Considerando-se o contexto, o gênero e o público-alvo, os ar...

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Q1853357 Português
    No ano em que o maior clarinetista que o Brasil conheceu, Abel Ferreira, faria 100 anos, o choro dá mostras de vivacidade. É quase um paradoxo que essa riquíssima manifestação da genuína alma brasileira seja forte o suficiente para driblar a falta de incentivos oficiais, a insensibilidade dos meios de comunicação e a amnésia generalizada. “Ele trazia a alma brasileira derramada em sua sonoridade ímpar. Artur da Távola, seguramente seu maior admirador, foi quem melhor o definiu, ‘alma sertaneja, toque mozarteano’”. O acervo do músico autodidata nascido na mineira Coromandel, autor de 50 músicas, entre as quais Chorando baixinho (1942), que o consagrou, amigo e parceiro de Pixinguinha, com quem gravou Ingênuo (1958), permanece com os herdeiros à espera de compilação adequada. O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro tem a guarda do sax e do clarinete, doados em 1995. Na avaliação de Leonor Bianchi, editora da Revista do Choro, “a música instrumental fica apartada do que é popular porque não vai à sala de concerto. O público em geral tem interesse em samba, pagode e axé”. Ela atribui essa situação à falta de conhecimento e à pouca divulgação do gênero nas escolas.

FERRAZ, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 22 abr. 2015 (adaptado).
Considerando-se o contexto, o gênero e o público-alvo, os argumentos trazidos pela autora do texto buscam
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Essa alternativa é duvidosa, o texto explora as necessidades e por si só, já mostra que o “choro” não é tão relevante assim, caso fosse, não haveria o apelo. Questão de lógica.

Note os 3 pilares que o texto se sustenta:

1°) a estratégia argumentativa

Aqui refere-se ao gênero textual, a forma em que o texto decorre, o uso de determinado verbo, a tipologia textual, uma figura de linguagem, a utilização de um argumento de autoridade, como a avaliação de Leonor Bianchi. Enfim, são inúmeras possibilidades que o texto pode se apresentar.

2°) público-alvo

Já nessa segunda condição é estabelecido para quem o autor direcionará o seu texto. São para músicos? são para a sociedade no geral, como na temática debatida? são para médicos?

3°) intencionalidade

Aqui é onde pega muita gente, pois geralmente quando analisamos um texto não notamos qual é o objetivo de quem o construiu, mas como dito, todo e qualquer texto publicitário tem um objetivo. Veja bem, numa publicidade governamental que visa, por exemplo, a vacinação dos idosos (2°), é comum que o texto deseje utilizar verbos no imperativo (1°) com intenção de conduzir eles para se vacinarem (3°). Da mesma forma que um texto como o de cima, que vem relatando para a sociedade que o choro tem pouco incentivo tanto governamental quanto social para o que ele representa, um gênero de alto teor de riqueza cultural para a música nacional.Ou seja, se o choro, que tem uma riqueza inestimável, possui baixo conhecimento para o que ele representou no passado com vários acervos etc, a intenção do autor não poderia ser outra de não tentar relevar o destaque dessa categoria de música.

Ora, no comando ele não quer saber do contexto ou do gênero textual (1°), nem do público-alvo (2), então sobra a intencionalidade para gente buscar, que esta grifado em verde, fato este confirmado na passagem que ele pede qual é o objetivo da autora que desenvolveu o texto '' os argumentos trazidos pela autora do texto buscam''.

Dessa maneira, sobra apenas a alternativa C como possível gabarito. Então ele tenta destacar a relevância histórica e a riqueza estética do choro no cenário musical brasileiro

Discordo, kaio. A relevância de algo é dada individeualmente baseada na opinião, não pelo seu verdadeiro valor artístico. Como diz o texto, o choro tem um acervo rico e já foi muito relevante, mas com a falta de visibilidade por falta de insentivos e pobre educação musical diminuiu sua popularidade. Isso, porém, não significa a musica não seja mais uma referência artística.

” letra C” pois fala da riqueza que o ( o choro) trás ao público brasileiro…

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