Questões Militares de Fisioterapia - Neurologia na Fisioterapia

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Q2090085 Fisioterapia
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune neurológica crônica e progressiva que compromete os axônios dos neurônios do sistema nervoso central. Devido à destruição da bainha de mielina, o impulso nervoso tende a ser prejudicado, alterando os movimentos, sensações e muitas funções do organismo. Com sintomas variados, a referida patologia é vista como incapacitante à realização das atividades diárias do paciente. Conforme o nome da doença, o processo de desmielinização poderá ocorrer em múltiplos locais do sistema nervoso central e comprometer, predominantemente, o nervo óptico; a medula cervical; o tronco encefálico; e, a substância branca periventricular. Não é conhecida a razão para tal predileção; porém, pode haver relação com a distribuição vascular, o que permitiria maior concentração de citocinase nas células inflamatórias nessas regiões. Dessa forma, não há dois pacientes cuja doença siga o mesmo curso e cada indivíduo sofre variações ao longo do desenvolvimento da doença. (KALB R. C., 2000.)
Diversos tratamentos foram propostos para a esclerose múltipla, mas nem todos se mostraram eficazes. O tratamento divide-se em curativo; profilático; sintomático; e, de reabilitação. O fisioterapeuta, como integrante de uma equipe que trabalha com o paciente com EM, necessita ser sensível aos desejos do paciente nas estratégias de trabalho para possibilitar a ele que preserve sua dignidade e seu estilo de vida. Em relação aos objetivos gerais do tratamento fisioterapêutico, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Otimizar o desempenho nas atividades e habilidades de vida diária; maximizar a habilidade funcional; prevenir incapacidades e desvantagens desnecessárias.
( ) Melhorar a qualidade de vida do indivíduo; preservar a integridade musculoesquelética; preservar a capacidade aeróbica; minimizar a fadiga, dentro do possível.
( ) Auxiliar o paciente na conquista de objetivos e definição de expectativas; prover o auxílio necessário à vida.
A sequência está correta em
Alternativas
Q2090084 Fisioterapia
Afasia é uma das patologias de linguagem mais complexas, que gera muitos questionamentos entre os profissionais que trabalham na reabilitação do sujeito afásico, os quais devem entender e ter a distinção bem clara entre afasia e sujeito afásico. Algumas patologias como acidentes vasculares encefálicos; tumores cerebrais; aneurismas; traumatismos cranioencefálicos; e, infecções podem causar distúrbios de linguagem. Dessa forma, a afasia pode ser definida como perda ou deterioração da linguagem adquirida por dano cerebral. Dentre os principais quadros de afasia, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Afasia de broca: é a afasia que tem como causa mais conhecida a lesão no córtex auditivo de associação, no giro superior do lobo temporal do hemisfério esquerdo. É uma afasia fluente, mas há deficit de compreensão. Há fala fluente com aparente gramaticalidade (melodia e ritmos adequados). É caracterizada pela emissão de fala e repetição fluentes, mas sem sentido, com má compreensão de palavras e frases. Decorre, tipicamente, de uma isquemia no córtex temporal póstero-superior, na distribuição da divisão inferior da Artéria Cerebral Média (ACM) esquerda.
( ) Afasia de Wernicke: é decorrente de lesão na parte inferior da terceira circunvolução frontal do hemisfério esquerdo. É considerada uma afasia não fluente; não há linguagem expressiva; há presença de fala laboriosa e com significado; presença de agramatismo; pausas de grau variado; anomia; reconhecimento das incorreções da fala; melhor desempenho na leitura do que na escrita; problemas de compreensão em grau mais leve. Os indivíduos com esta afasia frequentemente têm dificuldade de entender frases sintaticamente complexas ou semanticamente reversíveis (como “toque no nariz depois de tocar no pé”), mas, não têm muitos problemas para entender frases simples e semanticamente não reversíveis. Esse conjunto de síndromes geralmente, está associado a uma isquemia ou outras lesões do córtex frontal póstero-inferior esquerdo, na distribuição da divisão superior da Artéria Cerebral Média (ACM) esquerda.
( ) Afasia de condução: é ocasionada por lesão que rompe os axônios que conectam a área Wernicke com área de broca. É caracterizada pela dificuldade que o paciente apresenta em repetir palavras, principalmente as palavras sem significado, embora haja compreensão e produção de fala e linguagem adequadas; a fala é fluente e com significado; compreensão relativamente boa com preservação da leitura e escrita.
A sequência está correta em 
Alternativas
Q2090083 Fisioterapia
Ataxia é o termo geral utilizado para descrever a coordenação anormal de movimentos, sendo caracterizada por deficiência na velocidade, amplitude de deslocamento, precisão direcional e força de movimento. A dismetria é caracterizada por amplitude incorreta de movimento e força mal direcionada e reflete a deficiência na regulação da força muscular. Há uma quantidade excessiva de movimento (hipermetria) ou quantidade insuficiente de movimento (hipometria). Os movimentos hipermétricos podem ser melhor observados em movimentos curtos, rápidos e intencionais e durante os ajustes posturais. Por outro lado, os movimentos hipométricos são mais observados em movimentos lentos e de pequena amplitude. (SHEPHERED, R. e JANET, C. 2008.)
Em relação às manobras que são utilizadas para realizar a avaliação da coordenação motora, analise as afirmativas a seguir.
I. Prova index-nariz: tocar a ponta do nariz com o indicador. Essa prova deverá ser realizada acompanhada ou não pelo auxílio da visão.
II. Prova index-nariz-index: consiste em tocar o nariz com o index e, posteriormente, o index do examinador de forma repetida e com deslocamento de posição do index do examinador.
III. Prova calcanhar-joelho: paciente em decúbito dorsal, deve tocar o joelho com o calcanhar do lado oposto e deslizar o calcanhar ao longo da crista da tíbia.
IV. Prova dos movimentos alterados: efetuar movimentos sucessivos de pronação e supinação das mãos.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090082 Fisioterapia
As epilepsias e síndromes epilépticas do lactente foram classificadas nessa faixa etária, segundo a International League Against Epilepsy (ILAE), sete epilepsias, das quais três se destacam por serem de maior interesse e relevância: síndrome de West, síndrome de Dravet e epilepsia mioclônica do lactente. Sobre estas epilepsias e síndromes epilépticas do lactente, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Síndrome de West: conhecida também como epilepsia mioclônica grave da infância, as crianças são normais antes das crises, que começam durante o 1º ano de vida e são febris. A etiologia está relacionada à mutação neuronal nos canais de cálcio do gene SCN1A. No início, essas crises febris são rápidas, unilaterais e ocorrem durante a subida da temperatura. Com a evolução, tendem a ser progressivamente mais longas, resistentes ao tratamento e podem determinar status epiléptico. Durante a fase inicial, são predominantemente clônicas; a partir do 2º ano de vida, passam a ser generalizadas, com ataques mioclônicos maciços, ocorrendo várias vezes durante o dia, sem associação com estado febril, provocando quedas ao solo e evoluindo para crises tônico-clônicas generalizadas. Crises focais também ocorrem associadas a fenômenos autonômicos como palidez, cianose labial, fenômenos atônicos e/ou automatismos. Concomitantemente, observa-se lento e progressivo retardo psicomotor e cognitivo. Observa-se também comprometimento motor, da linguagem e da marcha, caracterizando uma síndrome cerebelar e piramidal.
( ) Síndrome de Dravet: caracteriza-se pela tríade crises em espasmos, deterioração mental e atraso neuropsicomotor. O traçado eletroencefalográfico apresenta alterações tão específicas que recebe o nome de hipsarritmia. Tem início entre 3 e 7 meses de idade, com pico aos 5 meses; meninos são mais afetados, e a incidência varia entre 2,9 e 4,5/100.000. Pode não ter uma causa determinante ou etiologia variável (erros inatos de metabolismo; lesões cerebrais hemorrágicas; insulto hipóxico-isquêmico; distúrbios da migração neuronal; e, esclerose tuberosa). Os espasmos são divididos em três tipos: flexor, extensor e mistos.
( ) Epilepsia mioclônica do lactente: tem início entre 4 e 24 meses em uma criança normal. As crises são breves e generalizadas, com abalos mioclônicos que variam de intensidade tanto entre os eventos como de uma criança para a outra. No início, são ocasionais e, geralmente, passam a ser perceptíveis para os pais quando aumentam em frequência e apresentam queda de cabeça, associada ou não a movimentos de rotação dos olhos para cima. Quando a criança começa a se levantar e desenvolve a marcha, podem ocorrer quedas, consideradas, frequentemente, como um processo natural de desenvolvimento do equilíbrio. As crises mioclônicas envolvem o tronco e os membros, determinando a queda abrupta da cabeça e do tronco associada à elevação dos membros superiores e flexão dos inferiores.
A sequência está correta em 
Alternativas
Q2090080 Fisioterapia
A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica progressiva do sistema extrapiramidal que apresenta como características: bradicinesia, tremor de repouso, rigidez e instabilidade postural. Além disso, outros achados clínicos também são importantes, como: distúrbio da marcha, faces em máscara, alteração da voz, disartria, sialorreia, disfunção olfatória, hipotensão ortostática, hiperidrose, disfunção sexual, câimbras, dores, parestesias, disfagia, incontinência urinária, micrografia, distúrbios do sono, depressão e demência. Normalmente, o início da doença ocorre entre os 50 e 70 anos; porém, com menos frequência podemos encontrar pacientes abaixo dos 40 anos com Parkinson e menos frequente ainda podemos encontrar pacientes abaixo dos 21 anos. Na doença de Parkinson ocorre a degeneração progressiva dos neurônios da substância negra, que se localiza no mesencéfalo. A degeneração da substância negra produzirá como resultado a diminuição na produção de dopamina e consequentemente disfunção da via nigroestriatal e perda da dopamina estriatal. Quando os pacientes começam a apresentar os sintomas, eles já perderam 80% dos neurônios da substância negra. O tratamento da DP tem base no uso de terapia medicamentosa que influencia marcadamente o desempenho motor, contudo o tratamento com drogas não pode abolir todos os sintomas, sendo assim a Fisioterapia é então recomendada. Devido à diversidade de sinais e sintomas, a doença de Parkinson atinge os pacientes de várias formas, deixando-os experimentar combinações diferentes destes sintomas. Os sintomas podem ser leves ou graves ou ocorrer com frequência ou esporadicamente. Devido a essa diversidade, ao longo do tempo, foram desenvolvidas escalas para avaliar e monitorar a evolução da doença e a eficácia de tratamentos. A escala é um instrumento que uniformiza o exame neurológico com critérios objetivos, independente do avaliador. (VERONEZI, R. et al., 2010.)
Em relação às escalas mais utilizadas em estudos clínicos para a Doença de Parkinson (DP), analise as afirmativas a seguir.
I. Escala de Hoehn & Yahr: ferramenta de classificação mais completa, pois abrange sintomas além dos motores, incluindo funcionamento mental, humor e interação social. É composta por 42 questões, divididas em quatro partes. A pontuação dessa escala varia entre 0 e 199, considerando a atividade do medicamento no paciente quando: em “on” (sob efeito do levodopa) e “off” (sem efeito do levodopa).
II. Questionário da doença de Parkinson (PDQ-39): aborda aspectos da experiência pessoal de pacientes com DP, com objetivo de avaliar a qualidade de vida; composto por 39 questões, divididas em 8 categorias. A pontuação desta escala varia entre 0 e 100.
III. Questionário de qualidade de vida na doença de Parkinson (PDQL): tem como objetivo medir a saúde física e emocional, além de refletir áreas de funções que são importantes para os portadores da DP. É um questionário com 37 itens subdivididos em quatro categorias, que são os sintomas parkinsonianos e sistêmicos, função emocional e social.
IV. Escala unificada de avaliação da doença de Parkinson (UPDRS): ferramenta de classificação simples, que oferece alguns pontos de referência para ajudar o avaliador a determinar o estágio da doença do paciente, tendo como base os sintomas motores.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Respostas
26: B
27: A
28: A
29: A
30: D