Prezada senhorita, Tenho a honra de comunicar a V. S. que ...
CARVALHO, J. C. Amor de contabilista. In: Porque Lulu Bergatim não atravessou o Rubicon. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971.
A exploração da variação linguística é um elemento que pode provocar situações cômicas. Nesse texto, o tom de humor decorre da incompatibilidade entre
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as formas de linguagem V. S. e Exmo. Sr. são usadas para se referir a geralmente, profissionais como juízes, promotores, etc. Essas formas de tratamento são utilizadas até hoje, e não são expressões "antigas", como se afirma a letra C. Papéis sociais tem sua definição como função de um determinado indivíduo naquela sociedade. O remetente não é nenhum funcionário que se chame de excelentíssimo, e pelo texto não dá pra inferir que sua noiva também seja. Ele é contador e noivo, ela é a noiva. Seria estranho ele chamar ela de V.S...
Perfeita colocação Fabiana, para quem não é assinante gabarito é a letra B
a) o objetivo de informar e a escolha do gênero textual. = Falso. O gênero textual é carta e esta pode sim ter o objetivo de informar alguém sobre algo. Portanto, a incompatibilidade não ocorre entre o objetivo de informar a noiva através de uma carta.
b) a linguagem empregada e os papéis sociais dos interlocutores. = Verdadeiro. O noivo utilizou de uma linguagem que seria apropriada para dirigir-se a um juiz através de um documento oficial para quebrar o noivado com sua noiva. Imagine que você é a noiva, não seria no mínimo estranho ler essa carta? Portanto, há incompatibilidade entre a linguagem empregada e os papéis sociais dos interlocutores.
c) o emprego de expressões antigas e a temática desenvolvida no texto. = Falso. Percebe-se que a carta foi escrita há muitos anos ("me formei em contabilidade em 17 de maio de 1932"), logo, o emprego de expressões hoje consideradas antigas ainda era comum. Portanto, o humor não está na linguagem desenvolvida no texto, mas sim no fato dela ser dirigida para a noiva do remetente.
d) as formas de tratamento utilizadas e as exigências estruturais da carta. = Falso. A carta é um gênero textual sem muitas exigências estruturais, ou seja, nela pode ser empregado qualquer tipo de linguagem. Por isso, não há incompatibilidade entre as formas de tratamento utilizadas e as exigências estruturais da carta.
e) o rigor quanto aos aspectos formais do texto e a profissão do remetente. = Falso. Ele poderia muito bem estar se dirigindo a um juiz com essa linguagem se o tema da carta fosse outro, ou seja, o fato de o remetente ser contador (ou mesmo se ele fosse, sei lá, pedreiro) não tem nada a ver.
vlw
sim, INEP. Eu dei várias gargalhadas com o humor apresentado.
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