Questões Militares de Literatura - Escolas Literárias
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III
Sigo depressa machucando a areia
Erva-picão me arranhou
Caules gordos brincam de afundar na lama
Galhinhos fazem psiu
Deixa eu passar que vou pra longe
Moitas de tiririca entopem o caminho
- Ai Pai-do-mato!
quem me quebrou com mau olhado
e virou meu rasto no chão?
Ando já com os olhos murchos
de tanto procurar a filha da rainha Luzia
O resto da noite me enrola
Com relação ao texto citado, é INCORRETO afirmar que ele
Soneto
Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.
O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ousadas,
Do que anda o engenho mais profundo.
Não é fácil viver entre os insanos,
Erra, quem presumir que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.
O prudente varão há de ser mudo,
Que é melhor neste mundo, mar de enganos,
Ser louco c’os demais, que só, sisudo.
A poesia satírica de Gregório de Matos emprega modelos e procedimentos variados. José Miguel Wisnik indica que ela pode ser entendida como “uma luta cômica entre duas sociedades, uma normal e outra absurda”. (WISNIK, J. M. “Prefácio”. Poemas escolhidos de Gregório de Matos. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.23). Com base nisso, é correto dizer que este soneto: