Firmo, o vaqueiro        No dia seguinte á hora em que saía ...

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Q1983412 Literatura
Firmo, o vaqueiro
        No dia seguinte á hora em que saía o gado, estava eu debruçado á varanda quando vi o cafuzo que preparava o animal viajeiro:
        — Raimundinho, como vai ele?...
        Do longe apontou a palhoça.
        — Sim.
        O braço caiu-lhe, olhou-me algum tempo comovido; depois, saltando para o animal, levou o polegar à boca fazendo estalar a unha nos dentes: "As quatro horas da manhã... Atirei um verso e disse, para bulir com ele: Pega, velho! Não respondeu. Tio Firmo, mesmo velho e doente, não era homem para deixar um verso no chão...Fui ver, coitadol... estava morto”. E deu de esporas para que eu não lhe visse as lágrimas.
NETTO, C. In: MARCHEZAN.L.G (Og). O conto regionalista. São Paulo: Marina Fontes, 2009.


A passagem registra um momento em que a expressividade lírica é reforçada pela 
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