Questões Militares
Sobre público, massa e audiência em jornalismo
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Considerando a hipótese do agenda-setting, conforme Wolf (2006), informe (F) para as ideias falsas e (V) para as verdadeiras e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) Os mass media descrevem a realidade mas não apresentam ao público uma lista destacando sobre o que é necessário ter uma opinião e discutir.
( ) Em consequência da ação dos jornais, da TV e de outros meios de informação, o público sabe ou ignora, dá atenção ou negligencia elementos específicos dos cenários públicos. As pessoas tendem a incluir ou excluir dos seus próprios conhecimentos aquilo que os mass media incluem ou excluem do seu conteúdo.
( ) O público tende a atribuir importância aos acontecimentos, problemas e pessoas de acordo com a ênfase atribuída a eles pelos mass media.
( ) Segundo McCombs (1976), o caráter fundamental da agenda parece, frequentemente, ser estruturado pelos jornais, ao passo que a televisão reordena ou ressistematiza os temas principais da agenda.
Os mass media desempenham um papel de construção da realidade. A influência dos mass media é admitida sem discussão, na medida em que ajudam a estruturar a imagem da realidade social, a longo prazo, a organizar novos elementos dessa mesma imagem, a formar opiniões e crenças novas. Muito do que se conhece, por exemplo, sobre a vida política é apreendido em segunda ou terceira mão, através dos mass media. Há uma relação entre a ação constante do mass media e o conjunto de conhecimentos acerca da realidade social, que dá forma a uma determinada cultura e que sobre ela age dinamicamente. Nessa relação, há três características importantes dos mass media: a acumulação, a consonância e a onipresença. Considerando as ideias defendidas por Wolf (2006), relacione as colunas e, em seguida, assinale a sequência correta.
A. Acumulação
B. Consonância
C. Onipresença
( ) Diz respeito não só à difusão quantitativa dos mass media mas também ao fato de o saber público – o conjunto de conhecimentos, opiniões e atitudes difundido pela comunicação de massa – ter um caráter particular: é do conhecimento público que esse saber é publicamente conhecido.
( ) Relacionada ao fato de que a capacidade que os mass media possuem de criar e manter a relevância de um tema é resultado global (obtido após um certo tempo) do modo como funciona a cobertura informativa no sistema de comunicação de massa.
( ) Os traços comuns e as semelhanças existentes nos processos produtivos da informação tendem a ser mais significativos que as diferenças, o que conduz a mensagens substancialmente mais semelhantes do que dessemelhantes.
Por muito tempo, o estudo sobre os efeitos do mass media permaneceu associado àquilo que Schulz (1982) define como Transfermodell der Kommunikation e que implica algumas premissas. Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
( ) A comunicação não ocorre em intervalos isolados de tempo e espaço, e ainda que de forma despercebida e não intencional, causa sempre uma reação.
( ) A comunicação é intencional; o início do processo, por parte do comunicador acontece intencionalmente e dirige-se, em geral, a um objetivo; o comunicador visa um determinado efeito.
( ) A comunicação é individual; é um processo que diz respeito, antes de mais nada, a cada indivíduo e que deve ser estudado nesses indivíduos.
( ) Os processos de comunicação são assimétricos: há um sujeito ativo que emite um estímulo, mas nem sempre há um sujeito que reage.
( ) O início e o fim da comunicação são limitados no tempo e os episódios comunicativos tem um efeito isolável e independente.
“A ‘teoria critica’ identifica-se com o grupo de investigadores que frequentou o Institut für Sozialforschung, de Frankfurt. Fundado em 1923, este Instituto torna-se um centro importante, adquirindo a sua identidade definitiva com a nomeação de Max Horkheimer para seu diretor. Com o advento do Nazismo, o Instituto (conhecido, na época, como Escola de Frankfurt) é obrigado a fechar e seus representantes principais emigram primeiro para Paris, depois para várias universidades americanas e, finalmente, para o Institute os Social Research, em Nova Iorque”. (Wolf, M. Teorias da Comunicação, p. 82) Com base na teoria crítica, é possível afirmar que
I. a originalidade dos autores da Escola de Frankfurt consiste em enfrentarem as temáticas novas que se aproveitam das dinâmicas societárias da época como, por exemplo, o autoritarismo, a indústria cultural e a transformação dos conflitos sociais nas sociedades altamente industrializadas.
II. mas por mais que os teóricos buscassem recursos e caminhos para continuar pesquisando, a partir da segunda guerra mundial os pensamentos mudaram e a escola de Frankfurt deixou de existir. Nos Estados Unidos, restaram apenas os registros da escola alemã.
III. O homem esta em poder de uma sociedade que o manipula e à medida que as posições da indústria cultural se consolidam e solidificam, mais podem agir sobre as necessidades do consumidor, guiando-o e disciplinando-o. A moderna cultura de massa se torna um meio de controle psicológico.
IV. A indústria cultura não chega a condicionar o tipo e a função do processo de consumo e a sua qualidade.
Com base em reflexões feitas em estudos da Teoria da Comunicação informe se é falso (F) ou verdadeiro (V) o que se afirma abaixo e em seguida assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) Qualquer situação de comunicação humana compreende a produção da mensagem por alguém e a recepção desta mensagem por alguém. Quando alguém escreve, alguém deve ler o que foi escrito; quando alguém pinta, alguém deve ver o quadro; quando alguém fala, alguém deve ouvir. Qualquer análise do objetivo de comunicação, ou do êxito na obtenção da reação pretendida, precisa levantar e responder a questão: “a quem ela se destinou”.
( ) Muitos comentaristas sociais chamam esta a idade da manipulação dos símbolos. No tempo de nossos avós, a maior parte das pessoas ganhava a vida manipulando coisas, não manipulando símbolos. Progredia o homem capaz de forjar uma ferradura melhor, de colher o melhor produto agrícola, de construir a melhor ratoeira. A comunicação era importante naquele tempo, é claro, mas era menos relevante para a carreira do homem.
( ) Uma suposição básica da comunicação é a de que a compreensão do processo, das determinantes e dos efeitos da comunicação melhoram a capacidade básica do homem para cuidar dos problemas de comunicação que enfrenta no trabalho, seja qual for o tipo do seu trabalho.
( ) É importante fazer a distinção entre receptores pretendidos ou não-pretendidos da comunicação, porque o comunicador não pode influenciar alguém de forma não-pretendida.
( ) Objetivo e Audiência são inseparáveis. Todo comportamento de comunicação tem como objetivo a obtenção de uma reação específica de uma pessoa ou de um grupo de pessoas específicas.
As relações com os meios de comunicação ou relações com a imprensa baseiam-se em três princípios articulados. Sobre o assunto, analise as afirmativas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta.
I. Tais princípios referem-se: à atualidade da informação; à proximidade dos eventos relatados; e à implicação dos sujeitos nos fatos divulgados.
II. Tais princípios referem-se: às características da notícia institucional; às coberturas pré-programadas das editorais dos veículos; e a relacionamentos pessoais com editores e jornalistas.
III. Tais princípios referem-se: à veiculação de publicidade nos veículos; à segmentação dos veículos (públicos-alvo); e a interesses compartilhados entre fonte de informação e empresa jornalística.
IV. Tais princípios referem-se: ao enquadramento; a subsídios informativos que facilitem a cobertura noticiosa; e à construção da agenda midiática.
V. Tais princípios referem-se: à relevância dos acontecimentos relatados;
aos critérios de noticiabilidade; e a rotinas da produção noticiosa
I. As redes digitais têm uma natureza dinâmica e mutante, propiciando, ao mesmo tempo, comportamentos solidários, mas também rebeldes a regulamentos e à reciprocidade.
II. As redes digitais comportam-se como sistemas de comunicação que ensejam a cooperação e o compartilhamento de informações, mas também o anonimato de seus agentes, o que possibilita ações criminosas.
III. As redes digitais comportam relações interpessoais de confiança, afinidade e reciprocidade, mas são também lugares de risco, que apesar desses valores, podem veicular informações enganosas.
IV. As redes digitais também são marcadas por relações de reciprocidade e solidariedade, mas estas não predominam sobre os riscos de ações criminosas.
V. As redes digitais funcionam como mecanismos em que os agentes buscam moldar seu comportamento pelos padrões éticos de comunidades que se autoregulam, mas situações problemáticas podem surgir quando menos se espera.
I. Diz a hipótese da espiral do silêncio que dois aspectos podem interferir no agendamento de temas pela sociedade: seu veículo e seu conteúdo.
II. Diz a hipótese da espiral do silêncio que as mensagens impressas são mais agendadas que as mensagens televisivas.
III. Diz a hipótese da espiral do silêncio que um dos fatores que incide sobre a manifestação pública sobre um e outro tema é a competência específica do agente social.
IV. Diz a hipótese da espiral do silêncio que um dos fatores que incide sobre as tomadas de posição pública é o medo do isolamento.
V. Diz a hipótese da espiral do silêncio que quanto maior a exposição e atenção do indivíduo à mídia, maior seu conhecimento do tema em questão e melhor sua percepção sobre a opinião da maioria.
I. As mídias são um quarto poder e, portanto, manipulam as consciências.
II. As mídias impõem a sua agenda, construindo o espaço público.
III. As mídias informativas são transparentes, pois se utilizam de técnicas imparciais, especialmente no jornalismo.
IV. As mídias manipulam os fatos tanto quanto manipulam a si mesmas.
V. As mídias informativas falsificam a realidade, pois suas técnicas e tecnologias não são imparciais.
I. A noção de indústria cultural dava ênfase à industrialização dos bens culturais e as teses sobre a cultura de massas privilegiavam a cultura produzida pelos setores populares.
II. A teoria da indústria cultural priorizava a esfera da produção em contraposição à esfera do consumo, como acontecia nos estudos norte- americanos.
III. As teses sobre indústria cultural assinalavam o avanço do capitalismo e da lógica da mercadoria sobre a produção cultural, enquanto as teorias das culturas de massas não percebiam esta relação como algo central e problemático para a cultura.
IV. Os estudos orientados pela noção de indústria cultural estavam mais afinados com os interesses das grandes corporações culturais, enquanto os trabalhos afinados com a cultura de massas eram críticos às grandes empresas culturais.
I. Os procedimentos metodológicos dos chamados Estudos Culturais são muito utilizados para a pesquisa sobre recepção, pois eles enfatizam o caráter ativo deste processo, diferente do que ocorre com outras metodologias de estudo da recepção da comunicação.
II. A Análise de Discurso é uma metodologia de origem francesa utilizada para analisar as mídias, inclusive no Brasil. A pesquisadora e professora Eni Orlandi da UNICAMP é uma das maiores críticas desta corrente metodológica.
III. A Semiologia e a Semiótica são noções que servem para nomear metodologias idênticas que se voltam para a pesquisa das imagens.
IV. A expressão Análise de Conteúdo é utilizada para designar uma corrente de pesquisa que prioriza os estudos comparativos quantitativos, como, por exemplo, a medição de materiais jornalísticos para analisar o posicionamento da imprensa acerca de determinados temas.
V. A Agenda Setting e as teses acerca do enquadramento (framing) têm sido utilizadas no Brasil e em outros países para pesquisas na área de Comunicação / Jornalismo e Política.
I. Baseia-se numa visão da ordem social como sociedade de massa e em mecanismos psicológicos da ação.
II. Baseia-se na visão da ordem social como sociedade de massa e na teoria dos vínculos sociais.
III. Realça as capacidades manipuladoras dos meios de comunicação, devido ao isolamento dos indivíduos, considerados indefesos e passivos.
IV. Considera cada indivíduo um átomo isolado que reage isoladamente às ordens e às sugestões dos meios de comunicação de massa.
V. Considera os indivíduos como seres capazes de ação conjunta.