Estranha neve: espuma, espuma apenas que o vento espalha, ...

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Q887957 Biologia

Estranha neve:

espuma, espuma apenas

que o vento espalha, bolha em baile no ar,

vinda do Tietê alvoroçado ao abrir de comportas,

espuma de dodecilbenzeno irredutível,

emergindo das águas profanadas do rio-bandeirante, hoje rio-despejo

de mil imundícies do progresso.


ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento).


Nesse poema, o autor faz referência à

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