Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência méd...
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).
O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social
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1- A opção A pode ser facilmente rejeitada ao designar a sociedade brasileira como “ igualitária”. O texto da entrada da questão já aponta para o lado oposto : “completamente analfabeto, ou quase, sem assistencia medica, nao lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a nao ser em casos esporadicos, tem o patrao na conta de benfeitor”
2- A opção B pode induzir a uma resposta incorreta. A leitura atenta permite perceber que podemos considerar a sociedade brasileira estagnada, por apresentar poucas transformações em sua estrutura fundamental, desde a época colonial mas, não com “harmonia” entre as classes. É importante não confundir “harmonia” com “dependência”, tampouco ignorar os conflitos que existiram em todo o processo histórico brasileiro e que, por muito tempo, foram convenientemente ignorados pela historiografia tradicional. A idéia de que o brasileiro é um povo pacífico e que sua história não apresenta conflitos, revoltas e revoluções é tão somente um mito.
3- A opção C apresenta corretamente a análise da estrutura social brasileira como tradicional mas, a escravidão havia sido abolida por lei em 1888, ainda no período monárquico ! Além disso, as fazendas de café são as propriedades mais produtivas nesse período e não os engenhos de açúcar do Nordeste. Isso não quer dizer que o Brasil só produzisse café ou que não exportasse outros produtos como açúcar, tabaco, cacau e chá-mate. Apenas o café era o produto que respondia por mais de 60% da pauta de exportação. Por conta da dependência dos trabalhadores rurais em relação ao proprietário da terra a confusão com escravidão é comum. É preciso leitura atenta.
4- A opção D apresenta o erro de classificar a república velha como ditatorial. Ela pode ser autoritária mas não é uma ditadura. Os conceitos NÂO são sinônimos. O estatuto jurídico- político é diferente. Para maiores esclarecimentos vale a consulta dos verbetes correspondentes no Dicionário de Política, organizado por Norberto Bobbio e editado em português pela Universidade de Brasília.
5- A opção E é a correta por destacar os elementos fundamentais da estrutura da formação social brasileira na época: economia de base agrária, concentração da terra em poucas mãos ( latifúndios ) e toda a base da ação política nos municípios e estados onde atuavam os coronéis.
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Comentários
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foi uma época conturbada onde o governo aquela epoca estava concentrado nas mãos de grandes cafeeicultores que tinham imenso poder sobre o país
Uma típica questão multidisciplinar do exame. Usou conceitos sociológicos de "estrutura social" e "estratificação social" para sugerir uma análise histórica e política.
Republica das Oligarquias (1894-1930)
Definição
Governo de poucas pessoas (pequeno grupo no poder).
Grupo fechado composto pelas classes dominantes
(cafeicultores de SP+MG e os latifundiários).
Periodização
De Prudente de Morais (1894) até a Washington Luís
(1930)
POLÍTICA DO “CAFÉ COM LEITE”
Alternância de paulistas e mineiros na presidência da
República.
Bases
Poder econômico de SP e MG (maiores
produtores e exportadores de café)
Poder eleitoral (maior número de representantes
de SP e MG na Câmara dos Deputados e maior
número de eleitores)
POLÍTICA DOS GOVERNADORES
Pacto (acordo não escrito) entre o Governo Federal e as
oligarquias estaduais
Características
O Governo Federal concede autonomia às
oligarquias estaduais (não intervenção nos
estados).
As oligarquias estaduais dão apoio total ao
Governo Federal na Câmara dos Deputados e no
Senado.
CORONELISMO
Definição
Atuação e predomínio dos chefes políticos locais
(geralmente latifundiários conhecidos como “coronéis”).
Características
Clientelismo: favores e proteção em troca de
votos. Relação de clientela entre o “coronel” e
seu eleitorado (“curral eleitoral”).
“Voto de cabresto”: voto dirigido. Os eleitores
deveriam votar em candidatos indicados pelo
“coronel”.
Consequências
Fraudes favorecidas pelo voto aberto
Mandonismo local
Revisão
Nível federal
POLÍTICA DO "CAFÉ C/ LEITE
Nível estadual
POLÍTICA DOS GOVERNADORES
Nível local
CORONELISMO
Letra E
Essa resolve-se por eliminação.
A - O voto de cabresto não era igualitário.
B - Não havia harmonia entre as classes.
C - Na primeira republica não tinha escravidão.
D - O voto de cabresto não era oprimido pelo exercito e nem pela policia.
So restou a Letra E.
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