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Q1853212 História
    Numa sociedade em transição, a marcha da mudança, em diferentes graus, está impressa em todos os aspectos da ordem social, especialmente no jogo político, que nessas sociedades sempre apresenta padrões característicos de ambivalência, cujas raízes sociais se encontram na coexistência de dois padrões de estrutura social: o padrão tradicional, em declínio, e o novo, emergente, em expansão. Em tais situações, é possível encontrar, simultaneamente, apoio para uma orientação política ou para outra que seja exatamente o seu oposto. O padrão ambivalente do processo político, nas sociedades em desenvolvimento, é o que explica um dos seus traços mais salientes, e que consiste na tendência ao adiamento das grandes decisões. Resulta daí que a inércia política ou a convulsão política podem se suceder uma à outra em períodos surpreendentemente curtos.
PINTO, L. A. C. Sociologia e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975 (adaptado).
De acordo com a perspectiva apresentada, central no pensamento social brasileiro dos anos 1950 e 1960, o desenvolvimento do país foi marcado por
Alternativas

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O desenvolvimento do Brasil durante os anos 1950 e 1960 coloca em destaque o chamado “milagre brasileiro". Este milagre foi a política econômica praticada na ditadura militar. Consistia na entrada de um volume grande de capital privado no país. 

A captação de divisas estrangeiras – até a segunda metade da década de 1970 com juros baixos- foi a base da continuação de uma lógica do “desenvolvimento", construído a partir da agro exportação e implantação de industrias majoritariamente de bens de consumo No campo político e institucional, medidas conservadoras se repetiam em ciclos bem delimitados, de acordo com o desejo de uma elite que legitimava o Estado e que tinha a intenção de manter o status quo, atraindo investimentos do setor agro exportador brasileiro para promover a industrialização. 

Essa questão tem como objetivo avaliar o conhecimento do estudante sobre o momento democrático brasileiro que ocorreu entre os anos 1945 a 1964 no qual o país passou por um desenvolvimento político, econômico e social importante para a história do Brasil e, ao mesmo tempo, marcado por profundas transformações na estrutura de Estado a partir de meados dos anos 1960. A época em pauta faz parte do currículo de História da escola básica , tanto o no segundo segmento do Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Livros didáticos tratam do tema . 

Entre as alternativas uma aponta a grande característica do desenvolvimento do Brasil no período 

A) INCORRETA – As elites brasileiras não optaram por uma agenda radicalizada para as reformas defendidas por elas. Pelo contrário, o conservadorismo era a tônica desses grupos. 

B) INCORRETA – Essa alternativa está incorreta, porque não houve anomalia nos planos econômicos e sim uma ambivalência. Ou seja, posicionamentos concorrentes, mas que se entendiam de alguma maneira. 

C) CORRETA – Essa alternativa está correta, na medida em que se referem aos indivíduos que ocupam cargos políticos no Estado e se empenham para que as ações desse sejam dentro dos interesses de sua classe. 

D) INCORRETA – Essa alternativa está incorreta, pois justamente a legitimidade na atuação das representações classistas que contribuiu para a ambivalência no processo político brasileiro. 

E) INCORRETA – Essa alternativa está incorreta porque a partir de 1945, houve a reabertura política, que perdurou até 1964, ano do golpe civil-militar no Congresso Nacional. Havia outros partidos com suas pautas muito bem definidas, conservadores ou não. 

Gabarito do Professor: Letra C.

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Comentários

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Por interpretação do texto, é visto que havia uma dualidade clara partidária, portanto, os programas partidários não eram vagarosamente aperfeiçoados, posto que já estavam consolidados, em "O padrão ambivalente do processo político" quer dizer que existe dois lados opostos de política, e "Em tais situações, é possível encontrar, simultaneamente, apoio para uma orientação política ou para outra que seja exatamente o seu oposto" comprova essa dinâmica. Isto é, não pode ser a última alternativa.

O texto fala que há uma lentidão nas ações governamentais, ou seja, não estavam fazendo nada, só enrolando com mandatos alternados.(até hoje).

A ''C" tá correta, posto que não havia uma modernização do fazer político, estavam só adiando suas responsabilidades, pois não queriam assumir a postura de república democrática, que é trabalhar em prol do bem-estar do povo.

  • Nos anos 50 e 60, havia uma ambivalência entre dois padrões: o tradicional (conservador), aqueles que não querem mudar; e o novo (liberal/progressistas), os que querem avançar. Alguns apoiam um padrão e outros apoiam o segundo padrão.
  • O grupo tradicional representa a inércia política e o grupo progressista representa a convulsão.
  • João Goulart e JK eram liberais. Já os militares golpistas e Vargas eram conservadores, por serem bastante nacionalistas.

Alternativa A: a elite dirigente não gosta de radicalismos, ela tende a ser conservadora, defensora da inércia. O padrão novo tem operários, intelectuais e artistas. (errada)

Alternativa B: anomalia seria alguma coisa fora do padrão, e os planos econômicos não são ortodoxos. (errada)

Alternativa C: ele dá a entender que o Brasil não sai do lugar porque tem um grupo que quer transformar e outro que não quer. Há esse retrocesso seguido de avanço. (correta)

Alternativa D: o Brasil vivia um período constitucional até o golpe de 64. A representação classista era legitima, a exemplo dos sindicatos. Isso até o golpe, que mudou a história do Brasil. (errada)

Alternativa E: não seria a questão partidária, seria a questão social. (errada)

Gabarito: C

Seguinte, eis a contradição eu vou implantar a modernização do Brasil, a partir de uma lógica conservadora.

Resulta daí que a inércia política ou a convulsão política podem se suceder uma à outra em períodos surpreendentemente curtos.

só me resta chorar...

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