Questões Militares Comentadas sobre modernismo em literatura

Foram encontradas 54 questões

Q828746 Literatura

                   Poema tirado de uma notícia de jornal

          João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da

                                                       [Babilônia num barracão sem número.

          Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro

          Bebeu

          Cantou

          Dançou

          Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

(Manuel Bandeira. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985, p. 214) 

Ao afirmar que seu poema foi tirado de uma notícia de jornal, Manuel Bandeira lembra-nos uma característica marcante de sua poesia:
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Q828744 Literatura

                   Poema tirado de uma notícia de jornal

          João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da

                                                       [Babilônia num barracão sem número.

          Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro

          Bebeu

          Cantou

          Dançou

          Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

(Manuel Bandeira. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985, p. 214) 

Manuel Bandeira vale-se, nesse poema, de uma específica proposição poética do Modernismo de 22:
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Q724305 Literatura

Leia os versos de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa.

Quando, Lídia, vier o nosso Outono

Com o Inverno que há nele, reservemos

Um pensamento, não para a futura

Primavera, que é de outrem,

Nem para o estio, de quem somos mortos,

Senão para o que fica do que passa –

O amarelo atual que as folhas vivem

E as torna diferentes.

Nesses versos, as estações do ano constituem metáforas pelas quais o eu lírico

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Q682112 Literatura
Leia o texto a seguir:
COTA ZERO Carlos Drummond de Andrade
Stop A Vida parou ou foi o automóvel?
Podemos afirmar que no texto acima há tudo que se diz abaixo, exceto:
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Ano: 2009 Banca: ITA Órgão: ITA Prova: ITA - 2009 - ITA - Aluno - Português e Inglês |
Q677450 Literatura

Na obra Quaderna (1960), João Cabral de Melo Neto incluiu um conjunto de textos, intitulado “Poemas da cabra”, cujo tema é o papel desse animal no universo social e cultural nordestino. Um desses poemas é reproduzido ao lado: 


Um núcleo de cabra é visível

por debaixo de muitas coisas.

Com a natureza da cabra

Outras aprendem sua crosta.


Um núcleo de cabra é visível

em certos atributos roucos

que têm as coisas obrigadas

a fazer de seu corpo couro.


A fazer de seu couro sola.

a armar-se em couraças, escamas:

como se dá com certas coisas

e muitas condições humanas.


Os jumentos são animais

que muito aprenderam da cabra.

O nordestino, convivendo-a,

fez-se de sua mesma casta

                                     

Acerca desse poema, NÃO se pode afirmar que: 

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Q664468 Literatura

Leia o parágrafo inicial do conto As margens da alegria, de Guimarães Rosa, para responder à questão.

Esta é a estória. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente. Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia, especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não-sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se — certo como o ato de respirar — o de fugir para o espaço em branco. O Menino.

(Guimarães Rosa, Primeiras estórias.)

Condizente com o estilo de Guimarães Rosa, percebe-se no trecho
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Q661721 Literatura
Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa.)

Esse poema pertence ao livro Sentimento do mundo, que ilustra bem uma geração de poetas, da qual também fizeram parte Vinícius de Moraes e Murilo Mendes, que se caracterizou, principalmente, por ter
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Q636922 Literatura

“Cinquenta anos! Quantas horas inúteis! Consumir-se uma pessoa a vida inteira sem saber para quê! Comer e dormir como um porco! Levantar-se cedo todas as manhãs e sair correndo, procurando comida! E depois guardar comida para os filhos, para os netos, para muitas gerações. Que estupidez! Que porcaria! Não é bom vir o diabo e levar tudo?” 

(RAMOS, Graciliano. In: São Bernardo. 36ª ed. Rio de Janeiro, Record Ed. 1980, cap36, p.181)


O romance pertence à geração de 30, onde a prosa de ficção se caracteriza pela

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Q622162 Literatura
INSTRUÇÃO: A questão refere-se a noções de Teoria da Literatura: Gêneros Literários; Estilos de Época (do Barroco ao Modernismo - Brasil): Contexto Histórico, características e principais autores.
Em relação à autoria das obras literárias brasileiras do século XX, assinale a alternativa CORRETA.
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Q616476 Literatura
“Catar Feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e o oco, palha eco,” 

Alguidar: recipiente de barro, metal ou material plástico, usado para tarefas domésticas
Em Catar feijão, João Cabral de Melo Neto revela
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Q616473 Literatura
Assinale a alternativa que contém uma das características da segunda fase modernista brasileira.
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Q615942 Literatura

Leia o trecho abaixo:

Não tenho uma palavra a dizer. Por que não me calo, então? Mas se eu não forçar a palavra a mudez me engolfará para sempre em ondas. A palavra e a forma serão a tábua onde boiarei sobre vagalhões de mudez.”

O fragmento, extraído da obra de Clarice Lispector, apresenta

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Q608748 Literatura
Leia com atenção o texto a seguir, retirado de Cobra Norato, de Raul Bopp.

                               III 

Sigo depressa machucando a areia

Erva-picão me arranhou

Caules gordos brincam de afundar na lama

Galhinhos fazem psiu

Deixa eu passar que vou pra longe

Moitas de tiririca entopem o caminho

- Ai Pai-do-mato!

quem me quebrou com mau olhado

e virou meu rasto no chão?

Ando já com os olhos murchos

de tanto procurar a filha da rainha Luzia

O resto da noite me enrola 

Com relação ao texto citado, é INCORRETO afirmar que ele
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Q608747 Literatura
Com relação à obra Cobra Norato, de Raul Bopp, é CORRETO afirmar que
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Q603420 Literatura
Acerca dos personagens de Fogo morto, considere as afirmativas abaixo:

1. O mestre José Amaro é um homem pobre que vive no Santa Fé, mas não é empregado lá, trabalha por conta própria, o que não faz dele um homem independente, já que o proprietário exige que ele saia da casa que ocupa no engenho.
2. O coronel Lula de Holanda faz parte de uma longa linhagem de senhores de engenho, donos há gerações do engenho Santa Fé que, ao final do romance, estará de fogo morto.
3. Apesar da distância social que as separa, tanto a filha de José Amaro quanto a do coronel Lula de Holanda vivem em isolamento e terminam por enlouquecer.
4. O capitão Vitorino Carneiro da Cunha grita o tempo todo que é um homem que não se submete ao poder de ninguém, mas na verdade cede ao comando do cangaceiro, o capitão Antônio Silvino.

Assinale a alternativa correta.
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Q602147 Literatura
Leia, atentamente, o seguinte poema: 

                           Que pode uma criatura senão,
                           entre criaturas, amar?
                           amar e esquecer,
                           amar e malamar,
                           amar, desamar, amar?
                           sempre, e até de olhos vidrados, amar?

                           Que pode, pergunto, o ser amoroso,
                           sozinho, em rotação universal, senão
                           rodar também, e amar?
                           amar o que o mar traz à praia,
                           e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
                           é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

                           Amar solenemente as palmas do deserto,
                           o que é entrega ou adoração expectante,
                           e amar o inóspito, o áspero,
                           um vaso sem flor, um chão de ferro,
                           e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

                           Este o nosso destino: amor sem conta,
                           distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
                           doação ilimitada a uma completa ingratidão,
                           e na concha vazia do amor a procura medrosa,
                           paciente, de mais e mais amor.

                          Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
                          amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita. 

O poema “Amar" integra a segunda parte, “Notícias Amorosas", do livro Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Sobre esse poema, assinale a alternativa correta.
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Ano: 2014 Banca: Exército Órgão: EsFCEx Prova: Exército - 2014 - EsFCEx - Oficial - v |
Q587259 Literatura
Texto 1

Aqui é Minas; lá já é a Bahia? Estive nessas vilas, velhas, altas cidades... Sertão é o sozinho. Compadre meu Quelemém diz: que eu sou muito do sertão? Sertão: é dentro da gente."

(ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. 29 ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1986, p. 270.)

Texto 2

Poema Didáctico

(Socorro Lira/ Mia Couto)

Já tive um país pequeno, tão pequeno
que andava descalço dentro de mim
Um país tão magro que, no seu firmamento,
não cabia senão uma estrela menina
tão tímida e delicada, que só por dentro brilhava

Eu tive um país escrito sem maiúscula
Não tinha fundos para pagar um herói
Não tinha panos para costurar bandeira
nem solenidade para entoar um hino

Mas tinha pão e esperança pros viventes
e tinha sonhos pros nascentes

Eu tive um país pequeno
que não cabia no mundo
meu país – meu continente
há de caber nesse mundo
meu país e sua gente...

Mas tinha pão e esperança pros viventes
e tinha sonhos pros nascentes

Eu tive um país pequeno
que não cabia no mundo
meu país – meu continente
há de caber nesse mundo
meu país e sua gente
terá que caber no mundo,
meu país e minha gente.

(LIRA, Socorro. Os Sertões do Mundo. EP independente, ano 2014. Disponível em:<http://www.socorrolira.com.br/>  Acesso em 25/05/2014.) 

Texto 3

“João Guimarães Rosa criou este lugar fantástico, e fez dele uma espécie de lugar de todos os lugares. O sertão e as veredas de que ele fala não são da ordem da geografia. O sertão é um mundo construído na linguagem. “O sertão", diz ele, “está dentro de nós." Rosa não escreve sobre o sertão. Ele escreve como se ele fosse o sertão.

Em Moçambique nós vivíamos e vivemos ainda o momento épico de criar um espaço que seja nosso, não por tomada de posse, mas porque nele podemos encenar a ficção de nós mesmos, enquanto criaturas portadoras de História e fazedoras de futuro. Era isso a independência nacional, era isso a utopia de um mundo sonhado."

(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano? Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 110.) 
Sobre o romance Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, analise as afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

I. A narrativa de Grande Sertão: Veredas é centrada na necessidade do narrador Riobaldo em contar e confessar o encontro e perda da personagem principal Otacília.

II. É possível afirmar que o romance Grande Sertão: Veredas reescreve o tema do sertão presente na literatura denominada regionalista, cujo marco é Os Sertões, de Euclides da Cunha, até os chamados autores regionalistas dos anos 30.

III. Polifonia, plurilinguísmo, prolixidade e abertura são características da linguagem do romance Grande Sertão: Veredas.

IV. O narrador do romance Grande Sertão: Veredas é transparente, unívoco e destituído de conflitos, diferentemente da personagem Diadorim, que assume faces diversas: Diadorim/Reinaldo/Maria Deodorina; belo e feroz; delicado e terrível. 
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Ano: 2014 Banca: Exército Órgão: EsFCEx Prova: Exército - 2014 - EsFCEx - Oficial - v |
Q587258 Literatura
Texto 1

Aqui é Minas; lá já é a Bahia? Estive nessas vilas, velhas, altas cidades... Sertão é o sozinho. Compadre meu Quelemém diz: que eu sou muito do sertão? Sertão: é dentro da gente."

(ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. 29 ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1986, p. 270.)

Texto 2

Poema Didáctico

(Socorro Lira/ Mia Couto)

Já tive um país pequeno, tão pequeno
que andava descalço dentro de mim
Um país tão magro que, no seu firmamento,
não cabia senão uma estrela menina
tão tímida e delicada, que só por dentro brilhava

Eu tive um país escrito sem maiúscula
Não tinha fundos para pagar um herói
Não tinha panos para costurar bandeira
nem solenidade para entoar um hino

Mas tinha pão e esperança pros viventes
e tinha sonhos pros nascentes

Eu tive um país pequeno
que não cabia no mundo
meu país – meu continente
há de caber nesse mundo
meu país e sua gente...

Mas tinha pão e esperança pros viventes
e tinha sonhos pros nascentes

Eu tive um país pequeno
que não cabia no mundo
meu país – meu continente
há de caber nesse mundo
meu país e sua gente
terá que caber no mundo,
meu país e minha gente.

(LIRA, Socorro. Os Sertões do Mundo. EP independente, ano 2014. Disponível em:<http://www.socorrolira.com.br/>  Acesso em 25/05/2014.) 

Texto 3

“João Guimarães Rosa criou este lugar fantástico, e fez dele uma espécie de lugar de todos os lugares. O sertão e as veredas de que ele fala não são da ordem da geografia. O sertão é um mundo construído na linguagem. “O sertão", diz ele, “está dentro de nós." Rosa não escreve sobre o sertão. Ele escreve como se ele fosse o sertão.

Em Moçambique nós vivíamos e vivemos ainda o momento épico de criar um espaço que seja nosso, não por tomada de posse, mas porque nele podemos encenar a ficção de nós mesmos, enquanto criaturas portadoras de História e fazedoras de futuro. Era isso a independência nacional, era isso a utopia de um mundo sonhado."

(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano? Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 110.) 
Compare o romance Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, e o “Poema Didáctico" citado, de Socorro Lira e Mia Couto. Coloque entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, ou a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

( ) As metáforas do “sertão" e do “país", nos textos 1 e 2 citados, são análogas e representativas do “lugar fantástico" a que se refere o escritor Mia Couto, no texto 3.

( ) As referências a “sertão" e “país", nos textos 2 e 3, “não são da ordem da geografia" e representam o mundo subjetivo dos personagens/ eu-lírico representados.

( ) “Já tive um país pequeno, tão pequeno/ que andava descalço dentro de mim" diz respeito, circunstancialmente, a Moçambique, país natal do escritor Mia Couto; pode-se inferir, remete ainda a outros sertões, como o sertão mineiro de, Guimarães Rosa. 
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Ano: 2014 Banca: Exército Órgão: EsFCEx Prova: Exército - 2014 - EsFCEx - Oficial - v |
Q587257 Literatura
Tecendo a Manhã

João Cabral de Melo Neto

Um galo sozinho não tece uma manhã:

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele

e o lance a outro;de um outro galo

que apanhe o grito que um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

(MELO NETO, João Cabral. Obra completa – Volume Único. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 345)

Sobre o poema Tecendo a Manhã, de João Cabral de Melo Neto, e o modernismo brasileiro, analise as afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

I. O poema, pertencente ao livro A Educação pela Pedra, de João Cabral de Melo Neto, revela a face mais lírica e menos objetiva do poeta modernista, na evocação da concepção mágica e propiciatória dos cantos dos galos.

II. É possível assegurar que o poeta João Cabral de Melo Neto realiza plenamente, em “Tecendo a Manhã", o seu projeto de impessoalidade da poesia modernista na supressão do tom lírico tradicional.

III. As metáforas da “manhã" e da “luz balão" representam o próprio poema (sinônimos ainda de “tela", “tecido", “tenda", “toldo"), do que se conclui ser o poema metalinguístico.

IV. Há no poema referência direta ao ditado popular “uma andorinha só não faz verão", cujo tema é a solidariedade.
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Q539773 Literatura

Leia o trecho de Macunaíma, de Mário de Andrade, para responder às questões de números 75 e 76.

Muitos casos sucederam nessa viagem por caatingas rios corredeiras, gerais, corgos, corredores de tabatinga matos-virgens e milagres do sertão. Macunaíma vinha com os dois manos pra São Paulo. Foi o Araguaia que facilitou-lhes a viagem. Por tantas conquistas e tantos feitos passados o herói não ajuntara um vintém só mas os tesouros herdados da icamiaba estrela estavam escondidos nas grunhas do Roraima lá. Desses tesouros Macunaíma apartou pra viagem nada menos de quarenta vezes quarenta milhões de bagos de cacau, a moeda tradicional. Calculou com eles um dilúvio de embarcações. E ficou lindo trepando pelo Araguaia aquele poder de igaras, duma em uma duzentas em ajojo que nem flecha na pele do rio. Na frente Macunaíma vinha de pé, carrancudo, procurando no longe a cidade. Matutava matutava roendo os dedos agora cobertos de berrugas de tanto apontarem Ci estrela. Os manos remavam espantando os mosquitos e cada arranco dos remos repercutindo nas duzentas igaras ligadas, despejava uma batelada de bagos na pele do rio, deixando uma esteira de chocolate onde os camuatás pirapitingas dourados piracanjubas uarus-uarás e bacus se regalavam.

(1988, p. 36-37)

Um traço do estilo modernista presente no trecho é a

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Respostas
21: A
22: C
23: E
24: D
25: B
26: D
27: D
28: E
29: A
30: C
31: A
32: A
33: D
34: A
35: A
36: D
37: B
38: A
39: A
40: A