A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão ...
A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de signifcados profundos a partir de elementos do cotidiano. No poema Estrada, o lirismo presente no contraste entre campo e cidade aponta para
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No texto o poeta faz uma comparação entre a cidade e o campo, de maneira que no primeiro espaço todos os habitantes são iguais, diferente do campo, em que cada ser humano é diferente, cujo ritmo das coisas e das pessoas leva o eu-lírico a meditar sobre a brevidade da vida (o poeta faz uma comparação entre duas imagens, a da morte – “enterro a pé” – e a da vida – “a carrocinha de leite”), e do quanto ela é efêmera, ou seja, passageira, mensagem corroborada pelos versos “Que a vida passa! que a vida passa! / E que a mocidade vai acabar!”. De acordo com as alternativas, percebemos que a letra A está incorreta porque o poeta não apresenta nostalgia à cidade, ao contrário, apresenta um apreço pela vida no campo. A letra C está incorreta porque a meditação não é em relação à juventude, e sim à brevidade da vida. A letra D está incorreta porque o poeta apresenta um comportamento meditativo sobre a passagem da vida, e não negativo. A letra E também está incorreta porque a sensação de medo não está presente no texto. A alternativa correta é a letra B, pois há a percepção de que a vida é passageira, observada pelo cotidiano tranquilo do campo.
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A resposta está claramente no seguinte trecho :
"Nem falta o murmúrio da água para sugerir pela voz dos símbolos, Que a vida passa! que a vida passa! E que a mocidade vai acabar."
Ou seja, no campo os acontecimentos são tão monótonos e repetitivos, que tudo ali parece estar parado. Entretanto, como o autor cita nos últimos versos, o tempo está correndo, a vida está passando e o que era novo está tornando-se velho.
Logo, a vida é efêmera, isto é, passageira.
De acordo com a percepção do eu lírico, a vida no campo valoriza a individualidade de cada um que ali vive, diferente da vida urbana, ambiente em que há uma "padronização" do jeito de ser. Além disso, a voz lírica valoriza a efemeridade da vida, o que pode ser identificada nos versos "Que a vida passa! Que a vida passa!/ E que a mocidade vai acabar".
Letra B
Erro da opção D: (sutilezas na interpretação)
D) a visão negativa da passagem do tempo, visto que esta gera insegurança
De imediato, "visão negativa da passagem do tempo" não coaduna com a ideia geral do Poema. O lirismo até menciona o aspecto negativo da passagem do tempo, porém, não trata disso com a intensidade lírica suficiente para que essa seja a sua "visão", a estrita visão do poema.
O aspecto negativo do tempo se limita ao entendimento de que o tempo passa e a vida é efêmera, perceptível nos últimos versos
Resolução Curso Objetivo:
Nenhuma das alternativas corresponde ao sentido do texto. As mais próximas são b e c, mas a primeira se refere à “aparente inércia da vida rural”, quando o texto apresenta um quadro dinâmico da “roça”; quanto à c, o erro está na referência à “meditação sobre sua juventude”, quando o autor apenas a menciona brevemente.
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