Da calma e do silêncioQuando eu mordera palavra,por favor,nã...
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Ano: 2023
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2023 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo - PPL |
Q2546432
Português
Da calma e do silêncio
Quando eu morder a palavra, por favor, não me apressem, quero mascar, rasgar entre os dentes, a pele, os ossos, o tutano do verbo, para assim versejar o âmago das coisas...
[...]
Quando meus pés abrandarem na marcha, por favor, não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar, deixem-me quieta, na aparente inércia.
Nem todo viandante anda estradas, há mundos submersos, que só o silêncio da poesia penetra.
EVARISTO, C. Poemas de recordação e outros movimentos. Rio de Janeiro: Malê, 2021 (fragmento).
Na reflexão sobre motivos e soluções do trabalho com a palavra, o eu lírico defende que a poesia
Quando eu morder a palavra, por favor, não me apressem, quero mascar, rasgar entre os dentes, a pele, os ossos, o tutano do verbo, para assim versejar o âmago das coisas...
[...]
Quando meus pés abrandarem na marcha, por favor, não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar, deixem-me quieta, na aparente inércia.
Nem todo viandante anda estradas, há mundos submersos, que só o silêncio da poesia penetra.
EVARISTO, C. Poemas de recordação e outros movimentos. Rio de Janeiro: Malê, 2021 (fragmento).
Na reflexão sobre motivos e soluções do trabalho com a palavra, o eu lírico defende que a poesia