Questões de Vestibular Sobre literatura

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Ano: 2015 Banca: UCS Órgão: UCS Prova: UCS - 2015 - UCS - Vestibular - Literatura Brasileira |
Q588463 Literatura
Os trechos abaixo demonstram formas de representar a figura feminina, respectivamente, nas obras São Bernardo, Um terno de pássaros ao Sul e O noviço.

- “A senhora, pelo que mostra e pelas informações que peguei, é sisuda, econômica, sabe onde tem as ventas e pode dar uma boa mãe de família". (RAMOS, 1977. p. 81).

- “A mãe remava/ em tua devastação,// percorria os parágrafos a lápis./ O grafite dela, fino,/ uma agulha cerzindo// a moldura marfim./ Calma e cordata,/ sentava no meio-fio da tinta,// descansando a fogueira/ das folhas e grilos". (CARPINEJAR, 2008, p. 34-35).

- “Exultai, senhoras. Eu me deveria lembrar antes de me casar com duas mulheres, que basta só uma para fazer o homem desgraçado". (PENA, 1987, p. 118).

As três representações apontam para perspectivas norteadas, respectivamente, pelos seguintes aspectos: 

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Ano: 2015 Banca: UCS Órgão: UCS Prova: UCS - 2015 - UCS - Vestibular - Literatura Brasileira |
Q588462 Literatura
Os excertos a seguir são de Cecília Meireles e Carpinejar, respectivamente.

                 “Minhas mãos ainda estão molhadas

                  do azul das ondas entreabertas,

                  e a cor que escorre dos meus dedos

                  colore as areias desertas".

                                                            (MEIRELES, 2000, p. 27).

                  “A matilha dos filhos

                    fareja o sonho inacabado,

                    perseguindo tua lapela castanha,

                    o açúcar do linho,

                    olor de café aquecido".

                                                   (CARPINEJAR, 2008, p. 58-59). 

Em ambas as composições, os versos acima revelam que o sujeito lírico tem do mundo uma percepção 



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Ano: 2015 Banca: UCS Órgão: UCS Prova: UCS - 2015 - UCS - Vestibular - Literatura Brasileira |
Q588461 Literatura
A peça teatral O noviço (1987), de Martins Pena, foi produzida durante o Romantismo Brasileiro. No entanto, o texto aproxima-se do
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Ano: 2015 Banca: UCS Órgão: UCS Prova: UCS - 2015 - UCS - Vestibular - Literatura Brasileira |
Q588459 Literatura
Sobre a obra Um terno de pássaros ao Sul (2008), de Fabricio Carpinejar, é correto afirmar que
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Ano: 2015 Banca: UCS Órgão: UCS Prova: UCS - 2015 - UCS - Vestibular - Literatura Brasileira |
Q588458 Literatura
Leia o fragmento.

     “Estávamos em fins de janeiro. Os paus-d'arco, floridos, salpicavam a mata de pontos amarelos; de manhã a serra cachimbava; o riacho, depois das últimas trovoadas, cantava grosso, bancando rio, e a cascata em que se despenha, antes de entrar no açude, enfeitava-se de espuma". (RAMOS, 1977, p. 86). 

      Embora produzido no contexto da estética modernista, o romance aproxima-se, na citação lida, a outro movimento literário marcado pela valorização e idealização da natureza, qual seja: 


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Ano: 2015 Banca: UCS Órgão: UCS Prova: UCS - 2015 - UCS - Vestibular - Literatura Brasileira |
Q588457 Literatura
Em seu esforço para dar sentido a si mesmo e ao passado, o relato de Paulo Honório, em São Bernardo, ganha nuances psicológicas e aproxima-se ao de outro narrador-protagonista muito famoso na Literatura Brasileira: Bentinho, o Dom Casmurro, criado por Machado de Assis na obra homônima. Os trechos a seguir pertencem aos dois romances, respectivamente, e referem-se à relação matrimonial dos protagonistas.

- “O que eu dizia era simples, direto, e procurava debalde em minha mulher concisão e clareza. Usar aquele vocabulário, vasto, cheio de ciladas, não me seria possível. E se ela tentava empregar a minha linguagem resumida, matuta, as expressões mais inofensivas e concretas eram para mim semelhantes às cobras: faziam voltas, picavam e tinham significação venenosa". (RAMOS, 1977, p. 141). [...] – “O que estragou tudo foi esse ciúme, Paulo". (RAMOS, 1977, p. 147).

- “Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, 'olhos de cigana oblíqua e dissimulada" (ASSIS, 1988, p. 46). – “Pois até os defuntos! Nem os mortos escapam aos seus ciúmes!" (ASSIS, 1988, p. 145).

Assinale e alternativa que melhor descreve o clima que envolve os narradores, em suas relações amorosas, nos romances mencionados. 

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Ano: 2015 Banca: UCS Órgão: UCS Prova: UCS - 2015 - UCS - Vestibular - Literatura Brasileira |
Q588456 Literatura
No romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, a aquisição da fazenda São Bernardo pelo narrador-protagonista, Paulo Honório, ilustra o capitalismo predatório, sistema econômico que prima pelo acúmulo de capital a qualquer custo. A citação que melhor caracteriza esse sistema econômico é:
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Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2015 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q587679 Literatura
Leia um trecho do “Manifesto do Surrealismo", publicado por André Breton em 1924.

      Surrealismo: Automatismo psíquico por meio do qual alguém se propõe a exprimir o funcionamento real do pensamento. Ditado do pensamento, na ausência de controle exercido pela razão, fora de qualquer preocupação estética ou moral.

      O Surrealismo assenta-se na crença da realidade superior de certas formas de associação, negligenciadas até aqui, na onipotência do sonho, no jogo desinteressado do pensamento.

(Apud Gilberto Mendonça Teles. Vanguarda europeia e Modernismo brasileiro, 1992. Adaptado.)

Tendo em vista as considerações de André Breton, assinale a alternativa cujos versos revelam influência do Surrealismo.

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Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2015 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q587675 Literatura

A questão abordam um poema do português Eugênio de Castro (1869-1944).



Verifica-se certa liberdade métrica na construção do poema. Na primeira estrofe, tal liberdade comprova-se pela
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Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2015 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q587674 Literatura

A questão abordam um poema do português Eugênio de Castro (1869-1944).



A musicalidade, as reiterações, as aliterações e a profusão de imagens e metáforas são algumas características formais do poema, que apontam para sua filiação ao movimento
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Ano: 2015 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2015 - PUC-GO - Vestibular - 2º Semestre |
Q584578 Literatura

TEXTO 8

CAPÍTULO IV

      Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias póstumas de Brás Cubas, é aquele mesmo náufrago da existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros no namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.

     Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba, — nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a algumas empresas, que foram a pique. 

      Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo, ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.

      — Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.

      — Grande façanha! Como se você fosse mau!

      A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido; mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?

      — Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que negócio de filosofia...

      — Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

                                                   (ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 2011. p. 23-24.) 

Machado de Assis (Texto 8) realiza sua literatura com a artimanha de um ourives, mas não aquele que faz uma simples obra de arte, um simples artesão. É o criador que inventa novidade, cria uma obra para ser contemplada no sentido filosófico. Por isso, seu texto possui certo hermetismo, pois, parece anunciar, tal como a famosa esfinge de Tebas: “Decifra-me ou devoro-te". Dentro dessa perspectiva, sua narrativa é dissimulada, é uma narrativa da obliquidade, do enredamento de ideias e metáforas que seduz o leitor ao jogar com as imagens, as palavras, a ironia, a polissemia e a sequência do enredo, tornando o discurso narrativo plurissignificativo, variado, múltiplo e indefinido (o que é a loucura? o que é a razão?). Considerando o fragmento selecionado e a totalidade do romance Quincas Borba, assinale a alternativa correta:
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Ano: 2015 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2015 - PUC-GO - Vestibular - 2º Semestre |
Q584575 Literatura

TEXTO 8

CAPÍTULO IV

      Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias póstumas de Brás Cubas, é aquele mesmo náufrago da existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o tens agora em Barbacena. Logo que chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos meios de vida; mas, tão acanhada, que os suspiros no namorado ficavam sem eco. Chamava-se Maria da Piedade. Um irmão dela, que é o presente Rubião, fez todo o possível para casá-los. Piedade resistiu, um pleuris a levou.

     Foi esse trechozinho de romance que ligou os dois homens. Saberia Rubião que o nosso Quincas Borba trazia aquele grãozinho de sandice, que um médico supôs achar-lhe? Seguramente, não; tinha-o por homem esquisito. É, todavia, certo que o grãozinho não se despegou do cérebro de Quincas Borba, — nem antes, nem depois da moléstia que lentamente o comeu. Quincas Borba tivera ali alguns parentes, mortos já agora em 1867; o último foi o tio que o deixou por herdeiro de seus bens. Rubião ficou sendo o único amigo do filósofo. Regia então uma escola de meninos, que fechou para tratar do enfermo. Antes de professor, metera ombros a algumas empresas, que foram a pique. 

      Durou o cargo de enfermeiro mais de cinco meses, perto de seis. Era real o desvelo de Rubião, paciente, risonho, múltiplo, ouvindo as ordens do médico, dando os remédios às horas marcadas, saindo a passeio com o doente, sem esquecer nada, nem o serviço da casa, nem a leitura dos jornais, logo que chegava a mala da Corte ou a de Ouro Preto.

      — Tu és bom, Rubião, suspirava Quincas Borba.

      — Grande façanha! Como se você fosse mau!

      A opinião ostensiva do médico era que a doença do Quincas Borba iria saindo devagar. Um dia, o nosso Rubião, acompanhando o médico até à porta da rua, perguntou-lhe qual era o verdadeiro estado do amigo. Ouviu que estava perdido, completamente perdido; mas, que o fosse animando. Para que tornar-lhe a morte mais aflitiva pela certeza...?

      — Lá isso, não, atalhou Rubião; para ele, morrer é negócio fácil. Nunca leu um livro que ele escreveu, há anos, não sei que negócio de filosofia...

      — Não; mas filosofia é uma coisa, e morrer de verdade é outra; adeus.

                                                   (ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 2011. p. 23-24.) 

Assinale a alternativa correta em relação ao Texto 8, Capítulo IV de Quincas Borba, de Machado de Assis:
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Ano: 2015 Banca: PUC - GO Órgão: PUC-GO Prova: PUC - GO - 2015 - PUC-GO - Vestibular - 2º Semestre |
Q584524 Literatura

TEXTO 1

                                     O mundo do menino impossível

Fim de tarde, boquinha da noite

com as primeiras estrelas e os derradeiros sinos.

Entre as estrelas e lá detrás da igreja,

surge a lua cheia

para chorar com os poetas.

E vão dormir as duas coisas novas desse mundo:

o sol e os meninos.

Mas ainda vela

o menino impossível,

aí do lado,

enquanto todas as crianças mansas

dormem

           acalentadas

por Mãe-negra da Noite.

O menino impossível

que destruiu

os brinquedos perfeitos

que os vovós lhe deram:

o urso de Nurnberg,

o velho barbado jugoslavo,

as poupées de Paris aux

cheveux crêpés,

o carrinho português

feito de folha de flandres a

caixa de música checoslovaca,

o polichinelo italiano

made in England,

o trem de ferro de U. S. A.

e o macaco brasileiro

de Buenos Aires,

moviendo la cola y la cabeza.

 O menino impossível

que destruiu até

os soldados de chumbo de Moscou

e furou os olhos de um Papá Noel,

brinca com sabugos de milho,

caixas vazias,

tacos de pau,

pedrinhas brancas do rio...

“Faz de conta que os sabugos

são bois...”

“Faz de conta...”

“Faz de conta...”

[...]

O menino pousa a testa

e sonha dentro da noite quieta

da lâmpada apagada,

com o mundo maravilhoso

que ele tirou do nada...

[...] 

(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2006. p. 27-30. Adaptado.)

Jorge de Lima, a partir de Poemas (1927), adere ao Modernismo e adota procedimentos estilísticos novos, como o uso do verso livre, sem deixar de manter sua estreita ligação com os clássicos e com a herança portuguesa. Nesse período, amplia sua tendência para valorizar mais o mundo noturno e imaginário, o devaneio, o sonho, como exemplifica o poema “O mundo do menino impossível". Sobre o Texto 1, marque a alternativa correta:
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Q583430 Literatura

      Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia rochonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal-apessoado, e sobretudo era maganão. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos.

                                      Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.

Embora de fato pertençam ao Romantismo, as Memórias de um sargento de milícias não apresentam as características mais típicas e notórias desse movimento. No entanto, analisando-se o trecho aqui reproduzido, verifica-se que nele se apresenta claramente o seguinte traço do Romantismo:
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Q583429 Literatura

      Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia rochonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal-apessoado, e sobretudo era maganão. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos.

                                      Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.

 No excerto, narram-se as circunstâncias em que travaram conhecimento Leonardo (Pataca) e Maria (da hortaliça), a bordo do navio que, procedente de Portugal, iria desembarcá-los no Rio de Janeiro.

Considere as seguintes afirmações referentes ao excerto:  

I A narrativa é isenta de traços idealizantes, seja no que se refere às personagens, seja no que se refere a suas relações amorosas.

II O ângulo de representação privilegiado pelo romancista é o da comicidade e do humor.

III A vivacidade da cena figurada no excerto deve-se à presença de um narrador-personagem, que participa da ação.

Está correto o que se afirma em  


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Q583428 Literatura

                                                       Brasil

                                   O Zé Pereira chegou de caravela

                                   E preguntou pro guarani da mata virgem

                                   — Sois cristão?

                                   — Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte

                                   Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!

                                   Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!

                                   O negro zonzo saído da fornalha

                                   Tomou a palavra e respondeu

                                   — Sim pela graça de Deus

                                  Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!

                                  E fizeram o Carnaval

                                                     Oswald de Andrade, Poesias Reunidas.

Entre as estratégias expressivas de que se vale o poema, só NÃO se encontra a
Alternativas
Q583427 Literatura

                                                       Brasil

                                   O Zé Pereira chegou de caravela

                                   E preguntou pro guarani da mata virgem

                                   — Sois cristão?

                                   — Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte

                                   Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!

                                   Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!

                                   O negro zonzo saído da fornalha

                                   Tomou a palavra e respondeu

                                   — Sim pela graça de Deus

                                  Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!

                                  E fizeram o Carnaval

                                                     Oswald de Andrade, Poesias Reunidas.

Considere as seguintes anotações referentes ao poema de Oswald de Andrade:

I Mistura de registros linguísticos, níveis de linguagem e pessoas verbais incompatíveis entre si.

II Paródia das narrativas que pretendem relatar a fundação do Brasil.

III Glosa humorística do tema habitual das “três raças formadoras" do povo brasileiro.

Contribui para o caráter carnavalizante do poema o que se encontra em  

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Q583426 Literatura

                                                        [4]

                             Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

                             que viva de guardar alheio gado,

                             de tosco trato, de expressões grosseiro,

                             dos frios gelos e dos sóis queimado.

                             Tenho próprio casal(1) e nele assisto(2) ;

                             dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

                             das brancas ovelhinhas tiro o leite,

                             e mais as finas lãs, de que me visto.

                             Graças, Marília bela,

                             graças à minha estrela!

                                             (...)

                                              [5]

                            Tu não verás, Marília, cem cativos

                             tirarem o cascalho e a rica terra,

                             ou dos cercos dos rios caudalosos,

                             ou da minada serra.

                             Não verás separar ao hábil negro

                             do pesado esmeril a grossa areia,

                             e já brilharem os granetes de oiro

                             no fundo da bateia(3) .

                                                        (...)

                             Não verás enrolar negros pacotes

                             das secas folhas do cheiroso fumo;

                             nem espremer entre as dentadas rodas

                             da doce cana o sumo.

                             Verás em cima da espaçosa mesa

                             altos volumes(4)de enredados feitos;

                             ver-me-ás folhear os grandes livros,

                             e decidir os pleitos.

                             Enquanto revolver os meus consultos,

                             tu me farás gostosa companhia,

                             lendo os fastos da sábia, mestra História,

                             e os cantos da poesia.

                                                Tomás A. Gonzaga, Marília de Dirceu.

Glossário:

(1)casal: pequena propriedade rural.

(2)assisto: resido, moro.

(3)bateia: utensílio empregado no garimpo; espécie de gamela.

(4)altos volumes: referência a processos judiciais, pois o poeta era magistrado.  

A configuração que o tema do amor recebe, nos versos do excerto,
Alternativas
Q583425 Literatura

                                                        [4]

                             Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

                             que viva de guardar alheio gado,

                             de tosco trato, de expressões grosseiro,

                             dos frios gelos e dos sóis queimado.

                             Tenho próprio casal(1) e nele assisto(2) ;

                             dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

                             das brancas ovelhinhas tiro o leite,

                             e mais as finas lãs, de que me visto.

                             Graças, Marília bela,

                             graças à minha estrela!

                                             (...)

                                              [5]

                            Tu não verás, Marília, cem cativos

                             tirarem o cascalho e a rica terra,

                             ou dos cercos dos rios caudalosos,

                             ou da minada serra.

                             Não verás separar ao hábil negro

                             do pesado esmeril a grossa areia,

                             e já brilharem os granetes de oiro

                             no fundo da bateia(3) .

                                                        (...)

                             Não verás enrolar negros pacotes

                             das secas folhas do cheiroso fumo;

                             nem espremer entre as dentadas rodas

                             da doce cana o sumo.

                             Verás em cima da espaçosa mesa

                             altos volumes(4)de enredados feitos;

                             ver-me-ás folhear os grandes livros,

                             e decidir os pleitos.

                             Enquanto revolver os meus consultos,

                             tu me farás gostosa companhia,

                             lendo os fastos da sábia, mestra História,

                             e os cantos da poesia.

                                                Tomás A. Gonzaga, Marília de Dirceu.

Glossário:

(1)casal: pequena propriedade rural.

(2)assisto: resido, moro.

(3)bateia: utensílio empregado no garimpo; espécie de gamela.

(4)altos volumes: referência a processos judiciais, pois o poeta era magistrado.  

O excerto contém versos que atestam, de modo enfático, que, no Brasil, o Arcadismo, também chamado de Neoclassicismo,
Alternativas
Q583424 Literatura

                                                        [4]

                             Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

                             que viva de guardar alheio gado,

                             de tosco trato, de expressões grosseiro,

                             dos frios gelos e dos sóis queimado.

                             Tenho próprio casal(1) e nele assisto(2) ;

                             dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

                             das brancas ovelhinhas tiro o leite,

                             e mais as finas lãs, de que me visto.

                             Graças, Marília bela,

                             graças à minha estrela!

                                             (...)

                                              [5]

                            Tu não verás, Marília, cem cativos

                             tirarem o cascalho e a rica terra,

                             ou dos cercos dos rios caudalosos,

                             ou da minada serra.

                             Não verás separar ao hábil negro

                             do pesado esmeril a grossa areia,

                             e já brilharem os granetes de oiro

                             no fundo da bateia(3) .

                                                        (...)

                             Não verás enrolar negros pacotes

                             das secas folhas do cheiroso fumo;

                             nem espremer entre as dentadas rodas

                             da doce cana o sumo.

                             Verás em cima da espaçosa mesa

                             altos volumes(4)de enredados feitos;

                             ver-me-ás folhear os grandes livros,

                             e decidir os pleitos.

                             Enquanto revolver os meus consultos,

                             tu me farás gostosa companhia,

                             lendo os fastos da sábia, mestra História,

                             e os cantos da poesia.

                                                Tomás A. Gonzaga, Marília de Dirceu.

Glossário:

(1)casal: pequena propriedade rural.

(2)assisto: resido, moro.

(3)bateia: utensílio empregado no garimpo; espécie de gamela.

(4)altos volumes: referência a processos judiciais, pois o poeta era magistrado.  

Nesses excertos, Dirceu apresenta a Marília alguns dos argumentos com que pretende convencê-la a desposá- lo, bem como lhe sugere uma imagem de sua vida conjugal futura.

Considerando-se o teor dos argumentos e das imagens aí presentes, pode-se concluir corretamente que  

Alternativas
Respostas
801: D
802: D
803: E
804: C
805: D
806: B
807: C
808: A
809: E
810: D
811: B
812: A
813: C
814: D
815: B
816: E
817: C
818: C
819: B
820: A