroldo Lobo e Antônio Nássara,
composta para o carnaval de 1941. Sua criação é narrada por
Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello, em A canção no
tempo.
A história de Alláh-lá-ô começou no carnaval de 1940,
quando um bloco do bairro da Gávea cantou nas ruas a marcha
Caravana, de autoria de seu patrono Haroldo Lobo, que tinha
apenas estes versos: Chegou, chegou a nossa caravana / viemos
do deserto / sem pão e sem banana pra comer / o sol estava de
amargar / queimava a nossa cara / fazia a gente suar.
Meses depois, preparando o repertório para o carnaval de
1941, Haroldo pediu a Antônio Nássara para completar a
composição. Achando a ideia (a caravana, o deserto, o calor…)
bem melhor do que os versos, ele logo faria esta segunda parte:
Viemos do Egito / e muitas vezes nós tivemos que rezar / Alá,
Alá, Alá, meu bom Alá / mande água pra Ioiô / mande água pra
Iaiá / Alá, meu bom Alá.
Conta Nássara - em depoimento realizado para o
Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro, em 1983 - que, quando
Haroldo tomou conhecimento dos versos, com a palavra “Alá”
repetida várias vezes, entusiasmou-se: “Mas que palavra você me
arranjou, rapaz!” E ali, na hora, criou o refrão Alá-lá-ô, ô-ô-ô
ô-ô-ô / mas que calor, ô-ô-ô ô-ô-ô’, ponto alto da composição.
Internet: <https://musicaemprosa.com> (com adaptações).
Tendo como referência os textos precedentes, julgue o item a seguir.
A marchinha Allah-la-ô, apesar de ter sido composta na primeira metade do século XX, traz à tona um tema atual, acentuado, ano a ano, devido ao aumento da emissão de carbono e, consequentemente, da deterioração da camada de ozônio da atmosfera terrestre.
A marchinha Allah-la-ô, apesar de ter sido composta na primeira metade do século XX, traz à tona um tema atual, acentuado, ano a ano, devido ao aumento da emissão de carbono e, consequentemente, da deterioração da camada de ozônio da atmosfera terrestre.