Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora...

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Q718864 Filosofia

Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.

DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da

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René Descartes produziu uma inflexão no pensamento ocidental ao trazer para o centro da atividade intelectual a dúvida e a fundou como método, não que desprezasse tudo o que foi pensado e desenvolvido anteriormente, mas por acreditar que todo o saber deve ser resultado de uma constatação investigativa levada à cabo pelo indivíduo. O método cartesiano pressupunha, além da dúvida como predisposição, a divisão do problema em tantas partes quanto possa ser dividido. Dessa forma o filósofo propunha que a capacidade investigativa se faria mais completa, a partir da descrição e solução dos problemas mais simples que gradualmente se complexificariam permitindo alcançar resultados mais eficientes evitando os preconceitos, as superstições, os falsos saberes que afastaria o cientista da verdade. O que Descartes propõe é um método para se alcançar a verdade, o método científico moderno nasce em seu pensamento. Quando o filósofo diz que a mera reprodução do saber de filósofos antigos está mais para um aprendizado da história do que de filosofia propriamente dita, Descartes está nos propondo a checagem constante, em nossa realidade, de todos os saberes transmitidos, está advogando pela autonomia do sujeito pensante a partir do exercício da dúvida. A letra D é, portanto, a correta.

Gabarito do professor: Letra D


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Comentários

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Resposta: d

 

Descartes defendeu a autonomia do pensamento em relação ao senso comum. O conhecimento, portanto, deve ser fruto do uso da razão e do juízo próprio para a obtenção da verdade.

 

Fonte: Vestibular.uol

Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.

 

Viu descartes, ja associa a pensamento ou algo que gere conhecimento.

O texto fala que não adianta nós ficarmos só observando os outros resolvendo problemas e etc, mas, nós devemos ter AUTONOMIA para fazer  que se vê e não ficar somente observando, ou seja, você é um sujeito pensante, então tenha autonimia e trabalhe para aprender. Acho que é isso, espero ter ajudado :D

Cogito ergo sum.

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